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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 1º trimestre de 2021


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao primeiro trimestre de 2021. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, as “creches” e os “serviços de idosos”. Em termos gerais, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Março do corrente ano cresceu, em virtude da base de comparação ter sido relativamente baixa, dado que no mês homólogo do ano anterior a remuneração média desses trabalhadores desceu significativamente, devido ao grande número de trabalhadores de alguns ramos de actividade económica em licença sem vencimento provocado pela pandemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus.

No fim do primeiro trimestre de 2021 laboravam nos “hotéis” 49.685 trabalhadores a tempo completo, registando-se um decréscimo de 15,9%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2020. Em Março deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores cifrou-se em 18.360 Patacas, isto é, +1,0%, em termos anuais.

Os “restaurantes e similares” empregavam 23.914 trabalhadores a tempo completo (-3,9%, em termos anuais), cuja remuneração média foi de 9.600 Patacas (+17,4%).

Nas “indústrias transformadoras” laboravam 8.537 trabalhadores a tempo completo (-6,0%, em termos anuais), que tinham uma remuneração média de 11.830 Patacas (+9,9%). Havia na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.101 trabalhadores a tempo completo, registando-se um aumento ligeiro de 0,5%, em termos anuais e a remuneração média foi de 32.630 Patacas, mais 4,5%.

Nas “creches” existiam 1.522 trabalhadores a tempo completo (-0,5%, em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 16.460 Patacas (+4,0%). Havia nos “serviços de idosos” 1.140 trabalhadores a tempo completo (+10,1%, em termos anuais), cuja remuneração média se fixou em 15.850 Patacas (+0,6%).

No fim do primeiro trimestre deste ano as vagas nos “restaurantes e similares” (1.108) e nos “hotéis” (626) diminuíram 198 e 360, respectivamente, em termos anuais, contudo, as vagas nas “indústrias transformadoras” (536) aumentaram 293. Por seu turno, o domínio do mandarim e o do inglês foram exigidos em 83,1% e 50,8% das vagas dos “hotéis”, respectivamente.

Durante o trimestre de referência, nos “hotéis” a taxa de vagas (1,2%) diminuiu 0,4 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de recrutamento de trabalhadores (2,4%) aumentou 1,2 pontos percentuais. Nos “restaurantes e similares” a taxa de vagas (4,4%) baixou 0,6 pontos percentuais, em termos anuais, porém, a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,7%) ascendeu 2,2 pontos percentuais. Isto indica que foram preenchidas algumas vagas nestes ramos de actividade económica.

Nos ramos de actividade económica inquiridos, 288.461 participantes frequentaram cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos) durante o primeiro trimestre deste ano, mais 21,4%, em termos anuais. Refira-se que o número de participantes dos “hotéis” em cursos de formação atingiu 284.727. A maioria destes formandos (49,6%) frequentou cursos de “serviços”, seguindo-se os formandos dos cursos de “comércio e gestão” (41,7%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” frequentou cursos durante as horas de expediente. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 90% dos formandos dos ramos de actividade económica inquiridos foram pagos pelos estabelecimentos, com excepção das “creches” e dos “serviços de idosos”.