Chegou ao fim o 31º Festival de Artes de Macau (FAM), organizado pelo Instituto Cultural. Dedicado ao tema “Reiniciar”, o Festival decorreu em plena pandemia, graças ao trabalho árduo das várias companhias artísticas e culturais, apresentando 20 programas e exposições de arte, num total de cerca de 100 espectáculos, incluindo várias actividades do Festival Extra. A programação foi muito bem acolhida pelo público, tendo a venda de bilhetes atingido quase os 99%.
Devido ao impacto da pandemia causada pelo novo tipo de coronavírus, o 31º Festival de Artes de Macau foi adiado para Maio deste ano, tendo apresentado uma série de programas de grande destaque como Cobra Branca, Tirando Licença, Flôr Silvestre, Trindade e ainda a ópera Huangmei O Sonho da Câmara Vermelha, notável pela sua forma de inovar a tradição. Por sua vez, os programas locais Dança do Dragão Embriagado, Vejo-te através de Memórias, Duo de Dança, A Tarefa Interminável da Luxúria pelo Fracasso, Guia da Propriedade na Casa de Lou Kau e Pequeno Escape evidenciaram a diversidade cultural de Macau; os concertos Uma Digressão Europeia com Mozart e Diálogo entre o Oriente e o Ocidente proporcionaram um festim musical que encheu a alma dos ouvintes; os espectáculos No Outro Lado de Macau – Uma aventura mágica e O Jogo Coloane, bem como os programas de cariz tradicional Ópera Cantonense da Juventude Montanha Jiufeng e Patrám pa unga Dia (Patrão por um Dia), mostraram como as artes locais estão em pleno florescimento; já a Mostra de Espectáculos ao Ar Livre teve lugar no Jardim do Mercado do Iao Hon durante três dias consecutivos, levando a arte e a animação aos bairros comunitários; finalmente, “Imagens e Espaço: Exposição de Cenografia de Ren Dongsheng” revelou o encanto da cenografia e “Um Quarto com Vista: Exposição de Fotografia de Baptiste Rabichon” manifestou a contemporaneidade da arte fotográfica.
Este ano, o FAM foi, pela primeira vez, promovido online através de meios de comunicação social e por intermédio de críticos de arte da região da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, Pequim e Xangai, sendo publicadas entrevistas e reportagens especiais destinadas a potenciar o impacto e a visibilidade do Festival e a trazer novos públicos não locais até Macau para assistir aos espectáculos. Tirando partido da riqueza de recursos culturais de Macau, pretende-se assim contribuir para o desenvolvimento de uma Grande Baía de cultura humanística. Durante o Festival, vários críticos de arte e representantes de meios de comunicação social da Zona da Grande Baía deslocaram-se até Macau para cobrir o evento e promover o intercâmbio cultural.
O FAM ofereceu bilhetes gratuitos para vários tipos de espectáculos de beneficência, incluindo programas infantis, peças de teatro e concertos, convidando estudantes e pessoas com necessidades especiais a entrar no teatro para desfrutar dos programas e experienciar o diversificado mundo das artes e permitindo assim que todos tenham o direito de acesso às artes, bem como um maior número de oportunidades de contactar pessoalmente com eventos de cariz artístico. O FAM procedeu ainda à promoção e à venda de bilhetes, de forma direccionada, em instituições de ensino superior e estâncias turísticas, com vista a alargar o leque de públicos do Festival. Por outro lado, foram ainda apresentadas várias actividades no âmbito do Festival Extra, incluindo palestras, workshops, sessões “Conheça o Artista”, visita aos bastidores, visitas guiadas, serviço de acessibilidade e exibição de filmes, com o intuito de enriquecer a vida cultural do público e de potenciar a aura cultural dos bairros comunitários, tendo o número de participantes ultrapassado os 2.400. A Organização procedeu igualmente à diversificação das abordagens promocionais do FAM por meio de plataformas de novos média, tendo, por exemplo, promovido o jogo “O Festival volta e o melhor ainda está por vir”, cuja adesão foi esmagadora, atraindo cerca de 8.000 participantes. Os resultados do sorteio serão anunciados em Junho.
“Um Quarto com Vista: Exposição de Fotografia de Baptiste Rabichon” encontra-se patente na Galeria Tap Seac até ao dia 27 de Junho, aguardando a visita de mais público em geral. A fim de cumprir as medidas de prevenção epidemiológica, os visitantes deverão usar máscara própria de protecção, ser submetidos à medição da temperatura corporal, apresentar o respectivo Código de Saúde de Macau do próprio dia e cumprir as medidas de controlo de multidões no local.
A edição deste ano do FAM contou com o forte apoio da Direcção dos Serviços do Turismo, da TDM – Teledifusão de Macau, da Air Macau e da MGM China, tendo ainda contado com a colaboração de vários bancos, empresas de cartões de crédito e parceiros da comunicação social na divulgação do FAM. No futuro, o Festival de Artes de Macau continuará a proporcionar uma programação de excelência aos residentes, a construir uma plataforma de exibição e intercâmbio, visando expandir os horizontes artísticos do público e potenciar o seu sentido estético.
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