O Chefe do Executivo da Região Administração Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, teve, hoje (17 de Junho), na Sede do Governo, um encontro com a presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPCI), Gao Yan, onde abordaram assuntos sobre o impulso do desenvolvimento do sector de convenções e exposições de Macau e sobre uma maior integração na conjuntura nacional.
O Chefe do Executivo começou por dar as boas vindas à presidente Gao Yan pela sua presença em Macau para assistir à Reunião Conjunta das Associações Comerciais do Interior da China e de Macau – 2021. Agradeceu igualmente o apoio envidado ao sector industrial e comercial, e de convenções e exposições ao longo dos anos.
Por sua vez, Gao Yan afirmou que o Governo da RAEM tem dedicado um grande volume de trabalho ao controlo epidémico, destacando o papel da população pela sua colaboração consciente no cumprimento das medidas de prevenção. O Chefe do Executivo apontou que devido às mudanças das situações epidémicas nas regiões vizinhas não é possível baixar a guarda nos trabalhos preventivos. E que apesar do número de inoculados em Macau, recentemente, ter aumentado, o Governo continuará a sensibilizar e a incentivar a adesão à vacina contra COVID-19.
Gao Yan fez ainda uma breve apresentação sobre os trabalhos dos serviços de direito comercial do Conselho, na qual referiu que a Comissão tem vindo a consolidar o seu estatuto no Interior da China e a influência a nível internacional, nomeadamente nas áreas de arbritagem, conciliação e direito patrimoniais inteligentes. Este ano, a Comissão de Arbitragem da Economia e Comércio Internacionais da China, que é subordinada à CCPCI, ocorrerá a mudança de árbitros, onde a proporção do número de árbitros de Macau na lista de arbitragem comercial e de assuntos marítimos, é de 6 e 1, respectivamente. A CCPCI possui a vantagem de articulação da teoria e da prática, pelo que está disponível e tem capacidade de proporcionar a Guangdong e Macau, os serviços públicos de direito comercial durante a construção de Hengqin (Ilha da Montanha).
A mesma responsável referiu ainda o grande impacto que a pandemia teve no turismo e no sector de convenções e exposições de Macau, e também destacou as oportunidades surgidas. Considera ainda necessário fortaler o efeito da tecnologia digital, promover a forma de realização das convenções e exposições em forma articulada online e in loco, promovendo, deste modo, a junção e a complementaridade do sector turístimo e de convenções. A CCPCI possui recursos ricos e vantagens próprias nesta área, pelo que irá reforçar mais a cooperação com o Governo da RAEM, impulsionando, continuamente, ao exterior, a vantagem de Macau como centro de convenções e exposições.
O Chefe do Executivo ao responder, afirmou que Macau não lida com muitos casos de arbitragem, e só com o aumento da quantidade se pode adquirir experiência suficiente para aumentar a confiança perante a instituição. Referiu que, no futuro, ambas as partes, poderão dialogar sobre uma vertente de cooperação, incluindo na área financeira, e agradeceu o apoio do Conselho na acção de formação dos árbitros.
Relativamente ao desenvolvimento do sector de convenções e exposições e do turismo de Macau, o Chefe do Executivo considera que as áreas da economia, comércio e turismo representam plataformas importantes. Disse ainda que a mudança da Direcção dos Serviços de Turismo para a tutela de Economia e Finanças, no início deste ano, permitiu melhor aproveitar o desenvolvimento mútuo do turismo e da economia, dando como exemplo o sucesso da Semana de Macau, realizada em várias cidades do Interior da China, onde se reflectiu a força de cooperação dos serviços. Apontou ainda que convenções e exposições são a direcção para o desenvolvimento de Macau, pois não só a cidade possui hotéis e espaços de reunião suficientes, como também, instalações suficientes e condições para realizar eventos de grande envergadura. O mesmo responsável espera que após dissipada a fase da pandemia, o sector em Macau possa voltar à normalidade.
O mesmo responsável apontou ainda que, no futuro, Macau irá focar-se nas áreas da medicina tradicional chinesa, no sector financeiro moderno e de seguros, tecnologias altamente inovadoras e da cultura, acelerando, deste modo o desenvolvimento da diversificação adequada da economia local. Também disse esperar que os serviços de direito comercial do Conselho possam servir ainda melhor o desenvolvimento e a construção da Grande Baía e de Macau.
Estiveram ainda presentes no encontro o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Hoi Lai Fong, o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, substituto, Agostinho Vong, a directora dos serviços de ligação internacional do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, Li Qingshuang, a directora dos serviços de estudo de desenvolvimento, Nie Wenhui, e o representante da delegação em Macau, Cui Wenlong.
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