O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus foi notificado de um caso adverso após a inoculação de uma vacina contra a COVID-19 este sábado (dia 19) referente a um homem de 46 diagnosticado com Paralisia de Bell, conhecida como “Paralisia do nervo facial”.
Este evento adverso ligeiro já foi entregue ao Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 para análise.
No dia 12 de Junho, às 10h00, o paciente foi vacinado num centro de saúde com a 1.ª dose da vacina inactivada contra a COVID-19 produzida pela Sinopharm Group (China National Biotech Group, Beijing Institute of Biological Products); a partir das 8h00 do dia 18, apresentou sintomas como rugas na região da testa do lado direito, assimetria do sulco nasolabial direito, dificuldade em encerrar o olho direito; no dia 19, no Serviço de Urgência do CHCSJ, foi diagnosticado com paralisia de Bell, que é conhecida como “Paralisia do nervo facial”. Teve alta hospitalar após tratamento médico, sem necessidades de internamento. Actualmente, os sintomas persistem (face e olho direito).
Paralisia de Bell é a inabilidade repentina ou paralisia dos músculos em um lado da face devido à disfunção do 7º nervo craniano (nervo facial). A causa desta doença é desconhecida. A maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial dentro de 2 semanas a partir de início de sintomas e recupera a normalidade entre 3 e 6 meses. O tratamento do esteroide pode melhorar o prognóstico da doença.
A Paralisia de Bell é uma doença comum, de acordo com as estatísticas, nos últimos cincos anos, nos três hospitais (Centro Hospitalar Conde de São Januário, Hospital Kiang Wu, Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau), a proporção anual da incidência de doentes da Paralisia de Bell e a população é de 55 a 61 em 100.000, em média a proporção mensal é de 4.5 a 5.1 em 100.000.
Até ao dia 19, foram administradas 286.740 doses contra a COVID-19, e notificados 7 casos de Paralisia de Bell no total, após a vacinação. A taxa de incidência é de 2,3 casos por 100.000 doses, este número é inferior à taxa de incidência mensal da população em geral.
De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde, entende-se que evento adverso após vacinação são todos os eventos que após a vacinação provoquem infecção negativa à saúde, esses eventos têm a ver com o tempo (ocorrência após a vacinação), mas não há necessariamente uma conexão causal.
Os eventos adversos após a vacinação são causados pela vacina (como vermelhidão, calor e dor após a vacinação, reações alérgicas, etc.), pelos factores psicológicos, como ansiedade (não relacionados com a natureza da própria vacina) e eventos de coincidência (outras doenças ocorreram logo após a vacinação, mesmo que a vacina não seja administrada), erros nos procedimentos de produção ou uso da vacina, como erros na produção, transporte, armazenamento ou processo de inoculação da vacina (não relacionados com a natureza da própria vacina), incerteza ou casos que requerem análise de especialistas para encontrar a causa.
Situação do registo e inoculação das vacinas contra a COVID-19 até às 16h00 de 19/06/2021:
Doses administradas: 286.740
Número de Pessoas inoculadas: 201.950pessoas(115.881 - 1.ª dose da vacina; 86.069 - 2.ª dose da vacina).
Nas últimas 24 horas, houve24 notificaçõesde eventos adversos (24 eventos adversos ligeiros; zero (0) evento adverso grave, sendo dezanove (19) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e cinco (5) caso relativos à vacina de BioNTech mRNA).
Eventos adversos (desde início da vacinação): 1.157 notificações (1.154 eventos adversos ligeiros; 3 eventos adversos graves).
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apela a todos os residentes para administrar a vacina de modo a se protegerem, proteger os membros da sua família até criar uma barreira imunológica para proteger a sociedade de Macau.