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Autoridades garantem prevenção e controlo epidémico nos Hoteis de observação médica | 463 dias consecutivos sem casos locais de COVID-19 em Macau

Foto: Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou informou que, até ao dia 5 de Julho de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 463 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo casos de infecção assintomática) e não houve registo de novo caso importado do exterior esta segunda-feira (5 de Julho).

Macau diagnosticou, até à data, cinquenta e cinco (55) casos, dos quais, cinquenta e três (53) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Cinquenta e duas (52) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão internadas: quatro (4) pessoas de infecção assintomática; uma pessoa caso diagnosticado (no exterior) de recaída de infecção assintomática; quinze (15) indivíduos provenientes de áreas de alto risco e nove (9) contactos próximos.

Entre os dias 1 e 4 de Julho de 2021, foram testadas em Macau 73.022 pessoas.

Até às 16h00 de 5 de Julho, cumulativamente, já foram administradas 373.898 doses da vacina num total de 249.564 pessoas vacinadas, entre as quais, 123.771 com a primeira dose da vacina e 125.793 pessoas completaram as duas doses da vacina.

Nas últimas 24 horas, foram registados trinta e três (33) eventos adversos (33 ligeiros; zero (0) grave), sendo catorze (14) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e dezanove (19) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 1.613 notificações de eventos adversos (1.608 ligeiros; cinco (5) graves).

Quanto aos residentes que apresentaram sintomas de dor torácica após a administração da vacina de mRNA, o Dr. Tai Wa Hou manifestou que o surgimento da dor no peito (ou clinicamente chamada por dor torácica) após a vacinação de mRNA pode ser um sintoma não específico ou uma das manifestações clínicas da miocardite, que precisa ser avaliada, combinando com outros sintomas, como febre, fadiga, taquicardia, aperto no peito e dispneia, etc..

Actualmente, não há nenhuma evidência para confirmar a ligação inevitável entre a administração da vacina de mRNA e a miocardite. Olhando para experiências americanas, onde mais de 300 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 foram inoculadas nos Estados Unidos, e a incidência de miocardite foi de cerca de 13 em 1 milhão, o que não é maior do que a incidência de miocardite na população;

Com base nos dados estatísticos, a miocardite ocorre normalmente uma semana após a vacinação e o risco de efeitos colaterais da segunda dose é maior do que o da primeira, contudo, esses casos geralmente apresentam sintomas ligeiros, e a maioria destas situações aliviam após descanso, sem complicações graves.

O Director adjunto do CHCSJ sugere que se os residentes desenvolverem dor no peito, falta de ar e taquicardia no período de uma semana após a vacinação, devem evitar exercícios intensivos e contactar os profissionais de saúde para uma análise mais aprofundada.

Em Macau, existem cerca de 70 queixas de dores no peito entre os eventos adversos após a vacinação, até ao presente momento, já foram vacinadas 52.000 doses de vacina de mRNA, das quais 1.300 pessoas vacinadas foram da faixa etária de 12 a 17 anos e não há registo de eventos adversos de miocardite, até ao momento.

Tao W Hou foi questionado se Macau iria seguir o exemplo da região de Taiwan, lançando uma plataforma online de monitorização da saúde de residentes e que podem carregar os seus sintomas após a vacinação, o Dr. Tai Wa Hou disse que, uma vez que Macau tem uma boa rede de cuidados de saúde primários, em caso de indisposição, os residentes podem recorrer a uma clínica privada, centro de saúde ou serviços de urgência para a identificação de eventuais reacções adversas por parte dos profissionais de saúde, o que é melhor do que declarar os seus próprios sintomas online. Acresce que todos os profissionais de saúde têm o dever de declarar quaisquer eventos adversos após vacinação.

Relativamente aos rumores na Internet sobre o facto das empresas de jogos terem associado a vacinação a um bónus empresarial, exigindo que os funcionários se vacinem, o Dr. Tai Wa Hou respondeu que, o Governo da RAEM não se irá opor à possibilidade das empresas usarem benefícios legítimos ou substantivos para incentivar os funcionários a vacinar-se, mas enfatizou que este deve ser baseado no princípio da voluntariedade e opcional, respeitando a privacidade dos residentes e fazendo as avaliações de saúde de forma adequada. Se uma empresa obrigar os funcionários a vacinarem, isso viola o princípio da voluntariedade, as autoridades de saúde irão acompanhar e encaminhar os casos. Até ao momento os Serviços de Saúde não receberam queixas.

Alguns jornalistas estão atentos aos 54.º e 55.º casos confirmados de Macau, o Dr. Tai Wa Hou disse que, após os testes, o resultado do sequenciamento do gene de ácido nucleico do 54.º caso confirmado revelou os pontos de mutação genética de D614G e N501Y, mas foi impossível identificar a estirpe do vírus variante, porque a quantidade na amostra é muito pequena. Quanto ao resultado do teste do 55.º caso, foi confirmado que o paciente estava infectado pela variante Delta.

Relativamente à preocupação dos meios de comunicação social sobre a passagem fronteiriça entre Hong Kong e Macau, o Dr. Tai Wa Hou adiantou que, recentemente, foi registado em Hong Kong um caso de infecção num trabalhador de um hotel onde são realizadas quarentena, pelo que é necessário mais tempo para observar a evolução da situação, aliás, Macau e o Interior da China têm cooperado estreitamente na prevenção e controlo epidémico, tendo adoptado uniformes medidas antiepidémicas, por isso, o relaxamento das restrições à entrada de residentes de Hong Kong em Macau exige ainda uma comunicação e avaliação aprofundada com os serviços competentes do Interior da China. As medidas mais actualizadas serão divulgadas quando houver uma definição da sua entrada em vigor.

A Dr.ª Leong Iek Hou apontou que, entre o dia 1 e o dia 4 de Julho de 2021, foram submetidos a observação médica 413 indivíduos, dos quais, 159 residentes de Macau e 254 não residentes de Macau. No total, até ao dia 4 de Julho de 2021, foram enviados para a observação médica 41.499 indivíduos. Há, ainda, 1.907 indivíduos em observação médica, dos quais, 14 indivíduos alojados em instalações dos Serviços de Saúde, 1.893 indivíduos em hotéis designados.

Sobre o caso diagnosticado numa trabalhadora de limpeza num hotel de quarentena em Hong Kong e sobre os trabalhos de prevenção e controlo dos hotéis de observação médica em Macau, a Dr.ª Leong Iek Hou referiu que as autoridades vão garantir a implementação de medidas de prevenção e controlo nos hoteis de observação médica a partir de várias vertentes, nomeadamente: 1) Reduzir o número de pessoas de origem estrangeira que vêm para Macau, e cumprir rigorosamente a medida de proibição de entrada de não residentes de Macau que tenham estado em países estrangeiros; 2) Os indivíduos provenientes de países estrangeiros ou de Taiwan para Macau, antes de permanecer no Hotel de observação médica de Macau, devem ser submetidos a um teste de ácido nucleico para a COVID-19 e a exames serológicos, e só serão admitidos no hotel de observação médica se forem excluídos como caso confirmado ou recentemente infectados. 3) Os indivíduos que estão sob observação médica serão submetidos a vários testes de acordo com o nível de risco, a fim de detectar os doentes positivos o mais cedo possível, reduzindo o risco de transmissão em hoteis; 4) Caso seja detectado um doente positivo entre os indivíduos sob observação médica do Hotel, o serviço de limpeza e desinfecção do respectivo quarto será efectuado por uma empresa de limpeza profissional, organizada pelo Governo. Só após a conclusão da limpeza e desinfecção dos quartos é que o pessoal de observação médica desse hotel irá permitir a entrada a outros indivíduos que sejam submetidos a observação médica; 5) Os indivíduos que estão a ser submetidos a observação médica num hotel não podem sair do seu quarto sem autorização, caso contrário as autoridades procedem à denúncia criminal junto do Ministério Público por violação de regulamentos de prevenção de epidemia; 6) A Direcção dos Serviços de Turismo, os Serviços de Saúde e os responsáveis de cada hotel manterão contacto estreito e irão solicitar aos responsáveis dos estabelecimentos hoteleiros que orientem os trabalhadores a tomarem as medidas adequadas a fim de reduzir o risco de infecção; Ao mesmo tempo, foi exigido que o quarto de observação médica do hotel não pode abrir as janelas, a fim de evitar o fluxo de ar para o corredor, reduzindo o risco de infecção dos trabalhadores durante o movimento no interior do hotel. 7) O hotel de observação médica tem de prestar muita atenção à saúde dos trabalhadores, submeter-se periodicamente a testes de ácido nucleico e, em caso de indisposição, proceder-se-á a um exame imediato. Se houver um caso confirmado no hotel de observação médica, o trabalho de teste para os trabalhadores do hotel será reforçado e serão realizados vários testes de ácido nucleico, para que possa ser detectada precocemente qualquer infecção.

Em relação à absolvição do Tribunal de Segunda Instância, relativa ao incumprimento de isolamento domiciliar de um residente de Macau que foi acusado de infringir a medida sanitária preventiva, a Dr.ª Leong Iek Hou, explicou que o residente não possuía um certificado negativo de ácido nucleico válido ao entrar em Macau, mas porque as autoridades não podiam recusar a entrada de residentes de Macau, nestas circunstâncias, só através do pessoal do Corpo de Polícia de Segurança Pública pode ser levado ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para ser submetido a exame de ácido nucleico, e exigir que ficasse em casa dentro de 24 horas após a realização do teste ou de estar num local designado para aguardar o resultado, não podendo, também, sair de Macau, no entanto, durante esse período, o residente saiu de Macau sem autorização e, portanto, foi acusado; Em relação à decisão do Tribunal de Segunda Instância, a mesma responsável referiu que as autoridades estão a estudar o plano de melhorias dos procedimentos e irão continuar a rever e melhorar a implementação de medidas de prevenção de epidemia.

A Chefe do Departamento da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados;

o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Ma Chio Hong relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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