O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou anunciou na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, sexta-feira, 13 de Agosto, que até à data nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 10 dias consecutivos não foram registados mais casos importados nem casos relacionados com casos importados.
Macau diagnosticou, até à data, sessenta e três (63) casos, dos quais, cinquenta e oito (58) são casos importados do exterior e cinco (5) são relacionados com casos importados. Cinquenta e sete (57) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.
Actualmente, nas enfermarias de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) há quatro (4) doentes confirmados que estão em estado estável. No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão internadas: duas (2) pessoas de infecção assintomática; quatro (4) pessoas diagnosticadas (no exterior) de recaída de infecção assintomática; três (3) pessoas no período de isolamento para convalescença; sete (7) indivíduos provenientes de áreas de alto risco com anticorpos positivos e vinte (20) contactos próximos. No dia 12 de Agosto, foram testadas em Macau 21.626 pessoas.
Até às 16h00 de 13 de Agosto, cumulativamente, foram administradas 547.953 doses da vacina, num total de 302.079 pessoas vacinadas, das quais, 54.396 com a primeira dose da vacina e 247.683 pessoas completaram as duas doses da vacina. Nas últimas 24 horas, foram registados doze (12) eventos adversos, doze (12) eventos adversos ligeiros; zero (0) evento adverso grave, sendo sete (7) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e cinco (5) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 2.305 notificações de eventos adversos ((2.298) ligeiros; (7) graves).
Até às 16h00 de 13 de Agosto, a percentagem de vacinação em toda a população é de 44,2%, sendo pessoas-alvo 49,75%, funcionários públicos cerca de 40% e profissionais de saúde dos Serviços de Saúde cerca de 65%, que é semelhante em comparação com a vacinação aplicada aos profissionais de saúde nos Hospital Kiang Wu e Hospital Universitário do MUST.
O Dr. Tai Wa Hou enfatizou que, os profissionais de saúde têm responsabilidade e o dever de serem vacinados em primeiro lugar e devem liderar a vacinação. Os Serviços de Saúde continuam a envidar esforços para promover a vacinação de mais profissionais de saúde, entretanto, devem sujeitar ao princípio de não imposição e não obrigatoriedade. Além disso, os Serviços de saúde também prestarão o teste de ácido nucleico aos profissionais de saúde com risco mais alto. Ao mesmo tempo, apela-se aos cidadãos que apresentem sintomas de febre ou do tracto respiratório ou suspeitos de infecção podem efectuar a marcação do teste de ácido nucleico gratuito, através do link abaixo indicado no Código de saúde.
Relativamente às perguntas levantadas pelos jornalistas sobre o Plano de realização do serviço de vacinação nas escolas, após a abertura das aulas. O Dr. Tai afirmou que esta vacinação destina-se principalmente a estudantes com idade compreendida entre os 12 e os 17 anos. Estes devem ser acompanhados pelos pais ou encarregados de educação, com a assinatura do termo de consentimento informado.
Tendo em conta que o serviço de vacinação será realizado durante o horário escolar, quer os pais, quer os encarregado de educação encontram-se no serviço e que não sejam convenientes acompanhar os alunos para a vacinação nas escolas, estando a ser analisado juridicamente a autorização dos alunos com menos de 18 anos de modo a que estes entreguem à escola o termo de consentimento informado devidamente assinado pelos seus pais ou encarregados de educação, para efeitos de programada a vacinação contra a COVID-19.
Relativamente às perguntas levantadas pelos jornalistas sobre os códigos de saúde amarelos dos trabalhadores não residentes que já concluíram a testagem massiva de teste de ácido nucleico e sobre o recrutamento de voluntários, o médico-adjunto salientou que, além de inserirem as informações do “cartão azul”, os trabalhadores não residentes também têm de introduzir as informações do documento de viagem para gerar o código de saúde, contudo, alguns trabalhadores não residentes preencheram erradamente as informações do “cartão azul” como as informações do documento de viagem, fazendo com que as informações fossem inconsistentes, resultando no código de saúde amarelo. No futuro, durante a testagem massiva irá ser considerada a adição de publicidade em línguas indonésia, vietnamita e outras. Além disso, mais de 500 voluntários médicos foram recrutados para auxiliar na amostragem ou assistência de amostragem durante a testagem massiva de teste de ácido nucleico para toda a população. Será adquirido um seguro para os voluntários participantes, e aqueles que precisam operar instalações médicas também terão protecção contra risco ocupacional.
A Coordenadora Dr.ª Leong Iek Hou relatou que, no dia 12 de Agosto, mais 103 pessoas foram submetidas a observação médica, das quais, 37 residentes de Macau e 66 não residentes de Macau. Até ao dia 12 de Agosto (quinta-feira), o número acumulado de pessoas submetidas à observação médicas é de 46.522.
Actualmente, há 1.609 pessoas que se encontram a receber observação médica, das quais, 1.602 pessoas em hotéis designados e 7 pessoas em instalação dos Serviços de Saúde.
Devido aos quatro (4) casos confirmados, um total de 2.183 pessoas após investigações epidemiológicas começaram a ser acompanhadas, das quais 78 pessoas de contactos próximos, 699 pessoas de contactos próximos por via secundária, 165 pessoas com código vermelho do Código de Saúde de Macau, 33 pessoas que estiveram na Zona do Código Vermelho de Macau, 1206 pessoas que tiveram um traço comum com indivíduos infectados. Duas (2) pessoas foram transferidas da zona do código vermelho para um hotel para receber a observação médica. 286 pessoas estão a fazer observação médica domiciliar na zona do código vermelho.
Relativamente às perguntas sobre o itinerário dos doentes confirmados, a Coordenadora afirmou que, após se ter comunicado com o filho e seus pais, e com o auxílio da polícia judiciária, foi constatado que o filho não participou em outras actividades de grupo. Para além disso, foram também acompanhadas as pessoas que tiveram um traço comum com os doentes confirmados no dia 31 de Julho, incluindo 47 funcionários e utentes dos serviços da CTM, e 5 funcionários e utentes dos serviços da Hutchison - Telefone (Macau), Ldª, foram submetidos a 3 dias de observação médica com 2 testes de ácido nucleico, sendo o primeiro resultado de teste negativo.
Quanto aos locais onde os doentes confirmados permaneceram, a limpeza e desinfecção completa foi realizada de acordo com as directrizes (uso de lixívia diluída com proporção de 1:99) podem eliminar bactérias, e a amostragem ambiental não é necessária. Cientificamente, nas amostras ambientais após limpeza e desinfecção ainda podem ser detectados fragmentos de vírus, mas isto não significa que exista infecciosidade.
Quanto às perguntas feitas sobre o sistema de código de saúde, a médica apontou que o código de saúde era originalmente um sistema de declaração de saúde. Mais tarde, os resultados do estado de saúde e do teste de ácido nucleico foram adicionados ao código de saúde para o uso pelos cidadãos aquando da entrada e saída de Macau, tendo sido acrescentadas a seguir funções como registo de vacinação contra a COVID-19, etc., em consequência, o âmbito e quantidade de utilização estão cada vez maiores, e os serviços técnicos estão a estudar a instalação de sistemas de backup para suporte, de forma a prestar cada vez melhores serviços e tornar o sistema mais estável. Está, ainda, a ser estudado a inserção no código de saúde de uma nova função de registo de itinerário. Nesta nova função, é considerada a possibilidade de adpotar um método de check-in para permitir que os cidadãos digitalizem um código QR disponibilizado em cada local para registar o seu itinerário. Trata-se de um registo de itinerário, não um rastreamento de itinerário. Os cidadãos não irão registar o itinerário após saída de Macau.
O novo sistema irá ser testado para garantir que o sistema existente não será afectado no momento em que o novo sistema for activado. Será, também, introduzido um plano de backup.
Actualmente o código de saúde é dividido em cor vermelha (alto risco, obrigatória observação médica em local designado), verde (sem risco) e amarela (risco). Tendo em conta que as pessoas com código amarelo não podem usar transporte público, para conveniência dos cidadãos no acesso aos postos de teste de ácido nucleico, actualmente estão disponíveis vários postos de teste de ácido nucleico incluindo os no Terminal Marítimo de Pac On, no Fórum de Macau, no Centro Hospitalar Conde de São Januário, no Hospital KiangWu e no Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia para.
A Dr.ª Leong Iek Hou referiu, ainda, que esta situação causou inconvenientes a algumas pessoas que tiveram o código de saúde transformado em cor amarela para diferenciar os riscos, esperando que o público entenda isso. Quanto à amostragem de teste de ácido nucleico para pessoas com dificuldade de movimento, depois de avaliação do Instituto de Acção Social, existe um mecanismo para que o pessoal proceda à amostragem de necessitados.
O Subdirector da DSEDJ, Dr. Kong Chi Meng divulgou as medidas adoptadas no ano novo lectivo para garantir a saúde de pessoal docente e estudantes.
A Chefia Funcional de Centro de Acção Social, Dr.ª Sou Yuk Shuen apresentou os trabalhos nas Zonas de Códigos Vermelhos e de proximidade de suporte, apelando os cidadãos para construir uma mente saudável e positiva.
A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.
O chefe da Divisão de Relações Públicas da PSP, Dr. Lei Tak Fai relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau. Todos também responderam as respectivas perguntas levantadas por jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Subdirector da DSEDJ, Kong Chi Meng, o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Lam Tong Hou, o chefe da Divisão de Ligações Públicas da PSP, Lei Tak Fai, a chefe do Centro de Acção Social da Zona Noroeste (Ilha Verde) do Instituto de Acção Social, Sou Yuk Shuen e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.