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Testes a Residentes nas Zonas do Código de Saúde Vermelho e Amarelo efectuados a 17 de Agosto com resultados negativos – Medidas de restrição serão levantadas em 18 de Agosto e o Código de Saúde será convertido na cor verde

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou anunciou na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, terça-feira, 17 de Agosto, que até à data nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 14 dias consecutivos não foram registados mais casos importados nem casos relacionados com casos importados.

Macau diagnosticou, até à data, sessenta e três (63) casos, dos quais, cinquenta e oito (58) são casos importados do exterior e cinco (5) são relacionados com casos importados. Cinquenta e nove (59) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

Nas enfermarias de isolamento do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) há quatro (4) doentes confirmados que estão em estado estável.

No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão internadas: quatro (4) pessoas diagnosticadas (no exterior) de recaída de infecção assintomática; quatro (4) pessoas no período de isolamento para convalescença; nove (9) indivíduos provenientes de áreas de alto risco com anticorpos positivos e seis (6) contactos próximos.

No dia 16 de Agosto, foram testadas em Macau 14.478 pessoas.

Até às 16h00 de 17 de Agosto, cumulativamente, foram administradas 565.105 doses da vacina, num total de 311.761 pessoas vacinadas, das quais, 56.578 com a primeira dose da vacina e 255.183 pessoas completaram as duas doses da vacina. Nas últimas 24 horas, foram registados quinze (15) eventos adversos ligeiros; um (1) evento adverso grave, sendo dez (10) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e cinco (5) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 2.365 notificações de eventos adversos (sendo 1.585 casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e 780 casos relativos à vacina de BioNTech mRNA), incluindo 2.357 eventos adversos ligeiros, e 8 eventos adverso grave ( sendo 3 casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e 2.357 casos relativos à vacina de BioNTech mRNA).

O Dr. Tai Wa Hou anunciou que dois doentes com COVID-19 tiveram alta. O 59º doente que teve alta, ou seja o doente do 52.º caso diagnosticado da Covid-19 em Macau, sexo masculino, com a idade de 21 anos, é um residente de Macau que estuda em Taiwan. Em 30 de Maio, regressou de Taiwan para Macau e após diagnostico foi submetido ao Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane onde esteve estável, sem febre nem sintomas do tracto respiratório, e a imagiologia do tórax não mostrou sintomas de pneumonia. Os dois testes do ácido nucleico realizados respectivamente em 13 de Agosto e em 16 de Agosto acusaram negativos, cumprindo os critérios de ter alta, o que aconteceu em 17 de Agosto. Este doente irá continuar a encontrar no período de isolamento para convalescença no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane até o 28º dia após a obtenção de resultados negativos dos dois testes de ácido nucleico de zaragatoa nasofaríngea sucessivos. É previsto que saia de isolamento no dia 13 de Setembro.

O 58º doente que teve alta, ou seja o doente do 59.º caso diagnosticado da Covid-19 em Macau, é um residente de Macau, estudante na Alemanha. Em 23 de Julho, partiu de comboio da Alemanha em direcção a França, onde apanhou a aviãopara Singapura e fez a escala para Macau. Tendo acusado positivo o teste de ácido nucleico realizado no dia 25 de Julho durante a observação médica, foi a isolamento submetido ao Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane onde esteve estável, sem febre nem sintomas do tracto respiratório, e a imagiologia do tórax não mostrou sintomas de pneumonia. Os dois testes do ácido nucleico realizados respectivamente em 13 de Agosto e em 16 de Agosto acusaram negativos, cumprindo os critérios de alta, o que aconteceu em 17 de Agosto. Este doente irá continuar a encontrar no período de isolamento para convalescença no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane até o 28º dia após a obtenção de resultados negativos dos dois testes de ácido nucleico de zaragatoa nasofaríngea sucessivos. É previsto que saia de isolamento no dia 13 de Setembro.

Actualmente, além dos 4 casos diagnosticado os mais novos, os restantes doentes já tiveram alta.

Foi notificado um evento adverso grave após a vacinação numa doente do sexo feminino, com 27 anos. Na noite de 13 de Agosto apresentou palpitações, e no dia 14 de Agosto, manifestou os apertos no peito e cansaço e polipneia após actividades. Em 16 de Agosto recorreu ao Hospital Kiang Wu para a consulta e o resultado de teste de sangue mostrou que a troponina T cardíaca (mercadores de lesão miocárdica) estava elevada, tendo sido diagnosticada com miocardite. A doente ficou internada para os tratamentos progressivos, estando em condição estável, e os sintomas melhoraram. Dado que esta doente recebeu a segunda dose da vacina de BioNTech MRNA na tarde de 13 de Agosto, este caso irá ser submetido ao Grupo de Trabalho de Avaliação de Evento Adverso após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 para a analise.

Relativamente à apresentação de candidatura napágina especifica de registo de pessoal médico e de enfermagem ou de outro pessoal relacionado não pertencentes dos Serviços de Saúde para o trabalho da “Testagem massiva de ácido nucleico”, o Dr. Tai referiu esta pagina será encerrada às 19:00 do dia 17 de Agosto, e até às 16h00 tinham sido recebidas 1.231 candidaturas das quais, 853 são profissionais de saúde.

Sobre a possibilidade de ser administrada a terceira dose da vacina aos residentes, o Dr. Tai Wa Hou disse que, com base no estudo actual, ainda não há dados dos ensaios clínicos III relativos à inoculação da terceira dose da vacina, e as autoridades do Interior da China não autorizaram ou emitiram orientações sobre a vacinação com 3.ª dose contra a COVID-19. Atendendo que Macau se encontra numa situação epidemiológica estável, não é possível verificar e fazer comparação do efeito da protecção após a administração da vacina entre as pessoas em geral e as com baixa imunidade. Os Serviços de Saúde têm de aguardar mais dados e receber as orientações emitidas pelo Estado antes de considerar a vacinação generalizada da terceira dose da vacina. Caso haja um plano para a vacinação com a 3.ª dose, os destinatários prioritários serão ou não os grupos determinados, sobretudo, pessoas com baixa imunidade ou pessoas com elevado risco de exposição, o que merece maior atenção dos Serviços de Saúde, que continuam a estar atentos aos respectivos dados de investigação.

Até ao presente momento, ainda não existem planos definidos.

Quando questionado pelos jornalistas se os residentes deixarem de recorrer aos médicos e passarem a comprar directamente medicamentos na farmácia, o Dr. Tai Wa Hou respondeu que a grande maioria dos medicamentos vendidos em farmácias de Macau devem ser prescritos por médico, ou seja, os residentes só podem comprá-los com uma prescrição médica. Alguns medicamentos, tais como os antipiréticos, não são de medicamentos de venda por prescrição médica, pelo que os Serviços de Saúde vão enviar um ofício para todas as farmácias de Macau, alertando o director técnico de farmácia ou farmacêuticos para cumprimento das respectivas normas, especialmente, devem inteirar-se do motivo de residentes sobre a compra de medicamentos anti-febris, devendo aconselhá-los a dirigir-se a um médico para consulta médica. O mesmo responsável referiu ainda que, a implementação do mecanismo de declaração e de despistagem tem como objectivo detectar precocemente quaisquer eventuais casos suspeitos na comunidade. Como médico da linha da frente, quer do hospital quer da comunidade, quer se trate de médico da medicina tradicional chinesa, médico da medicina ocidental ou dentista, têm o dever e a responsabilidade de agir como guardião de prevenção da epidemia na primeira linha da frente.

Todos os médicos estão dispostos a assumir e cumprir as obrigações de apresentar declaração, incentivando também o público a cumprir este novo mecanismo e recorrer à consulta médica o mais rápido possível caso surjam sintomas. Mesmo que as pessoas não pretendam recorrer ao médico, devem marcar, através do sistema, um teste do ácido nucleico para eliminar a possibilidade da COVID-19.

Sobre a abertura da entrada de estrangeiros em Macau, o Dr. Tai Chi adiantou que Macau acaba de passar por uma nova onda epidémica e a comunidade não conseguiu identificar 100% de segurança. A primeira prioridade é detectar e eliminar os riscos e casos potenciais na comunidade com a maior brevidade possível. Além disso, a taxa de vacinação em Macau é de apenas 45 %, o que está longe de atingir a imunidade de grupo.

Em primeiro lugar, é necessário aumentar a taxa de vacinação, para criar o mais rápido possível uma barreira de imunidade de grupo na comunidade para termos a confiança de abrir a entrada de estrangeiros, por isso, acutalmente, não há plano para abrir a entrada de estrangeiros.

A Coordenadora Dr.ª Leong Iek Hou relatou que, no dia 16 de Agosto, mais 92 pessoas foram submetidas à observação médica, das quais, 24 são residentes de Macau e 68 não residentes de Macau.

Até ao dia 16 de Agosto (segunda-feira), o número acumulado de pessoas submetidas à observação médicas era de 46.952. Actualmente, há 1.482 pessoas que se encontram a receber observação médica, das quais, 1.476 pessoas em hotéis designados e 6 pessoas em instalações dos Serviços de Saúde.

Quando foi questionada sobre a protecção da saúde pública após a reabertura dos estabelecimentos de entretenimento, a Dr.ª Leong Iek Hou respondeu que nos últimos dias se registaram quatro casos em Macau, razão pela qual outras regiões vizinhas tomaram medidas rigorosas para Macau, a fim de evitar a importação do vírus no local e isso é compreensível.

Apesar de Macau ter passado o período de incubação, tendo sido efectuada uma gestão rigorosa aos grupos de pessoas em risco e de pessoas em causa, bem como realizada testagem massiva de ácido nucleico, existe ainda risco e Macau ainda precisa de uma rigorosa vigilância da situação epidemiológica em geral para evitar um ressurgimento da epidemia. Embora a epidemia tenha atenuado, os residentes não devem “baixar a guarda”.

Os Serviços de saúde têm proporcionado a todos os estabelecimentos e instituições uma série de exigências e orientações de prevenção da epidemia, tais como o cumprimento rigoroso da medição da temperatura corporal, verificação do Código de Saúde, reforço da limpeza e desinfecção ambiental, restrição do fluxo de pessoas e da distância entre pessoas, apelando a toda a população para usar máscara de forma adequada e lavar as mãos com frequência, evitar aglomeração de pessoas, e vacinar-se com a maior brevidade possível, porque é o meio mais eficaz para proteger-se a si mesmo, a família e a comunidade.

Em relação ao levantamento das medidas de restrição nas Zonas do Código de Saúde Vermelho, a mesma responsável referiu que, desde o dia 3 de Agosto, os residentes que vivem nas Zonas do Código de Saúde Vermelho e Amarelo foram sujeitos a seis testes de ácido nucleico, todos com resultados negativos, aliás, os residentes das áreas circundantes, as pessoas em questão, bem como a população sujeita à testagem massiva de ácido nucleico de Macau acusaram todos negativos, neste contexto, podemos julgar que o risco para os residentes nas Zonas do Código de Saúde Vermelho e Amarelo foi relativamente baixo.

Relativamente às informações sobre os casos confirmados no período de observação médica, a Dr.ª Leong Iek Hou assinalou que, dos 63 casos confirmados registados em Macau, 15 foram diagnosticados durante o período de observação médica e o tempo de diagnóstico variou do 1.º ao 11.º dia de permanência em hotéis.

Existem também 7 casos de recaída, dos quais 3 casos foram descobertos também durante a observação médica, e o tempo de diagnóstico variou do 2.º ao 19.º dia. De realçar que o número de casos confirmados em Macau é muito reduzido, entre os 63 casos confirmados e os 7 casos de recaída, 18 casos foram detectados durante o período de observação médica, o que demonstra a importância da observação médica e a eficácia da gestão do circuito fechado em hotéis de observação médica para evitar a saída de casos confirmados na comunidade.

Quanto ao ajustamento do período de observação médica, é necessário que haja dados relevantes que mostrem que as pessoas infectadas apresentam sintomas no início de recaída da doença e tenham menor período de incubação, só nessa aituação é que é possível ajustar o período de observação médica.

Na conferência, o Chefe do Departamento de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Municipais, Dr. Cheong Kuai Tat apresentou sobre os trabalhos do grupo de apoio e de sobrevivência na zona do código vermelho nos últimos 14 dias.

A Chefe do Departamento de Serviços Familiares e Comunitários do Instituto de Acção Social, Dr.ª Lei Lai Peng relatou os trabalhos relativos à prevenção e controlo com mais precisão contra a epidemia, baseados em zonas e níveis, assim como aos testes de ácido nucleico em massa no período compreendido entre os dias 3 e 17 de Agosto de 2021.

A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.

O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Dr. Ma Chio Hong relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau. Todos também responderam as perguntas levantadas por jornalistas.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: O médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, o Chefe do Departamento de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Municipais, Dr. Cheong Kuai Tat, a Chefe do Departamento de Serviços Familiares e Comunitários do Instituto de Acção Social, Dra. Lei Lai Peng, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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