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Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2016 da DSPA

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Já foi publicado, o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2016 pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental. O Relatório tem como objectivo permitir o conhecimento público sobre o estado do ambiente de Macau nos últimos anos, mediante análise de sete vertentes, a saber: a evolução socioeconómica, o ambiente atmosférico, os recursos hídricos, os resíduos sólidos, a conservação da natureza, o ruído ambiental e o investimento e participação na área ambiental. Neste Relatório, foram analisadas as variações da maioria dos subindicadores entre 2015 e 2016, tendo-se acrescentando a tendência da evolução ambiental na última década.

No que se refere ao ambiente atmosférico, o número total de dias classificados como “Bom” e “Moderado”, registados em todas as estações de monitorização de qualidade do ar de Macau em 2016, ultrapassou os 95%. A qualidade do ar tem melhorado globalmente em Macau nos últimos anos, cuja evolução corresponde à tendência global da Região do Delta das Pérolas. Apesar de parte das estações revelar que a concentração de determinados poluentes representa uma tendência constante crescente, as concentrações médias anuais de PM10 e PM2,5 registadas em todas as estações em 2016, continuaram a ser inferiores aos valores padrão. Por outro lado, os valores de NH3, COVNM e CH4 diminuíram em 2015 em relação ao ano anterior. Contudo, devido ao aumento da energia eléctrica localmente gerada e de combustíveis consumidos pelos transportes, os valores estimados dos restantes poluentes atmosféricos e de GEE foram mais elevados do que em 2014.

Quanto aos recursos hídricos, as águas potáveis de Macau têm mantido em 2016 um baixo nível de salinidade e os limites dos coliformes totais nas redes de abastecimentos de água também cumpriram os requisitos legais. Devido ao aumento do consumo de água nas superfícies comerciais, o seu consumo subiu em 2016 em relação ao ano anterior. Em 2016, o índice global de avaliação das águas costeiras, os índices de avaliação de exposição a metais pesados e não metálica desceram em comparação com 2015. Isto significa que a qualidade das águas costeiras melhorou. No entanto, a poluição de materiais não metálicos ainda se manteve grave.

No que diz respeito à gestão de resíduos sólidos, a quantidade de resíduos sólidos urbanos de Macau aumentou de forma menos atenuada em 2016, em comparação com 2015. Já a quantidade de resíduos de construção diminuiu consideravelmente, bem como a de especiais e perigosos, que teve uma descida ligeira. Contudo, a taxa de recolha de resíduos recicláveis teve apenas um aumento ligeiro face a 2015, pelo que a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados per capita ainda se mantém num nível bastante elevado.

Sobre a conservação da natureza, não houve qualquer evolução no número de espécies arbóreas nas bermas das rodovias de Macau em 2016 em relação a 2015, sendo apenas referido que o número total de árvores subiu. Visto que os critérios de classificação dos espaços verdes de Macau estão a ser ajustados, o presente relatório revela apenas dados relativos às zonas verdes sob jurisdição do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais até ao ano 2015.

Em termos do ambiente sonoro, nas Estações da Avenida de Horta e Costa, da Rua Cidade de Braga e da Avenida de Venceslau de Morais, os níveis de ruído registados em 2016 foram próximos dos de 2015. No entanto, verificou-se uma tendência de aumento palpável nos mesmos níveis registados na Estação da Rua Correia da Silva e na Estação das Zonas Ecológicas do Cotai.

Relativamente ao investimento e participação na área ambiental, o número de instituições a que foram atribuídas certificações ambientais em 2016 tem crescido e o número dos hotéis galardoados com o “Prémio Hotel Verde Macau” atingiu também o recorde. Isto reflecte que as empresas prestam cada vez mais atenção e dão cada vez mais importância aos trabalhos de protecção ambiental. No entanto, no sector do incentivo à participação em actividades ambientais, acções de formação sobre a gestão ambiental e palestras, o número total de participantes tem diminuído nos últimos anos.

Em suma, o ambiente atmosférico e a qualidade das águas costeiras de Macau tiveram melhorias em 2016. No entanto, a par da recuperação gradual económica, da maior densidade populacional e da maior intensidade de turismo, o consumo de electricidade e de recursos hídricos e a quantidade de resíduos sólidos urbanos apresentaram uma tendência crescente.

O Relatório em versões chinesa e portuguesa foi publicado electronicamente e será publicado também em versão inglesa brevemente. Para mais informações sobre este relatório, por favor consultá-lo ou descarregá-lo na página electrónica da DSPA (http://www.dspa.gov.mo).

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