A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao segundo trimestre de 2021. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba os ramos de actividade económica: do “comércio por grosso e a retalho”; dos “transportes, armazenagem e comunicações”; das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria. Em termos gerais, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2021 cresceu, em virtude da base de comparação ter sido relativamente baixa, dado que no mês homólogo de 2020 a remuneração média desses trabalhadores desceu significativamente, devido ao grande número de trabalhadores de alguns ramos em licença sem vencimento provocado pela pandemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus.
No fim do segundo trimestre de 2021 encontravam-se ao serviço 63.238 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, menos 2,2%, face ao fim do trimestre homólogo de 2020, realçando-se que 39.375 trabalhavam no “comércio a retalho”, menos 2,0%. Em Junho de 2021 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 14.490 Patacas, aumentando 7,7%, face a Dezembro de 2020 e 17,9%, em termos anuais.
Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 13.746 trabalhadores, ou seja, registou-se um acréscimo de 3,6%, em termos anuais. Em Junho de 2021 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 21.050 Patacas, subindo 5,1%, em termos anuais.
Nas “actividades de segurança” existiam 13.282 trabalhadores ao serviço, menos 1,8%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2021 foi de 12.890 Patacas, mais 3,8%, em termos anuais.
As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 938 trabalhadores, mais 1,3%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 19.040 Patacas em Junho de 2021, equivalendo a uma subida de 3,2%, em termos anuais.
Havia 1.765 postos vagos no “comércio a retalho”, 1.302 nas “actividades de segurança” e 1.085 nos “transportes, armazenagem e comunicações”, mais 252, 272 e 407, respectivamente, em termos anuais.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas das “actividades de segurança” (96,9%) e do “comércio por grosso e a retalho” (46,1%). O ensino superior era requerido em 17,7% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 69,9% e 53,7% das vagas do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 62,0% e 33,1% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.
No ramo do “comércio a retalho” a taxa de recrutamento de trabalhadores (5,3%) e a taxa de vagas (5,1%) subiram 1,9 e 0,8 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. No ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,2%) e a taxa de vagas (8,0%) cresceram 1,1 e 2,9 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Estes indicadores reflectiram que a procura de mão-de-obra era relativamente estável nestes ramos de actividade económica.
Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre em análise, 35.423 participantes frequentaram 1.440 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 55,9% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e 50,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos das “actividades de segurança” foi o mais elevado, isto é, 17.324, os quais assistiram a 207 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de curso, observou-se que no ramo das “actividades de segurança” os cursos de “comércio e gestão” tiveram o maior número de formandos (49,1%), seguindo-se os formandos dos cursos de “serviços” (20,8%). No que concerne ao pagamento dos cursos, os encargos de mais de 90% dos formandos dos “transportes, armazenagem e comunicações” e das “actividades de segurança” foram pagos pelos estabelecimentos.