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Especialistas da Comissão Nacional de Saúde reconhecem resultados obtidos nos trabalhos antiepidémicos do Governo da RAEM e sugerem mais medidas para promoção da vacinação

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou anunciou que até ao dia 2 de Setembro nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 492 dias consecutivos não foram registados casos relacionados locais com casos importados. Desde o surgimento dos quatro (4) casos importados ou casos relacionados com casos importados no dia 3 de Agosto até à presente data, por 30 dias consecutivos não foram registados mais casos importados nem casos relacionados com casos importados.

Macau diagnosticou, até à data, sessenta e três (63) casos, dos quais, cinquenta e oito (58) são casos importados do exterior e cinco (5) são relacionados com casos importados. Sessenta (60) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

Actualmente, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane situado na Estrada do Alto de Coloane estão internadas: três (3) pessoas diagnosticadas; seis (6) pessoas no período de isolamento para convalescença; oito (8) indivíduos provenientes de áreas de alto risco com anticorpos positivos.

Entre os três (3) dias consecutivos (30 de Agosto a 2 de Setembro) foram testadas em Macau 44,662 pessoas.

O Dr. Tai Wa Hou adiantou, ainda, que até às 16h00 de 2 de Setembro, já tinham sido administradas 603,152 doses da vacina, num total de 327,783 pessoas vacinadas, das quais 50,470 com a primeira dose da vacina e 277,313 pessoas completaram as duas doses da vacina. Nas últimas 24 horas, foram registados onze (11) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo oito (8) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e três (3) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 2,557 notificações de eventos adversos, incluindo 2,549 ligeiros, oito (8) graves.

Um grupo de especialistas da Comissão Nacional de Saúde visitou Macau entre os dias 30 de Agosto e 2 de Setembro, a convite do Governo da RAEM, com o objectivo de proporcionar orientações abrangentes antiepidémicas. O grupo de especialistas elogiou as medidas antiepidémicas implementadas pelo Governo da RAEM e apresentou também sugestões de melhoria.

Este convite não foi divulgado ao público e a reportagem pelos meios de comunicação, devido à sua natureza interna, pelo que foi anunciado apenas na conferencia de imprensa.

O grupo de especialistas era composto por 8 membros, incluindo das áreas de prevenção e controlo de doenças infecciosas, tratamentos clínico e testes laboratoriais. Durante a estadia em Macau, realizaram visitas a diversos locais sobre todos os aspectos dos trabalhos antiepidémicos e mantiveram diariamente uma troca de opiniões para se inteirarem dos relatórios submetidos pelos Serviços de Saúde, serviços públicos relevantes e especialistas do Governo, de forma abrangente e detalhada, para conhecer aprofundada os trabalhos antiepidémicos. As duas partes tiveram intercâmbios e discussões dinâmicas e compartilha de experiências em vários tópicos.

Após a visita, de modo geral, o grupo de especialistas considerou que o Governo da RAEM tem dado a elevada importância à prevenção e controlo da COVID-19, tendo criado o mecanismo de coordenação da COVID-19, mobilizado os recursos suficientes dos diversos serviços públicos, para responder a pandemia e melhorado de forma contínua as medidas antiepidémicas nos postos fronteiriços, tratamentos médicos, teste de ácido nucleico e outras medidas relacionadas manifestando elogio à eficácia dos todos os trabalhos antiepidémicos.

Em resposta à prevenção e controlo, o grupo de especialistas indicou sugestões de melhoria, no âmbito de gestão e monitorização de grupo-chave, promoção de vacinação ao público por meio da ciência.

O Governo da RAEM tem melhorado e consolidado o sistema de prevenção e controlo de saúde pública em Macau, mediante a referência das opiniões do grupo de especialistas, em combinação de situação real, a fim de proteger eficaz a vida e a saúde dos residentes de Macau.

Em relação à vacinação, o grupo de especialistas destacou que a vacina é uma das medidas antiepidémicas mais importante contra a COVID-19, mas a taxa de vacinação de Macau é muito baixa, comparada com a que se regista no Interior da China.

Esta diferença é desfavorável para os trabalhos antiepidémicos de Macau, daí que o grupo tenha recomendado a tomada de medidas mais activas para promover vigorosamente a vacinação, nomeadamente aos grupo-alvo, que devem ser vacinados com a maior brevidade possível, de modo a aumentar a taxa de vacinação.

Além disso, é necessário analisar a taxa de vacinação em vários grupos-chave, entender as razões pelas quais os residentes não querem ser vacinados, promover a publicidade temática, através do reforço na comunidade; as instituições e empresas também devem assumir responsabilidades sociais que incentivam e apelam aos seus trabalhadores a vacinar-se.

Até ao momento, Macau já registou mais de 2,04 mil milhões de doses da vacina no Interior da China e esta situação é uma referência para o Governo da RAEM.

A próxima etapa da promoção é a vacinação destinada aos grupos-chave, sob o princípio de “tudo deve ser vacinado com a maior brevidade possível”, como profissionais de saúde, trabalhadores da linha de frente nos postos fronteiriços, funcionários públicos e pessoal escolar.

Dr. Tai Wa Hou sublinhou que todos os residentes têm a obrigação e a responsabilidade de vacinar, não servindo apenas para se proteger, mas mais importante, para proteger os idosos e as crianças da família contra eventuais infecções.

Os menores de 12 anos ainda não podem ser vacinadas, pelo que a sua protecção depende dos familiares vacinados e professores vacinados, isto é um dever e responsabilidade, daí que seja efectuado um apelo a todos os residentes para que administrem a vacina de modo a se protegerem, proteger os membros da sua família até criar uma barreira imunológica para proteger a sociedade de Macau, e aqueles não tenham sido vacinado, devem efectuar a marcação o mais rápido possível.

A Coordenadora, Dr.ª Leong Iek Hou, relatou que, de 30 de Agosto a 2 de Setembro, mais 286 pessoas foram submetidas à observação médica, das quais, 68 são residentes de Macau e 218 não residentes de Macau, até ao dia 1 de Setembro (quarta-feira), o número de pessoas submetidas à observação médicas era de 48.265.

Actualmente, há 1.249 pessoas que se encontram a ser submetidas à observação médica, das quais, 1.243 pessoas em hotéis designados e 6 pessoas em instalações dos Serviços de Saúde.

Em resposta às perguntas levantadas pelos jornalistas, a Dr.ª Leong indicou que, o número esperado de votantes nas eleições para a Assembleia Legislativa nos hotéis de observação médica e o número de trabalhadores destacado serão anunciados, de forma uniformizada, pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa.

As medidas antiepidémicas a observar para a instalação de assembleias de voto nos hotéis de observação médica são as seguintes:

  1. Os eleitores que pretendam votar são sujeitos a um teste de ácido nucleico no dia anterior à data da votação;
  2. Os eleitores devem sair dos seus quartos um a um para votar nas assembleias de voto dos hotéis, a fim de evitar contacto próximo uns com os outros;
  3. Os eleitores devem usar máscaras no momento da saída do quarto, usar luvas durante o processo de votação e lavar as mãos com álcool desinfectante antes e depois da votação;
  4. Os trabalhadores das assembleias de voto devem usar vestuário protector e usar máscara no atendimento dos eleitores e tomar as mesmas medidas de protecção no acto de contagem dos votos;
  5. As urnas e outros materiais serão desinfectados antes de serem devolvidos à sede eleitoral.

Sobre as medidas da passagem fronteiriça, a Dr.ª Leong indicou que, desde o início da epidemia, Macau e o Interior da China têm adoptado, no âmbito dos trabalhos de prevenção e controlo, maneiras de prevenção e controlo em conjunto e de cooperação estreita, pelo que as medidas antiepidémicas de Macau devem ser articuladas com as do Interior da China.

Quanto à organização da passagem fronteiriça entre Macau e Hong Kong, as autoridades vão manter uma comunicação estreita com o Interior da China e Hong Kong. Se houver mais informações, as três partes irão divulgá-las de forma concertada.

Em relação ao plano de backup do sistema do Código de Saúde, a Dr.ª Leong referiu que, actualmente, as autoridades estão a trabalhar na criação de backup do sistema do Código de Saúde no Centro de Dados da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública. Em caso de avaria do Código de Saúde, o sistema poderá ser retomado num curto período de tempo, evitando a repetição de situações que afectem os residentes.

Na conferência, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.

O Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.

O Chefe do Departamento de Ensino da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Dr. Wong Ka Ki, respondeu às perguntas de jornalistas.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, O Chefe do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Dr. Wong Ka Ki, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, o Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai, e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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