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Resultado da 2.a pesquisa sobre a fonte de proliferação de mosquitos nos domicílios no ano 2005, realizada pelos Serviços de Saúde


Os Serviços de Saúde realizaram a segunda investigação sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, durante o período compreendido entre 12 e 30 de Setembro, em Macau. De acordo com o resultado desta pesquisa, os três índices que revelam a proliferação dos mosquitos nos domicílios mantiveram num grau aceitável, mas, por outro lado, o índice em algumas áreas já atingiu um nível alto. A fim de avaliar o número de fontes de proliferação e a proliferação e prevendo a possibilidade de se iniciar a epidemia da febre de dengue, os Serviços de Saúde realizaram a segunda investigação sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, durante o período compreendido entre 12 e 30 de Setembro. Esta pesquisa foi apoiada, tal como as anteriormente realizadas, pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, cujos destinatários foram famílias escolhidas aleatoriamente em Macau. A presente investigação também teve como objectivo medir três indicadores que podem expressar a possibilidade de se iniciar a propagação da febre de dengue, nomeadamente, o Índice de Habitação, o Índice Bretaeu e o Índice de Recipiente. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram apoio aos destinatários seleccionados, quanto à identificação da fonte de reprodução dos mosquitos e à sua eliminação, a fim de atingir o objectivo de prevenir a infecção da febre de dengue nas habitações. O Índice Bretaeu é a proporção do número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre de dengue, para um determinado número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre de dengue. Conforme a pesquisa, o valor médio deste índice em Macau é 3.3, sendo os valores obtidos mais altos nas áreas do Porto Interior, seguindo-se as áreas da Areia Preta e Fai Chi Kei, 10, e 5,7 e 5,6, respectivamente. O Índice de Habitação é o número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre de dengue, em 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Índice de Habitação é 2,2%, sendo o valor mais alto obtido na área do Porto Interior, 10%, seguido do obtido na área da Areia Preta, 4,1%. O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da febre de dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste índice em Macau é de 2,2%, sendo o valor mais alto obtido também na área do Porto Interior, 10,8%; o segundo lugar, foi encontrado na área do Fai Chi Kei, 5,0%. Conforme a experiência, se o valor do Índice de Habitação é superior a 18%, do Índice de Recipiente é maior do que 10% ou do Índice Bretaeu é igual ou superior a 20 (vinte), caso haja doentes com febre de dengue, é muito provável verificar-se uma epidemia desta doença. Se o valor do Índice Bretaeu é menor do que 5 (cinco), a possibilidade de aparecer a propagação da febre de dengue não é alta. De acordo com a última pesquisa, os três índices mantiveram-se num grau aceitável, mas nalgumas áreas, como a área do Porto Interior, o valor dos índices é muito alto; caso ocorra algum caso de febre de dengue, é fácil a ocorrência de epidemia. Em relação ao tipo dos recipientes, conforme a pesquisa, jarras para plantas e bases de vasos são fontes da proliferação de mosquitos “Aedes albopictus” mais frequentes nos domicílios, representando cerca de 95% dos recipientes detectados com larvas. Este ano é um ano de pico para o surto da febre dengue em Macau, sendo este momento um período de alto risco para a sua propagação. Nos vários países e territórios adjacentes de Macau, já ocorreu o pico do surto de febre dengue. Conforme esta investigação sobre a proliferação de mosquitos nos domicílios, nalgumas áreas em Macau, o valor dos índices é obviamente mais alto. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que devem consolidar o trabalho de eliminar fontes da proliferação de mosquitos no interior e exterior da casa, especialmente jarras para plantas e bases de vasos em casa, também não podendo negligenciar fontes nos recipientes no exterior da casa; quando viajarem, devem implementar medidas para evitar a picada do mosquito; se depois da viagem, tem sintomas como febre e aparecer erupção cutânea, deve recorrer logo que possível ao médico e realizar medidas para evitar mosquitos, não podendo demorar o tratamento e provocar a propagação da doença. Dez recomendações para eliminar a fonte da proliferação dos mosquitos Aedes Os mosquitos Aedes gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água limpa, estagnada, na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos Aedes, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandone lixos, especialmente, garrafas vazias, latas, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpe todos os recipientes que podem acumular água no interior e exterior da casa ou, em caso de impossibilidade, coloque os recipientes de forma invertida ou remova-os; 3. Jarras e vasos para flores ou plantas devem ser lavados pelo menos uma vez por semana, sendo também necessário mudar a água que contêm; evite utilizar bases de vasos, e, em caso de utilizá-las, evite a acumulação de água; remova a água na base do frigorífico e limpe-a uma vez por semana; evite a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evite colocar pneus abandonados ao ar livre ou utilize-os como instalação contra-choque; caso necessário, fure buracos neles para evitar a água estagnada; 5. Depósitos de água nos terraços dos prédios devem ser bem tapados e limpos periodicamente; poços devem ser bem cobertos com tampa; evite depositar água nos baldes e tinas, caso necessário, cubra-os bem com tampas e limpe-os, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilize cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Todos os esgotos devem ser ligados à rede de esgotos pública; deve limpar periodicamente os esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evite a fuga de água nos canais de água, contador de água, bem como canais de incêndio e esgotos; 9. Aos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos, deve-se possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito. 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou algumas espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não podem utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, devem, periodicamente, aplicar insecticida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.) Quadro I: Número de vectores da febre de dengue em diversas zonas
Áreas Índice de habitação Índice Bretaeu Índice de recipiente
Fai Chi Kei 1,6% 5,6 5,0%
Toi San (Tamagnini Barbosa) 0,0% 0,0 0,0%
Areia Preta 4,1% 5,7 2,9%
Ilhas 0,0% 0,0 0,0%
S. Lourenço 0,0% 0,0 0,0%
Porto Interior 10,0% 10,0 10,8%
Tap Seac 1,9% 1,9 0,7%
Total 2,2% 3,3 2,2% Quadro II: Comparação do número de vectores da febre de dengue entre as pesquisas Junho de 2002 Setembro de 2002 Julho de 2003 Setembro de 2003 Junho de 2004 Agosto de 2004 Outubro de 2004 Junho de 2005 Setembrode 2005
Índice Bretaeu 10,4 7,4 6,4 5,0 7,5 2,9 3,3 3,0 3.3
Índice de habitação 7,0% 5,6% 4,2% 3,9% 5,4% 1,7% 2,7% 2,5% 2.2%
Índice de recipiente 3,6% 3,1% 3,0% 3,1% 6,9% 1,2% 1,8% 1,7% 2.2%



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