De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1º trimestre de 2005, a duração média mensal da Carteira de Encomendas dos industriais inquiridos em Abril de 2005 era de 3,15 meses, o que representou um crescimento de 9,4% em comparação com o trimestre anterior (2,88 meses), devendo-se principalmente ao impacto que foi menor do que o previsto, na fase inicial da liberalização de quotas de produtos têxteis e vestuário em 2005, e ao mesmo tempo, à pressão sobre as exportações de têxteis e vestuário do Continente exercida ultimamente pelos mercados dos EUA e da UE. No entanto, comparado com igual período do ano passado (4.01 meses), a duração média mensal desceu 21,4%.
A Carteira de Encomendas com maior duração é detida pelas empresas do sector de “Vestuário e Confecções” (3,31 meses), seguindo-se as indústrias de “Calçado” (2,16 meses) e “Outros Sectores” (1,52 meses). Relativamente aos mercados de destino das exportações, os EUA e a UE são os principais mercados para as exportações de Macau, seguindo-se o Canadá. Quanto aos mercados dos outros países da Europa, países africanos, do Médio Oriente, e da América do Sul, Austrália e Japão, esses continuaram a apresentar comportamentos desfavoráveis, com uma situação de Carteira de Encomendas fraca. No contexto das perspectivas para as exportações nos próximos seis meses, o conjunto das empresas inquiridas que antecipava uma situação favorável foi de 47,7%, o que representou uma subida em relação ao trimestre anterior (31,9%), mas um decréscimo face ao período homólogo do ano passado (50,5%). Destas, 36,1% previam um ligeiro crescimento e 11,6% um forte aumento nas exportações. Entretanto, 25,2% das empresas inquiridas previam uma situação de estagnação, 9,0% um ligeiro decréscimo e 18,0% um forte declínio nas exportações. Quanto ao mercado de trabalho, as empresas inquiridas exprimiram que o número de empregados do sector industrial exportador teve um decréscimo ligeiro de 0,5% em relação ao trimestre anterior, e uma diminuição de 3,0% face ao período homólogo do ano passado. Ao mesmo tempo, 64,4% das empresas exportadoras apontaram para uma insuficiência de trabalhadores, valor esse, inferior em relação ao trimestre anterior (66,0%) e ao período homologo do ano transacto (71,6%), respectivamente, destacando-se o sector de “Vestuário e Confecções”, com 66,0% das respectivas empresas inquiridas do respectivo sector. De acordo com os resultados do Inquérito, nas actividades de exportação do último trimestre, 82,6% das empresas inquiridas enfrentaram o problema de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 57,8% “Insuficiência de Trabalhadores”, 51,6% “Preços Elevados das Matérias-Primas” e 45,5% “Insuficiente Volume de Encomendas”. Relativamente aos problemas acima referidos que afectam as actividades de exportação, os mais importantes sentidos pelas empresas exportadoras foram “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (34,0%) e a “Insuficiência de Trabalhadores” (16,6%). Para os próximos três meses, as principais preocupações dos industriais inquiridos centram-se nos “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (69,4%), “Preços Elevados das Matérias-Primas” (44,9%), bem como “Insuficiência de Trabalhadores” (44,4%).
Resultados do ICSIE no 1º trimestre do ano
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