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Guarda e subchefe da PSP suspeitos de actos irregulares


Um guarda e um subchefe da Polícia de Segurança Pública são considerados suspeitos, dos crimes de peculato, favorecimento pessoal praticado por funcionário e prevaricação. O guarda ter-se-á apropriado de provas apreendidas na investigação de uma rixa ocorrida num karaoke. Tendo este acto sido revelado, o guarda e o subchefe terão tentado obstruir o respectivo processo de investigação. O caso foi já encaminhado para o Ministério Público. Tudo remonta a uma madrugada de finais de Fevereiro passado e a uma rixa entre dois grupos que ocorreu num karaoke, no centro da cidade. Quando a política chegou, depois de feita a participação, já a maior parte das pessoas envolvidas no confronto tinha abandonado o local. Aí apenas estavam os feridos e objectos deixados. Um dos agentes policiais presentes na investigação no local é suspeito de ter metido no seu bolso um fio de ouro, que constituía prova. Mais tarde, o seu proprietário comunicou a perda do objecto à polícia, mas um subchefe da PSP, que estava de piquete, terá tentado ocultar o acto de peculato acima mencionado, afectando assim o normal desenvolvimento da respectiva investigação. Recebida a participação, O CCAC iniciou a investigação. Descobriu que três das pessoas envolvidas na rixa perderam aí os seus fios de ouro e que o referido guarda se apropriou de um fio achado no chão no local. Ao saber que uma das três pessoas foi participar a sua perda à polícia, exigindo uma investigação, o agente policial procurou acautelar a situação, por receio de ser denunciado. Contactou o responsável do karaoke e uns intermediários e devolveu ao participante o fio de que, alegadamente, se teria apropriado. Acontece que o proprietário do fio entendeu que o fio entretanto recuperado não era o que tinha perdido. A situação chegou ao conhecimento de uma das outras pessoas que também tinha perdido o fio e que exigiu igualmente a sua devolução. Por razões desconhecidas, na impossibilidade de entregar a esta última o fio exigido, o referido guarda pagou-lhe mais de seis mil patacas. No decurso destes acontecimentos, houve quem tivesse usado meios irregulares para que o participante mentisse junto da polícia, com vista à anulação da participação feita, e quem tivesse tentado destruir as provas gravadas no sistema de segurança. O subchefe da PSP em causa é suspeito de ter usado o seu poder funcional para ocultar a infracção, de que tinha conhecimento, praticada por um agente policial. Por meios irregulares e enganosos, terá induzido as testemunhas a alterar as declarações prestadas, para que o caso não reunisse condições para ser investigado. Não é de excluir a possibilidade de envolvimento no caso de pessoas de categorias mais elevadas. No decorrer da investigação foi confessada a prática de infracções. O caso foi já encaminhado para o MP.



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