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Dois investigadores da Polícia Judiciária suspeitos de abuso de poder


Dois investigadores da Polícia Judiciária são considerados suspeitos de pedir dinheiro, com ameaça de detenção, a um cidadão envolvido num caso criminal que estavam a investigar. Ontem (dia 16) ao anoitecer, quando um deles ia receber dinheiro, foi apanhado, em flagrante delito, por investigadores do CCAC. O caso foi hoje (dia 17) encaminhado para o Ministério Público. O caso foi descoberto pelo CCAC depois de uma denúncia. Segundo o denunciante, ele foi notificado, em princípios de Março, para prestar declarações na PJ sobre um assalto ocorrido no ano passado. Aí foi interrogado, sobre o assalto, por um dos agentes envolvidos no presente caso, que depois o mandou voltar para casa. Nos dias seguintes, em contactos telefónicos e encontros em estabelecimentos de chá e de restauração, esse agente e um outro, também envolvido no presente caso, intimidaram várias vezes o cidadão, ameaçando detê-lo e entregá-lo ao Ministério Público. Propuseram que lhes fossem oferecidas entre 30 e 50 mil patacas, como condição para porem fim à investigação. No último fim de semana, entregaram-lhe três leitores de VCD e video-gravadores, exigindo-lhe ajuda para repará-los. O cidadão, que se acha inocente no referido assalto mas forçado a oferecer subornos, participou os factos ao CCAC. Um dos dois agentes concordou, na sequência de contactos com o cidadão, que o pagamento descesse para 30 mil patacas. Combinou com a vítima um encontro no dia 16 (ontem) ao anoitecer, num edifício do centro da cidade, para a entrega de uma parte desse dinheiro, no valor de 15 mil patacas, e dos aparelhos reparados. O referido agente acabou por ser apanhado em flagrante delito por investigadores do CCAC. No decorrer da investigação, foi confessada a exigência da reparação gratuita dos leitores de VCD e video-gravadores. O caso foi já encaminhado para o Ministério Público. Fotos:
1. Notas, telemóveis e outros objectos apreendidos a um dos arguidos;
2. Dinheiro solicitado e recebido por um dos agentes detido por suspeita de corrupção passiva e o telemóvel usado na prática do crime;
3. Um leitor de vídeo e um de VCD reparado pela vítima a pedido de um dos arguidos.



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