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Observações quanto à intoxicação paralítica por mariscos


Nos últimos dias, apareceram casos de intoxicação por consumo de vieiras, em Hong Kong, não se tendo ainda registado qualquer caso similar em Macau. Os Serviços de Saúde, além de se manterem em contacto com a respectiva entidade de saúde de Hong Kong, estão a prestar atenção ao desenvolvimento destes casos e a proceder a uma investigação, bem como a reforçar a vigilância dos casos suspeitos e a cooperar, com outras entidades, para aplicar as medidas necessárias. Entretanto, lançam um apelo para que os cidadãos prestem atenção à aplicação das adequadas medidas de prevenção. O Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde foi informado sobre estes casos pelo Centro de Prevenção e Protecção de Saúde de Hong Kong. De acordo com as informações, é possível que o número de casos continue a aumentar mas, até agora, ainda não foi confirmada a proveniência das vieiras em causa. Trata-se de intoxicação paralítica por mariscos. Quando os mariscos de concha incluindo a ostra, moluscos, mexilhões, búzios, “fan shells”, “bloody cockles” e vieiras consomem algas tóxicas, chamadas saxitoxinas, introduzem veneno nestes produtos do mar. Quando as algas tóxicas estão no período de proliferação, ocorre uma situação chamada de maré vermelha e, a quantidade de veneno existente nos mariscos de concha, também aumenta significativamente. O consumo destes produtos tóxicos, provoca a intoxicação alimentar. Nestes mariscos de concha não surgem quaisquer sintomas de saxitoxina, por isso, o seu veneno não pode ser identificado pelo aspecto, cheiro, sabor e qualidade. Em geral, este veneno não desaparece após o produto ter sido confeccionado. O período de incubação da intoxicação paralítica por mariscos é curto, iniciando-se geralmente a manifestação dos sintomas nos vinte minutos posteriores ao consumo de produtos do mar. Os principais sintomas desta intoxicação são a paralisia, dos lábios, da língua e dos quatro membros, dores agudas e súbitas e, grande ardor. Posteriormente, o doente pode ter sintomas como dores de cabeça, vertigens, vómitos e descoordenação de movimentos; nos casos graves, o doente pode morrer por paralisia no sistema respiratório. Os sintomas podem manter-se durante várias horas e, até, alguns dias. Nos últimos anos, não se registou nenhum caso da intoxicação paralítica por mariscos em Macau. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para cumprirem rigorosamente as seguintes normas para a prevenção da intoxicação paralítica por mariscos: 1 Adquira os produtos do mar num estabelecimento que lhe mereça confiança e com alvará. Caso tenha dúvidas, não adquira estes produtos.
2. Os produtos do mar devem permanecer na água, a qual deve ser substituída periodicamente, a fim de que o veneno possa ser excretado;
3. Após retirar as vísceras da concha, proceda imediatamente à confecção do marisco;
4. Apenas consuma uma pequena quantidade de marisco por refeição Caso os residentes tenham sintomas análogos aos acima indicados, após consumo de mariscos de concha, devem dirigir-se de imediato ao médico. O pessoal médico, ao constatar as situações a seguir indicadas, deve comunicar ao Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Serviços de Saúde (561122) e transferir o doente para o serviço de urgência, com vista a uma melhor avaliação:
- O doente consumiu mariscos de concha antes de manifestar os sintomas;
- O doente sente paralisia dos lábios, da língua e dos quatro membros, os movimentos são descoordenados ou tem dificuldades de respiração, por vezes, tem sintomas de gastrenterite.



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