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Serviços de Saúde divulgam resultados do estudo sobre “Melhoria do modelo de serviços médicos no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas”

Apresentação do estudo sobre “a melhoria do modelo de serviços médicos no Hospital das Ilhas”

Os Serviços de Saúde apresentaram, na 14.ª reunião plenária do Conselho para os Assuntos Médicos, que se realizou no dia 13 de Setembro e em conferencia de imprensa realizada quarta-feira, 15 de Setembro, os resultados do estudo sobre “a melhoria do modelo de serviços médicos no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas”, elaborados pela equipa de investigação da Universidade de Hong Kong.

Na conferência de imprensa o Dr. Alvis Lo referiu que o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas é uma obra importante do sistema de saúde de Macau e com a conclusão das obras do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, será criada uma nova era no sistema de saúde de Macau. Actualmente, os Serviços de Saúde (SS) estão a analisar activamente as recomendações resultantes dos resultados do estudo, procurando formas para que a função do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas possa ser maximizada.

Espera-se que após a entrada em funcionamento do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, os residentes de Macau possam receber serviços médicos adequados, oportunos e de melhor qualidade, e que os profissionais de saúde de Macau possam ter melhores oportunidades de desenvolvimento, além de serem criadas oportunidades para a promoção do desenvolvimento da diversificação económica em paralelo com o impulso do desenvolvimento da saúde local.

Espera-se que os sectores sociais possam participar nas discussões e expressar as suas opiniões.

O Chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento dos Serviços de Saúde, Dr. Wong Cheng Po,

indicou que, o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas será concluído em 2022 e irá entrar em funcionamento por fases em 2023. Esperou que, com este projecto de cuidados de saúde de grande escala, possam ser encontrados novos rumos para o desenvolvimento da saúde, prestar serviços médicos de melhor qualidade aos residentes, formar o pessoal médico local, e promover o desenvolvimento do nível de cuidados de saúde diferenciados. Além disso, será estudada a prestação dos serviços médicos de níveis diferentes e a viabilidade de oferecer "turismo + assistência médica", criando oportunidades para a promoção do desenvolvimento diversificado da economia.

Para melhor planificar o futuro modelo de operação, gestão e de serviço do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, os SS encomendaram, no terceiro trimestre de 2020, a realização de um estudo sobre “a melhoria do modelo de serviços médicos no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas” a uma equipa de investigação de especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong para realizar, que visou avaliar, de forma aprofundada, o papel que este Complexo deve desempenhar no sistema de saúde de Macau, de maneira a impulsionar o desenvolvimento sustentável a longo prazo do sistema de saúde. O objectivo foi obter opiniões profissionais, encontrar orientações e recomendações para o futuro desenvolvimento do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas.

A equipa de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong analisou os serviços médicos de Macau e destacou o sucesso do sistema de saúde e notou que os melhores indicadores de saúde são resultantes do facto de o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) ter apostado significativamente na área de saúde através de políticas e finanças, constituído um bom sistema de serviços de saúde, ter objectivos claros de desenvolvimento, com vista a proteger a saúde da população.

Devido à pequena população e ao número limitado de casos clínicos, a formação e o desenvolvimento dos profissionais de saúde são limitados. Por outro lado, ao enfrentar a ameaça de novas doenças transmissíveis, o sistema de saúde de Macau, como em outros países, ainda, tem de lidar com o envelhecimento da população, a prevalência de doenças crónicas, o aumento da procura médica e custos médicos crescentes.

Neste sentido, o estudo propõe aproveitar a conclusão do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas para introduzir uma reforma dos serviços médicos públicos, de forma a promover o desenvolvimento sustentável a longo prazo do sistema de saúde.

No que diz respeito ao modelo de operação, gestão e serviço do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, a equipa de investigação apresentou quatro modelos viáveis. Após uma avaliação global, essa equipa propõe que o Governo da RAEM considere o modelo de parceria público-privadas e encomende a entidades terceiras a execução da operação, gestão e o serviço do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, do qual será definido como um hospital público.

Com a introdução deste modelo inovador de gestão, promover-se-á e desenvolver-se-á em conjunto com o actual sistema de saúde, aumentando a eficiência operacional do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, dando aos residentes mais acesso aos cuidados de saúde, para que estes não necessitem de se deslocar a outros locais para receber o tratamento médico.

O Dr. Alvis Lo adiantou que, em relação à escolha da instituição operacional do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, foi recomendado no estudo que as autoridades devem selecionar cuidadosamente o parceiro, de forma a maximizar as vantagens e benefícios sobre a adopção de um modelo de parcerias público-privadas.

O estudo revelou que o parceiro privado referido no modelo de parcerias público-privadas pode incluir duas opções: 1. modelo de negócios – instituição comercial com fins lucrativos; 2. modelo de cooperação – instituição médica de natureza não comercial de excelência. Actualmente, o Governo da RAEM está a proceder ao estudo e investigação para procurar um parceiro adequado.

O texto integral do estudo será carregado na página electrónica dos Serviços de Saúde para discussão e emissão de pareceres dos diversos sectores da sociedade.

Ao responder às questões levantadas por jornalistas, o Dr. Alvis Lo disse que apesar de Macau ter um sistema de saúde viável e eficaz, face à ameaça de novas doenças transmissíveis, o governo de Macau, como outras regiões e países, ainda tem de lidar com o envelhecimento da população e com o aumento constante da necessidade e procura de cuidados de saúde, por isso, é necessário estudar e analisar o futuro funcionamento, gestão e prestação de serviços do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, bem como continuar a aprofundar os respectivos trabalhos, tendo em conta as experiências de gestão médica a nível mundial e das regiões vizinhas, em articulação com a situação real de Macau e com as expectativas da população. Referiu também que, tendo em consideração o estudo e julgamento das autoridades e os pareceres do estudo da Universidade de Hong Kong, a adopção do modelo de parceria público-privada para o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas é mais adequada para o desenvolvimento futuro. A instituição privada mencionada não se refere apenas a uma instituição comercial ou a uma empresa cotada em bolsa, mas sim a uma entidade colaboradora de terceiros, incluindo determinadas instituições médicas de excelência que não se destinam ao exercício da actividade para fins comerciais.

O mesmo responsável frisou que o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas será sempre um hospital público, e as autoridades estão em contacto com várias instituições para discutir o modelo de consórcio para operação, por exemplo, transferir todo o poder de gestão a terceiros em total responsabilidade, o que pode envolver cooperação comercial, taxas de serviços de gestão, repartição dos lucros, etc.

As autoridades estão a estudar e procurar outro modelo que possa ser mais vantajoso para o desenvolvimento de Macau, ou seja, convidando equipas médicas de excelência e quadros superiores para operação conjunta em Macau. Relativamente à gestão concreta, pretende-se introduzir uma nova cultura hospitalar e um novo modelo de gestão, com vista a aumentar a eficiência da gestão, assim como introduzir novas tecnologias médicas, de modo a que os residentes possam usufruir de melhores serviços de cuidados de saúde.

O conceito central é baseado em facilitar o desenvolvimento do sector da saúde e o acesso dos residentes aos serviços médicos de qualidade, estando em conformidade com o princípio do uso do erário público. No entanto, os resultados específicos serão divulgados oportunamente após conclusão das condições.

O Dr. Alvis Lo disse ainda que as autoridades estão a analisar activamente os resultados e os pareceres da Universidade de Hong Kong, com vista a maximizar a eficácia do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, esperando que todos os sectores participem na discussão e emitam as suas opiniões. Durante o processo de estudo, a Universidade de Hong Kong realizou muitas entrevistas com diversos intervenientes de Macau, a fim de conhecer melhor a situação real de Macau. Por fim, referiu as exigências das autoridades em relação aos parceiros, sublinhou que os parceiros devem ter um bom nível de credibilidade, capacidade de gestão e de desempenho, bem como elevado nível de técnicas em serviços clínicos. Por outro lado, os objectivos ou conceitos de operação dos parceiros devem também corresponder às necessidades do desenvolvimento do sector de saúde de Macau.

O Dr. Alvis Lo Iek Long aproveitou esta ocasião para agradecer, em particular, à equipa de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong o apoio dado ao Governo da RAEM na conclusão do estudo sobre a melhoria do modelo de serviços médicos no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, que fornece orientações e sugestões para o futuro modelo de operação, gestão e de serviço do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas.

Participaram na conferência de imprensa o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Alvis Lo Iek Long, do Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou e do Chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento dos Serviços de Saúde, Dr. Wong Cheng Po, bem como foi convidado o Director da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong (Faculty of Medicine, The University of Hong Kong), Dr. Gabriel Leung

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