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Em dois dias agendamento da vacina atinge 10.000 pessoas |  Adequação à vacina deve ser efectuada por profissionais de saúde, após a marcação prévia

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

A Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou anunciou, quinta-feira, 16 de Setembro, na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavíru que até ao dia 16 de Setembro em Macau em Macau nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau. Até à presente data, por 44 dias consecutivos não foram registados mais casos importados nem casos relacionados com casos importados.

Macau diagnosticou, até à data, sessenta e três (63) casos, dos quais, cinquenta e oito (58) são casos importados do exterior e cinco (5) são relacionados com casos importados. Sessenta e três (63) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Actualmente, no Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane estão internados 1 caso de infecção assintomática devido a recaída, 4 casos em isolamento do período de convalescença e 11 indivíduos com anticorpos positivos provenientes de áreas de alto risco.

A Dr.ª Leong Iek Hou adiantou, ainda, que até às 16h00 de 16 de Setembro, foram administradas 633.071 doses da vacina, num total de 338.450 pessoas vacinadas, das quais 41.807 com a primeira dose da vacina e 296.643 pessoas completaram as duas doses da vacina.

Nas últimas 24 horas, foram registados dezanove (19) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo dez (10) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e nove (9) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 2.702 notificações de eventos adversos, incluindo 2.694 ligeiros, oito (8) graves. No que se refere ao teste de ácido nucleico, entre os quatro dias consecutivos (13 a 15 de Setembro) foram testadas em Macau 41.412 pessoas.

Entre 13 e 15 de Setembro, 342 pessoas foram submetidas à observação médica, das quais, 85 são residentes de Macau e 257 não residentes de Macau, até ao dia 15 de Setembro (quarta-feira), o número o de pessoas submetidas à observação médicas era de 49.666. Actualmente, há 1.499 pessoas que se encontram submetidas a observação médica, das quais, 1.498 pessoas em hotéis designados e 1 pessoas em instalações dos Serviços de Saúde.

Sobre as “Orientações sobre a realização das visitas ao exterior e das actividades com concentração de pessoas”a Drª Leong Iek Hou esclareceu os jornalistas que do ponto de vista da gestão de risco, as autoridades pretendem eliminar o risco (não existirem riscos). No entanto, muitas vezes, os riscos só podem ser reduzidos ou controlados através de diversas medidas. Embora a vacinação, ou a realização do teste de ácido nucleico por cada sete dias não signifique a total eliminação de risco transmissão, mas significa que a transmissão da doença pode ser reduzida de forma eficaz.

Por isso, para os cidadãos que não sejam vacinados por motivos físicos, ou por vontade própria, é exigida a realização do teste de ácido nucleico regularmente com o objetivo de pretender detectar precocemente a infecção, realizar logo que possível o isolamento e proceder à intervenção o mais cedo possível, de modo a reduzir o possível risco de transmissão a outras pessoas. A Drª Leong Iek Hou frisou que não existe diferença de tratamento entre as duas medidas.

Desde a divulgação das orientações em 13 de Setembro, em Macau, o número de agendamentos da vacina aumentou. Nos últimos dois dias, o número da população que diariamente se deslocou aos postos de vacinação foi entre as 3.000 e as 4.000 pessoas. Existe uma tendência de aumento, em comparação com o número médio da semana anterior que foi de 2.000 pessoas por dia. Nestas últimas 48 horas esse numero quase duplicou e foram registados mais de 10.000 agendamentos.

Sobre o pagamento de testes de ácido nucleico a grupos chave se, por algum motivo, alguém necessitar de adiar a administração da vacina por problemas de saúde, o governo da RAEM irá suportar os custos do teste. Se o adiamento for por outros motivos e a administração da vacina não seja possível, o pagamento do custo de testes de ácido nucleico deve ser determinado por cada serviço, entidades privadas ou institucionais, de acordo com as situações reais.

Sobre a administração da vacina às mulheres que planeiam engravidar, grávidas e mães a amamentar, a Coordenadora referiu que não existem dados suficientes que demonstrem a possibilidade de administrar com segurança alguma das vacinas disponíveis em Macau, contudo, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, se as grávidas tiverem necessidade de viajar para áreas de elevado risco a vacinação deve ser avaliada e no cado de não ser urgente deve ser adiada. Quanto às mulheres que planeiam engravidar, elas são adequadas para vacinação de acordo com as recomendações da Sinophram e vacinas de mRNA. Caso as mulheres sejam infectadas com a COVID-19 durante a gravidez, a possibilidade de ocorrência de aborto espontâneo e da ocorrência de doença grave é mais elevada do que a das não-grávidas, recomenda-se, assim, que as mulheres que planeiam engravidar devam ser vacinadas, não havendo necessidade de adiar intencionalmente o plano de gravidez para depois da administração da vacina.

Quanto às mulheres que estão a amamentar, a médica explicou que quando a vacina foi introduzida pela primeira vez, as autoridades não recomendavam que as mulheres que amamentaram administrassem as vacinas, mas já se passaram mais de 8 meses desde o início da vacinação e mais de 5,6 mil milhões de vacinas foram inoculadas em todo o mundo, já existem dados suficientes para mostrar que as mulheres que amamentam são adequadas para a administração de vacinas de mRNA, enquanto as mulheres que têm que viajar para áreas de alto risco ou exercem profissões de alto risco podem escolher as vacinas inactivadas da Sinopharm ou de mRNA.

As orientações em vários locais também afirmam claramente que as mães que amamentam podem continuar a fazê-lo, razão por que após a vacinação, o risco de infecção com vírus pelas mulheres pode ser reduzido, acabando por diminuir o risco de transmissão para aos bebés.

Relativamente às medidas implementadas pela Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) a 27 de Setembro, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde referiu que actualmente as autoridades aceitam que as pessoas que administraram uma dose não necessitem de se submeter a testes regulares de ácido nucleico, mas os seus serviços são responsáveis por verificar se o trabalhador completou administração das duas doses de vacinas um mês após a primeira dose. As orientações emitidas pelos Serviços de Saúde são uma orientação de princípio, cujos destinatários incluem claramente dois tipos de pessoas:

1. Os funcionários que durante o seu serviço contactem com outras pessoas;

2. Funcionários que trabalhem num espaço fechado onde coexistem outras pessoas.

Todos os serviços, entidades privadas e institucionais podem implementar as orientações relevantes de acordo com as orientações.

Os cidadãos também podem aceder o ficheiro através da seguinte ligação (https://www.ssm.gov.mo/docs/20154/20154_b840271907b44219a4d806bd3a82b138_000.pdf ) para conhecer a forma de obtenção do certificado de avaliação médica por ser inadequado para vacinação contra a COVID-19.

Se as grávidas forem funcionárias públicas, a lista será recolhida pelo SAFP para acompanhamento uniforme, se as grávidas não forem funcionárias públicas, podem solicitar o certificado através de consulta externa de acompanhamento no Serviço de Obstetrícia ou de consultas externas não marcadas nos centros de saúde.

A Drª Leong Iek Hou entende que algumas pessoas não queiram ser vacinadas por estarem preocupadas com os efeitos secundários da vacina enquanto outras consideram que não são adequadas para vacinação. No entanto, com base na experiência clínica, muitas pessoas não entende a sua condição de saúde. Por exemplo, alguns idosos pensam que não podem ser vacinados devido à hipertensão e diabetes. Alguns jovens tiveram eczema e foram alérgicos, pelo que acreditam erradamente que não são adequados para a vacinação, mas todas essas situações não são contra-indicações à vacinação.

Pelo contrário, os idosos que sofrem de hipertensão, diabetes ou outras doenças cardiovasculares são os que mais necessitam de vacinação, porque ser forem infectados com a COVID-19, a proporção de ocorrência de complicações, doenças graves ou morte será maior do que a de jovens comuns.

Os idosos não possuem probabilidades mais elevadas de surgirem efeitos secundários da vacina devido às doenças crónicas. A Drª Leong Iek Hou enfatizou que cidadãos não se abstêm deliberadamente de se vacinar, mas muitas vezes têm conhecimento impreciso, preocupações e mal entendimentos das vacinas, pelo que a médica apelou a todos os cidadãos marcarem a vacina e decidirem com base na explicação e avaliação de profissionais de saúde. No caso de não serem adequados para vacinação, o médico emitirá um certificado de suspensão da vacinação.

A Coordenadora destacou, ainda, que a vacinação é muito importante para pessoas com doenças crónicas. Actualmente, muitos locais do mundo vêm implementando políticas de convivência com o vírus gradualmente. A taxa de vacinação nesses locais geralmente é muito alta, principalmente para idosos e doentes com doenças crónicas e essa taxa afecta a formulação de políticas do Governo da RAEM.

Se a taxa de vacinação não for suficientemente alta, quaisquer medidas de facilitação devem ser muito cautelosas. A taxa de vacinação actual em Macau, tendo em conta toda a população, é de cerca de 50%, o que está muito aquém para responder eficazmente ao novo tipo de coronavírus que possui uma forte capacidade de transmissão e alta taxa de letalidade. Em particular, os idosos e doentes com doenças crónicas ainda precisam ser vacinados. Caso este grupo de pessoas seja infectado, poderá ocorrer um grande número de doentes graves e casos mortais, o que trazerá um impacto e arrasará o sistema de saúde de Macau.

Relativamente à recomendação de Hong Kong de que pessoas entre idades de os 12 e 17 anos recebam apenas uma dose da vacina de mRNA, a médica mencionou que as autoridades atribuem grande importância a isso, pelo que a reunião interdepartamental foi realizada esta manhã e um consenso foi alcançado, incluindo:

1) os resultados do estudo mostram que o risco de miocardite causado pela vacinação de mRNA é de cerca de 1 em 100.000, ocorrendo mais comum em homens jovens e com mais frequência durante a injecção da segunda dose, sendo os sintomas mais leves. Ao mesmo tempo, há também muitos dados de pesquisas mostrando que a infecção com o novo tipo de coronavírus também pode causar miocardite, e o risco é 16 vezes maior do que aqueles que não foram vacinados, e a condição clínica será mais grave;

2) De acordo com dados de estudos clínicos, a eficácia preventiva de adolescentes entre idades de 12 e 15 anos após administração de duas doses da vacina pode chegar a 100%, enquanto o efeito preventivo após inoculação de uma dose da vacina é de 75%, sendo que não há dados demonstrando que a administração de apenas uma dose da vacina resulta em persistência da imunidade.

Portanto, não é recomendado adiar a segunda dose ou cancelar, nesta fase, a segunda dose de vacinação de mRNA sem justificação suficiente. Os serviços competentes na área de saúde continuarão a prestar muita atenção a mais dados de estudo sobre vacinação de mRNA em todo o mundo.

A Drª Leong Iek Hou reitera que a nova orientação não restringem os cidadãos, que não foram vacinados, de entrar e sair de determinados locais, salientando que a realização de teste de ácido nucleico foi fornecida como uma alternativa.

Na conferência, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados, o chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Dr. Ma Chi Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.

Estiveram presentes na conferência de imprensa o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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