O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou anunciou que até ao dia 20 de Setembro, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau. Por 48 dias consecutivos não foram registados casos importados nem casos relacionados com casos importados.
Macau diagnosticou, até à data, sessenta e três (63) casos, dos quais, cinquenta e oito (58) são casos importados do exterior e cinco (5) são relacionados com casos importados. Sessenta e três (63) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Actualmente, no Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane estão internados 1 caso de infecção assintomática devido a recaída, 4 casos em isolamento do período de convalescença e 11 indivíduos com anticorpos positivos provenientes de áreas de alto risco.
Sobre a administração das vacinas contra a COVID-19, até às 16:00 de 20 de Setembro, foram administradas 649.564 doses da vacina, num total de 348.347 pessoas vacinadas, das quais 45,087 com a primeira dose da vacina e 303.260 pessoas completaram as duas doses da vacina.
Nas últimas 24 horas, foram registados vinte e quatro (24) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo nove (9) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e quinze (15) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 2.773 notificações de eventos adversos, incluindo 2.765 ligeiros, oito (8) graves. No que se refere ao teste de ácido nucleico, entre os quatro dias consecutivos (16 a 19 de Setembro) foram testadas em Macau 51.017 pessoas.
Sobre o facto das pessoas com reacções graves ou agudas não poderem vacinar-se contra a COVID-19, o Dr. Tai Wa Hou explicou que pessoas que tenham uma reação alérgica grave a vacinas ou aos seus componentes, tais como urticária generalizado, edema da garganta e dificuldade em respirar, estas são as únicas contra-indicações absolutas para a administração de vacinas contra a COVID-19.
Além das contra-indicações acima mencionadas, os indivíduos com alergia ligeira da pele ou alergia confirmada a outros medicamentos, estas não constituem contra-indicações relativas e podem ser vacinados, após a avaliação médica.
Quanto a pessoas com doenças agudas, caso estejam em estado activo e com sintomas de febre, a vacinação pode ser adiada. Pessoas com cancro que se encontre em estado activo, em caso de estarem no período da quimioterapia ou radioterapia após a conclusão do tratamento podem administrar a vacina
Caso os idosos ou os doentes com doenças crónicas sejam infectados com a COVID-19, a taxa de mortalidade é dezenas de vezes maior do que a das pessoas comuns, pelo que este grupo de pessoa necessita de ser vacinado.
Doentes crónicos que se encontrem em estado activo e que possam ver a sua situação melhorar a breve prazo podem, após a atenuação do estado clínico, ser vacinados.
Caso os médicos considerem que algumas doenças crónicas podem ser atenuadas a curto prazo, poderão emitir um certificado de suspensão de vacinação para esses doentes mas, a suspensão não pode ultrapassar um mês.
Até às 16:00 do dia 20 de Setembro, os Serviços de Saúde emitiram um total de 609 Certificados de Avaliação Médica onde é atestada a suspensão dos quais 190 são relativos a pessoas grávidas.
O Dr. Tai Wa Hou explicou, ainda, que após já terem sido administradas em Macau mais de 650 mil doses de vacinas ainda não foram registados casos de reacção alérgica aguda e grave. Isto não significa que os residentes possam estar isentos dos 30 minutos de espera após a inoculação da vacina. Os dezoito (18) postos de vacinação de Macau dispõem de uma zona de observação e é nesse local que os residentes devem permanecer, pelo menos 30 minutos, com o objectivo de detectar uma eventual reacção alérgica aguda. A zona de observação conta com os profissionais de saúde, instalações de primeiros socorros e medicamentos, além de equipamentos de resgate para reanimação cardiopulmonar para garantir o resgate em tempo hábil em caso de acidente.
A probabilidade de ocorrência de uma reacção alérgica aguda e grave seja de um a seis por milhão, essa reacção alérgica é fatal, os residentes não podem baixar a guarda.
A Dr.ª Leong Iek Hou relatou que entre 16 e 19 de Setembro, 384 pessoas foram submetidas a observação médica, das quais, 115 são residentes de Macau e 269 não residentes de Macau, até às 00:00 do dia 19 de Setembro (domingo), o número de pessoas submetidas à observação médicas era de 50,050. Actualmente, há ainda 1.473 pessoas que se encontram submetidas a observação médica, das quais, 1.472 pessoas em hotéis designados e uma (1) pessoa em instalações dos Serviços de Saúde.
Sobre a questão da vacinação das mulheres em período de amamentação, a Dr.ª Leong Iek Hou referiu que não se encontra qualquer recomendação oficial de impeça a inoculação contra a COVID-19 das mulheres em período de amamentação, aliás as orientações internacionais, como as da “La Leche League International”, recomendam que estas mulheres sejam vacinadas. A vacinação é segura e necessária os riscos de infecção pela COVID-19 podem ser reduzidos e a transmissão ao bebé também podem diminuir. Inúmeros estudos mostram que os anticorpos produzidos pelas mulheres em período de amamentação após a vacinação podem ser transmitidos ao bebé através do leite materno, de modo a que os recém-nascidos tenham imunidade, designadamente, nos primeiros seis meses após nascimento.
Todas as mulheres em período de amamentação podem inocular a vacina mRNA.
As mulheres em período de amamentação que pertençam a grupos de alto risco ou que tenham necessidade de deslocar-se a áreas de alto risco, podem ser administradas com vacinas inactivadas ou vacinas de mRNA.
Macau, sendo uma cidade turística com grande movimento de pessoas, todos os indivíduos que estejam na comunidade podem ser considerados de alto risco, sendo que cada mulher em período de amamentação sabe melhor dos seus riscos e pode optar pela inoculação da vacina Sinopharm ou da mRNA.
Segundo todos os dados disponíveis, após a vacinação, as mulheres em período de amamentação são aconselhadas a continuar a amamentar após serem vacinadas contra a COVID-19.
Sobre a exigência aos participantes da Maratona Internacional de Dezembro de terem a necessidade de completar a vacinação contra a COVID-19 e exibir o certificado do teste de ácido nucleico, a Dra. Leong Iek Hou afirmou que, de acordo com as informações fornecidas pelo Instituto do Desporto, o meio de prevenção epidémico para a Maratona deste ano é baseado nos Jogos Nacionais, ou seja, todos os participantes devem administrar duas doses da vacina contra a COVID-19, até 14 dias antes da maratona e devem ter um certificado válido do teste de ácido nucleico com resultado negativo. Se reunirem estas condições, podem participar na maratona, de forma a garantir a segurança de todos os participantes. Outras maratonas, em regiões vizinhas, possuem também as mesmas regras de participação. Relativamente às restantes competições e actividades desportivas, o Instituto do Desporto está a elaborar orientações diferentes em cooperação com os Serviços de Saúde. Os Serviços de Saúde publicaram orientações para diversas actividades, ajustando-as em resposta à evolução da epidemia. As entidades organizadoras podem, também, elaborar instruções mais rigorosas, sem violar as orientações antiepidémicas.
Sobre o número de Pedidos de entrada em Macau de cidadãos estrangeiros que se encontram em Hong Kong, a Leong Iek Hou indicou que, desde o dia 15 de Setembro
os Serviços de Saúde receberam 25 pedidos: 4 familiares de residentes de Macau; 15 de trabalhadores não residentes e os seus familiares; 2 alunos admitidos por instituições do ensino superior e 4 de indivíduos que participam em actividades importantes comerciais, académicas ou profissionais. Uma vez que alguns indivíduos necessitam de entregar documentos em falta, alguns também necessitam de confirmar as suas qualificações junto de outros serviços públicos, por isso, nenhum pedido foi autorizado.
Sobre o ajustamento das doses da vacina mRNA destinadas aos jovens, a Dr.ª Leong Iek Hou explicou que actualmente há dois métodos de vacinação predominantes em todo o mundo i) administrar duas doses; ii) reduzir uma dose, como acontece em Hong Kong. Também há duas direcções da vacinação, sendo uma redução da dose de vacinação ou alargamento do intervalo da vacinação.
Não há dados disponíveis sobre outros métodos, excepto o método da administração das 2 doses. Actualmente, existem dados claros sobre a administração de uma dose da vacina, sendo que a capacidade de protecção contra o vírus em geral é de 75% e a vacinação de duas doses é de 100%.
Os dados mais recentes revelam que se for administrada apenas uma dose da vacina mRNA, a eficácia contra a variante Delta é de cerca de 40%. Portanto, ao avaliar se é necessário ajustar as doses de vacinação para os jovens, é necessário equilibrar os benefícios e riscos gerais e consultar os dados de investigação concretos de fábricas farmacêuticas para proceder ao ajustamento.
Na conferência, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.
O Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, o Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai, e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.