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Espera-se retomar as medidas de passagem fronteiriça com Zhuhai no Dia Nacional caso a situação epidémica se mantenha estável

Conferência de imprensa sobre a prevenção e controlo da situação epidémica do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, afirmou, hoje (29 de Setembro), que caso a situação epidémica se mantenha estável entre hoje e amanhã poder-se-á pensar negociar com Zhuhai a retoma das disposições de passagem fronteiriça, anteriormente em vigor, e tentar cancelar, a 1 de Outubro, as medidas de prevenção de observação médica de 14 dias para as pessoas que entram em Zhuhai, com o objectivo de facilitar a passagem aos residentes de Macau e aos trabalhadores não residentes que habitam na cidade vizinha.

O Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) realizou, esta tarde, uma conferência de imprensa sobre a prevenção e controlo da situação epidémica de Macau, na Sede do Governo, a qual foi liderada pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e que contou ainda com a presença do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, e da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U.

O Chefe do Executivo afirmou que, tendo em conta a instabilidade da situação epidémica, realizou-se novamente, há dias, a testagem em massa de ácido nucleico, e com o esforço e colaboração de toda a população, conseguiu-se concluir esta segunda ronda de testes, cujos resultados foram todos negativos. Actualmente, existem ainda centenas de residentes que não concluíram os testes de ácido nucleico, incluindo indivíduos acamados, por isso, os serviços sanitários e a equipa de pessoal de proximidade do plano de testes de ácido nucleico estão a proceder a visitas domiciliárias para efectuarem os testes a estas pessoas. Além disso, uma parte dos residentes poderá não estar em Macau. Adiantou que os serviços competentes estão a tentar contactar com estes residentes, no intuito de concluírem todo o trabalho.

O Chefe do Executivo recordou que, entre Janeiro e Março do ano passado, o governo teve grandes dificuldades em encontrar hotéis para serem designados como hotéis de observação médica, e estes estabelecimentos contribuíram muito para ajudar a isolar os residentes que regressaram a Macau, ao longo deste período que vai já em mais de um ano. Ho Iat Seng aproveitou para agradecer o apoio do sector de hotelaria. Explicou que desta vez houve um problema nos hotéis para observação médica quanto à prevenção da epidemia, mas naquela noite ao verificar-se o sistema de videovigilância, detectou-se que alguns dos funcionários não cumpriam as medidas de prevenção da epidemia. Salientou que o governo fornece equipamento de protecção suficiente aos hotéis para observação médica, contudo, disse que talvez devido ao longo período de combate à pandemia e seu impacto, alguns funcionários tenham ficado num estado de inércia e pensado que nunca apanhariam o vírus, e que isto deve servir de lição, por isso, o governo procedeu a revisões e aperfeiçoamentos. Acrescentou que está a analisar com a Secretaria para a Segurança a viabilidade das autoridades policiais efectuarem a fiscalização à execução das medidas de hotéis para observação médica.

Relativamente ao impacto da pandemia na economia, o Chefe do Executivo revelou que pelo facto de a situação estar acontecer na última semana de Setembro, certamente, que vai afectar a Semana Dourada do Dia Nacional (1 de Outubro), com a economia a sofrer um grande impacto, afectando não só as receitas do jogo, mas também os negócios das pequenas e médias empresas. Acrescentou que as receitas do jogo previstas no orçamento já eram uma estimativa relativamente conservadora, e as do primeiro semestre do corrente ano não foram as ideais, em Agosto e Setembro também surgiram problemas, por isso, o orçamento financeiro será ajustado. No que diz respeito à forma de recuperação do sector de turismo de Macau, salientou que o governo tem tomado iniciativas para promover o turismo, e a Direcção dos Serviços de Turismo tem elaborado vários planos activamente, esperando que através de mais acções de promoção, se atraia mais turistas a Macau. O Chefe do Executivo disse ainda ter dado já instruções ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, para estudar e analisar o impacto da pandemia na economia geral de Macau, desta vez.

O mesmo responsável referiu que, actualmente, a taxa de vacinação em Macau é de 51 por cento. Frisou que, desde o início do programa de vacinação até agora, se pode verificar que o grau de segurança da vacina é bastante elevado e que a inoculação da vacina pode minimizar a probabilidade de morte ou a gravidade da doença. Assim, apelou, uma vez mais, aos habitantes para se vacinarem o mais rápido possível e se conseguir a barreira imunológica, lembrando que os postos de vacinação já estão novamente abertos e que não é necessário marcação prévia. Adiantou que quando a taxa de vacinação atingir os 80 por cento, haverá então condições para negociar com outras regiões, na tentativa de abrir novamente os canais para excursões do Interior da China virem a Macau, retomar os vistos electrónicos, no sentido de revitalizar o sector do turismo e estimular a economia.

O mesmo responsável recordou ainda que, no ano passado, no dia do Festival de Barcos-Dragão, ao falar à comunicação social, apelou aos residentes de Macau para “persistir no último quilómetro”, mas considera que algumas pessoas não interpretaram bem a sua ideia. Explicou que, naquela altura, devido à situação epidémica, a passagem fronteiriça entre Macau e o Interior da China não era normal, contudo o Governo da RAEM mantinha a comunicação com as respectivas autoridades e, como resultado, no dia 26 de Agosto de 2020, foi retomada a emissão de títulos individuais de viagem para Macau, com início na província de Guangdong e depois, a partir de 23 de Setembro do mesmo ano, estendida a todo o país. O Chefe do Executivo disse que a recuperação da normalidade da passagem fronteiriça entre Macau e o Interior da China foi o primeiro passo do sucesso, graças à persistência de toda a população no combate à pandemia, mas como recuperar depois a economia e o sector do turismo e avançar em direcção à exploração da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, são realidades que não se alcançam num único passo.

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