Na conferência de imprensa realizado hoje (dia 6) pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o médico-adjunto, Dr. Tai Wa Hou adiantou que não foram registados novos casos e em Macau cumulativamente foram diagnosticados 75 casos dos quais, sessenta e quatro (64) tiveram alta hospitalar, sessenta (60) foram casos importados do exterior e quinze (15) foram relacionados com casos importados (incluindo os mais recentes quatro casos confirmados) e não foi registado qualquer caso de infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.
No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane estão actualmente internados os quatro (4) novos casos confirmados, um (1) caso confirmado importado, e seis (6) casos confirmados relacionados com caso importado, o estado dos onze (11 pacientes encontram-se em estado clínico considerado estável, sem febre, sem sintomas do tracto respiratório, com condições gerais favoráveis. Há ainda seis (6) pessoas em isolamento do período de convalescença, um (1) caso positivo recaído e vinte e nove (29) indivíduos com contacto próximo com casos confirmados.
O Dr. Tai Wa Hou também anunciou que existiam expectativas que que o teste massivo de ácido nucleico pudesse basicamente estar concluído às 21h00. Os registos, às 16:00 do dia 6 de outubro, indicavam marcações de mais de 610 mil pessoas, o número total da recolha de amostra era de cerca de 580 mil pessoas.
A partir das 21:00, os postos de teste foram reduzidos para seis (6) postos de testagem massiva: Campo dos Operários da Associação Geral dos Operários de Macau ,Centro Cultural de Macau, Fórum de Macau, Centro de Actividades do Patane, Centro Desportivo Mong-Há, Centro Desportivo Olímpico de Taipa.
Todos os postos possuem vagas suficientes. Espera-se que os cidadãos façam a marcação o mais cedo possível. Se o tempo de espera for inferior a 15 minutos, não será necessário efectuar a marcação.
O Dr. Tai Wa Hou divulgou, também, que no dia 6 de Outubro foram identificadas duas (2) amostras mistas com resultados positivos suspeitos. Os resultados dos testes individuais às 20 pessoas suspeitas foram todos negativos. Uma das situações a pessoa tinha sido diagnosticada como caso confirmado de COVID-19, portanto, suspeitou-se que a amostra em questão apresentava fragmentos residuais do gene viral, o que afectou o resultado do teste, obtendo um resulta de suspeito positivo. Esta situação de recaída não é transmissível, porque não é vírus vivo. Foi pedido a estes indivíduos para efectuarem a autogestão de saúde e serão submetidos a um novo teste de ácido nucleico após um período de empo, para garantir que não estão infectados.
Sobre a metodologia de classificação de casos importados, casos relacionados importados e casos locais, o Dr. Tai Wa Hou respondeu que existem apenas dois tipos para casos confirmados, que são casos importados e casos locais. São classificados casos importados quando os sintomas do doente surgem e são diagnosticados como casos confirmados durante o período de isolamento antes ou após a entrada do mesmo na fronteira de Macau, e quando não existem nenhuma das situações acima referidas, são classificados como caso local.
Quando aos casos locais existem dois tipos de situações: quando a origem do caso é identificada claramente por ser infectado devido a um caso importado, são classificados como “casos relacionados com caso importado”; quando o caso não se relaciona com caso importado ou não se pode identificar a origem do caso, é classificado caso local ou caso local comunitário com origem desconhecida. Os casos relacionados com casos importados também são classificados como casos locais.
Sobre a eventualidade de todos os doentes estarem inoculados com a vacina Sinopharm contra COVID-19, o Dr. Tai Wa Hou explicou que isso são mal-entendidos. Em Macau mais de 86% dos vacinados foram inoculados com a vacina Sinopharm, e apenas 14% inoculados com a vacina mRNA. Por esta razão, a maioria dos infectados apresenta a vacina da Sinopharm. No entanto, de acordo com a experiência em outras regiões, é possível ser infectado o COVID-19 mesmo que fosse inoculada a vacina de mRNA. O médico enfatizou: se toda a população optar por não se vacinar, o número de casos confirmados poderia ser superior a 10, por isso, é absolutamente incorrecta a possibilidade de existirem infecções por ter sido administrada a vacina. Não existe nexo de causalidade entre a inoculação de vacina e o aparecimento de casos.
A Coordenadora, Dr.ª Leong Iek Hou, relatou que, no dia 5 de Outubro, mais 68 pessoas foram submetidas à observação médica, das quais, 23 são residentes de Macau e 45 não residentes de Macau. Até às 24h00 do dia 5 de Outubro (Terça-feira), o número acumulado de pessoas submetidas à observação médicas era de 51.482. Actualmente, há 1.437 pessoas que se encontram a ser submetidas a observação médica em hotéis designados.
Por outro lado, desde 4 de Outubro, através da investigação epidemiológica estão a ser observadas 1.309 pessoas, dos quais, 98 de contactos próximos, 917 pessoas que têm um percurso comum com a pessoa infectada e 294 foi de contactos próximos.
Em Macau há actualmente várias zonas de código de saúde vermelho e amarelo, as pessoas nestas duas zonas serão testadas regularmente, respectivamente no 1.o , 2.o, 3.o , 5.o, 8.o, 11.o e 14.odia . Caso todos os resultados sejam negativos, ao receber o resultado negativo do teste no 14.o dia, as zonas serão desbloqueadas.
A Coordenadora, Dr.ª Leong Iek Hou apelou aos cidadãos a verificarem do endereço registado no código de saúde, procedendo-se a actualização do mesmo quando necessário. Devido a implementação das zonas vermelhas e amarelas o código de saúde gerou um grande número de pessoas. Por motivos de segurança, qualquer pessoa com código vermelho, será transportada pelo Corpo de Bombeiros ao local designado para receber teste e acompanhamento, o que acrescentou grande volume de trabalho da equipa, causou desperdiço de recursos humanos, materiais e de testagem, ao mesmo tempo, afectando a vida da pessoa envolvida.
Sobre a possibilidade de rastreamento dos percursos através do código de saúde, a Coordenadora respondeu essa função no “código de saúde" no aplicativo móvel, está em fase de teste, mas encontra-se suspenso devido à epidemia, espera-se que possa ser lançado o mais cedo possível.
Quanto à classificação de Macau para região de médio-alto risco pelo distrito de Doumen da cidade de Zhuhai, a Coordenadora manifestou respeito por essa decisão, uma vez que a capacidade de assunção do risco varia por cidade e região, que avalia por si própria os eventuais riscos. As pessoas devem ser nesta fase colaborativas, devem
evitar viajar para fora, reduzir o fluxo de pessoas para evitar a transmissão do vírus para fora, esforçar-se por minimizar, de uma forma responsável, os eventuais riscos de transmissão da epidemia para fora de Macau.
Relativamente aos recentes casos confirmados, a Dra. Leong disse que as autoridades não divulgaram o facto do caso 74 ter apanhado o autocarro no dia 24 de setembro, uma vez que a investigação epidemiológica avança principalmente em duas direções de rastreamento:
- Identificar a causa da infecção dos casos confirmados, procede-se ao rastreamento sobre o itinerário do paciente nos 14 dias anteriores antes da data do diagnóstico confirmado.
- Proceder ao rastreamento do itinerário do período em que o infectado podia transmitir vírus aos outros, designadamente, nos 4 dias anteriores antes do diagnostico. De modo a identificar o risco de infecção de outros cidadãos,
Por isso, as autoridades divulgaram um percurso que o caso confirmado que esteve no período de contágio.
O último teste de ácido nucleico efectuado pelo 74.º caso foi a 29 de Setembro, presumindo-se que foi testado positivo em 30 de Setembro. Nesta situação, o 4.º dia anterior ao seu diagnostico foi o dia 26 de setembro. Por causa disso, as autoridades de saúde apenas anunciaram o percurso do paciente depois daquele dia.
As autoridades continuam a acompanhar a lista de pessoas que apanharam de autocarros relacionados com casos confirmados em causa.
Os titulares de cartões com registos nominais já foram contactados, mas há limitações para os cartões não registados nominalmente.
Em relação à situação de permanência dos 71º e 72º casos confirmados de COVID-19 no Casino Oceanus, a Dr.ª Leong Iek Hou afirmou que ainda não há informações que demonstrem um percurso comum entre os dois casos confirmados através do espaço e do tempo no Casino Oceanus. Além disso, segundo o que mostram as gravações de vigilância, o 72º doente não utilizou a passagem comum para deslocar-se ao Casino Jai Alai, só ficou apenas no Casino Oceanus. Este estabelecimento pode ser aberto após a desinfecção completa.
A Dr.ª Leong Iek Hou também sugeriu que em todos os estabelecimentos, particularmente, em lugares abertos ao público, devem reforçar a frequência da limpeza e desinfecção. Por outro lado, acrescentou ainda devido ao caso 75 ter mudado de residência no dia 1 de Outubro, o domicílio na Rua Dois do Bairro da Areia Preta foi definido a 5 de Outubro como zona do código vermelho.
Em relação ao controlo e prevenção de epidemia, a Drª Leong Iek hou reiterou que usar máscaras é muito importante, especialmente quando não se sabe se existem mais casos potenciais na comunidade, pelo que se apela aos cidadãos para usarem máscaras, em particular, não tocar o exterior da máscara. Além disso, tocar outros lugares a partir das mãos também pode contaminar o meio ambiente. Relativamente à possibilidade de emitir uma obrigação para o uso da máscara, depende da necessidade da situação epidémica em geral, o consenso e a situação do uso de máscaras nas comunidades.
Quando ao momento que decorre entre as pessoas serem infectadas até ao seu diagnóstico a Drª Leong Iek Hou frisou que a investigação epidemiológica deve ter em consideração factores integrados. Através da intersecção entre tempo e espaço, para descobrir a maior probabilidade de infecção, mas, às vezes, mesmo que se encontre uma possível fonte de infecção, isso não é absoluta e outras possibilidades não podem ser excluídas.
Ao mesmo tempo, mesmo que as pessoas diferentes toquem a mesma fonte de infecção , há factores que provocam a disparidade de risco de infecção de pessoa para pessoa, nomeadamente se administrou vacinas contra a COVID-19, a imunidade de cada pessoa e o cumprimento das medidas antiepidémicas pessoais, entre outro.
Por exemplo, quando alguém toca num local infectado e de imediato toca na boca ou no nariz sem esterilizar ou lavar as mãos, comparado com alguém que toca num local infectado e lava e esteriliza as mãos imediatamente, os riscos são diferentes; Outro exemplo é que o uso adequado de máscaras também implica diferentes níveis de risco.
Por último, a Dr.ª Leong mencionou que actualmente existem várias maneiras de registo para a inoculação de vacinas em todo o mundo. Aliás, em Macau os indivíduos que sejam vacinados fora do território e sejam portadores dos respectivos registos podem deslocar-se aos Serviços de Saúde ou a todos os postos de vacinação para que os seus dados sejam introduzidos no sistema de Macau, nomeadamente, os dados serão exibidos no Código de Saúde de Macau.
Na conferência, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.
O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Ma Chio Hong relatou a situação social e a situação de entradas e saídas de Macau. Eles e O Chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações Públicas dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Dr. Cheong Kin Ian responderam às perguntas dos meios de comunicação social.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, o Chefe do Departamento do Ensino Não Superior dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Dr. Wong Ka Ki, o Chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações-Públicas dos Serviços de Polícia Unitários, Dr. Cheong Kin Ian, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong; a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.