A construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin providencia espaço e cria condições para a diversificação adequada da economia de Macau. A tecnologia avançada é um dos pontos de começo para o desenvolvimento chave da Zona de Cooperação.
Macau possui um certo nível de recursos para a investigação científica, dotado de uma base de referência na orla do oeste do Rio das Pérolas, em matéria de investigação científica académica, tendo ainda alguns projectos obtido resultados significativos. Em Macau, as forças fundamentais em investigação científica, acumuladas ao longo dos últimos anos, têm formado um alicerce sólido para a complementaridade e cooperação entre as instituições de ensino superior, os organismos dedicados à investigação científica e as empresas desta área, desempenhando também um papel de suporte de relevância para o futuro desenvolvimento da indústria científica e tecnológica.
Para aproveitar melhor as vantagens de Macau em investigação científica, já se encontram delineados planos para essa área nas principais linhas orientadoras traçadas para o futuro desenvolvimento da Zona de Cooperação. Esta zona estará inclinada a proceder à transformação das realizações dos projectos de investigação científica privilegiados em Macau, dando nomeadamente maior importância aos projectos de pesquisa científica desenvolvidos pelos laboratórios de referência nacional, redobrando esforços na promoção do desenvolvimento dos projectos que abrangem áreas como circuito integrado, big data, Internet das coisas, inteligência artificial, big health e biomedicina.
A Zona de Cooperação irá lançar uma série de políticas e medidas, bem como programas concretos para apoiar as empresas do sector científico e tecnológico do Interior da China, de Macau e do exterior a instalarem e desenvolverem as suas actividades naquela zona. Além disso, a entrada e saída livre da Zona de Cooperação por parte dos profissionais especializados do Interior da China, bem como as forças acumuladas em determinadas áreas de investigação científica em Macau poderão ser as atracções da Zona de Cooperação, motivando a concentração de talentos e entrada de empresas de qualidade que operem actividades científicas e tecnológicas na zona em questão.
Por outro lado, enquanto ponto relevante de intersecção na «dupla circulação» nacional e internacional, com a vantagem singular do princípio “um país, dois sistemas”, Macau goza de um estatuto de porto franco e de zona aduaneira independente, de fluxo de capitais e de informações livre e de um regime fiscal simples, que promove uma baixa taxa tributária. Concomitantemente, o modelo de funcionamento da economia de Macau está articulado com os padrões aplicados na comunidade internacional, os regimes comercial e jurídico são semelhantes aos implementados em outros países ou regiões, como Portugal e União Europeia, existindo ainda uma boa interacção entre os poderes executivos e legislativos, com o ambiente social a manter-se estável e harmonioso. Tudo isto constitui condições propícias para o desenvolvimento da inovação científica e tecnológica.
No futuro, o desenvolvimento coordenado entre Macau e a Zona de Cooperação e a complementaridade das vantagens das duas partes, permitirá a optimização das funções de ligação que Macau tem vindo a desempenhar com eficácia, ajudando na congregação da tecnologia avançada e de indústrias modernas da Grande Baía, atraindo talentos do mundo inteiro a desenvolverem a sua carreira profissional em Macau e na Zona de Cooperação, procurando, desta forma, transformar a Zona de Cooperação num ponto crucial e indispensável para as empresas do sector científico e tecnológico de grande dimensão no planeamento do seu desenvolvimento a nível internacional.