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Governo da RAEM continua a melhorar várias infra-estruturas relacionadas com a vida da população

Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, na sessão plenária da Assembleia Legislativa para responder às perguntas dos deputados sobre o Relatório das Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2022.

O Chefe do Executivo do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, esteve na sessão plenária da Assembleia Legislativa, a 17 de Novembro, onde apresentou vários trabalhos da acção governativa para o próximo ano que têm como objectivo melhorar a vida da população, entre os quais, o empenho do governo em concluir o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas e construir a cidade inteligente e instalações de prevenção e resolução de inundações.

Relativamente ao Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, o Chefe do Executivo lembrou que sendo uma infra-estrutura de grandes dimensões, para além de prestar serviços de saúde aos residentes de Macau, pode também expandir-se noutras vertentes, pois tem boas condições para apoiar Macau no desenvolvimento das indústrias de turismo de saúde e de big health. Salientou que os residentes de Macau podem, no futuro, receber serviços de saúde financiados pelo governo no Hospital das Ilhas, e espera que este Complexo venha resolver a necessidade da população se deslocar ao exterior para tratamento médico.

O Chefe do Executivo indicou que o Peking Union Medical College Hospital será o parceiro do Complexo de Cuidados de saúde das Ilhas, criando um «efeito de marca», será apetrechado de equipamento médico avançado e de profissionais de saúde de excelência, por essa razão, o governo acredita que estas condições vantajosas vão ajudar a desenvolver a indústria de big health, que servirá 70 milhões de pessoas na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Explicou que a próxima fase será a escolha de alguns médicos e de licenciados em medicina de Macau para formação e estágio no Peking Union Medical College Hospital, os quais, após o regresso a Macau, irão prestar serviços no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, e sob a liderança de médicos especializados do Peking Union Medical College Hospital poderão desenvolver cuidados de saúde especializados.

Relativamente à cidade inteligente, o mesmo responsável revelou que, depois de vários anos de esforço, o governo conseguiu que fosse instalada a plataforma de computação em nuvem e, até ao momento, estão abertos ao público cerca de 440 conjuntos de dados. Revelou que a aplicação «Conta única de acesso comum aos serviços públicos da RAEM» para o uso dos cidadãos continua a aumentar os serviços disponíveis e que a sua nova versão será aperfeiçoada, e a plataforma de pagamento integrado «GovPay» também será popularizada.

Ho Iat Seng reconheceu que as cidades inteligentes desenvolvem-se mais rapidamente no Interior da China, e que, por essa razão, Macau deve tê-las como referência, contudo alertou que não podem ser simplesmente copiadas, pois a situação de Macau e do Interior da China não é totalmente igual. Sublinhou que Macau ao desenvolver a cidade inteligente deve encontrar um equilíbrio entre a protecção da privacidade pessoal e a criação de facilidades à população.

Em relação ao sistema de transporte inteligente, o Chefe do Executivo indicou que o governo optimizou, nos últimos anos, 15 séries de sistema de controlo de semáforos, e a título experimental introduziu o sistema inteligente de controlo de autocarro e sistema de informação de deslocação - aplicação de telemóvel de deslocação em Macau. No futuro, o governo continuará a planear bem o sistema de transporte inteligente nomeadamente, nas novas zonas, incluindo na zona A de novos aterros. Contudo, o tráfego é muito denso e o espaço é insuficiente, o que causa dificuldades a Macau desenvolver um sistema de transporte inteligente. Dando como exemplo ser difícil comparar Macau às cidades do Interior da China, que por terem certas condições de espaço, podem ajustar automaticamente os semáforos através de sistemas inteligentes.

O Chefe do Executivo referiu que o governo encomendou às instituições de Chongqing especializadas nesta matéria, para analisar o plano de transportes terrestres para os próximos dez anos, cujo relatório final será entregue, brevemente, apresentando sugestões para o tratamento dos problemas de trânsito de Macau. Ho Iat Seng complementou que Chongqing é uma famosa cidade montanhosa, onde foram resolvidos os problemas de trânsito através de vários projectos tridimensionais e formas inovadoras.

Relativamente ao trabalho de resolução de inundações nas zonas baixas da cidade, o Chefe do Executivo respondeu que depois de observar a situação de tufão e chuvas intensas de Macau, deste ano, verificou-se as instalações da estação elevatória do Porto Interior surtiram algum efeito na resolução das inundações, cujos resultados estão à vista de todos, com este problema a ser melhorado em alguns pontos negros. Por essa razão, garantiu que o governo irá, a curto prazo, construir mais estações elevatórias, para, em primeiro lugar, resolver alguns dos problemas de inundações em Macau através de soluções viáveis. Contudo, lembrou que as soluções de longo prazo, incluindo a construção de barragem de maré, precisam de um planeamento detalhado e estudo, encontrando-se numa fase de trabalho preliminar de preparação, sendo necessária a aprovação do Governo Central para iniciar formalmente a respectiva obra. Relativamente aos custos da obra, revelou que ainda não foram contabilizados os custos de construção, mas só o preço do projecto vai custar centenas de milhões de patacas, alertando que o custo de manutenção anual é também muito elevado.

No que diz respeito ao planeamento urbano, o Chefe do Executivo indicou que o relatório final do «Plano Director de Macau» já foi publicado depois de várias revisões e consulta pública, prevendo-se a divulgação do documento do «Plano Director», no final do corrente ano, iniciando-se o trabalho posteriormente. Revelou que o trabalho do «Plano Director» não pode atrasar mais, senão, é difícil de avançar com o planeamento e delimitação das zonas. Explicou que só depois do lançamento do planeamento e delimitação das zonas, haverá fundamento legislativo para dar início a outras matérias, tal como colocar terrenos em hasta pública.

O Chefe do Executivo respondeu às perguntas de um total de 31 deputados, abrangendo temas como: a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, renovação urbana, melhoria da legislação laboral, medidas de prevenção e controlo da pandemia e de passagem fronteiriça, políticas de habitação, políticas para idosos, sistema de saúde, revitalização da economia, atracção de negócios e captação de investimento, desenvolvimento do sector de turismo, desenvolvimento do desporto, indústrias culturais e criativas, formação de jovens quadros qualificados, assuntos relacionados com funcionários públicos, transparência dos trabalhos do governo, tecnologias de engenharia civil, o desenvolvimento conjunto da indústria-academia-investigação, informatização do processo judicial, qualificação profissional e educação, entre outros.

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