Palestras do Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” exploram a literatura brasileira
Organizada em conjunto pelo Instituto Cultural (IC), pelo Instituto de Investigação Social e Cultural da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), a segunda sessão da Série de Palestras Culturais no âmbito de “Uma Faixa, Uma Rota” – Samba e Dança, intitulada Literatura Brasileira e a Imagem do Brasil na Literatura Mundial foi presidida pelo Professor Auxiliar do Departamento de Português da Faculdade de Letras da Universidade de Macau, Zhang Jianbo, no dia 27 de Novembro, na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau, transmitindo ao público uma visão geral da paisagem literária contemporânea brasileira e das suas mudanças imperceptíveis. Esta palestra faz parte das actividades do 3.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
A literatura brasileira desempenha um papel significativo na paisagem literária da América Latina, e mesmo do mundo. De acordo com o orador Zhang Jianbo, a literatura brasileira é a única das literaturas latino-americanas que utiliza língua portuguesa mas, a sua relação com outras literaturas dos continentes americanos baseadas na língua espanhola está longe de uma completa cisão. Mas a verdade é que, devido à discrepância do seu contexto histórico, social, político e cultural com os países vizinhos, o Brasil apresenta características únicas na sua literatura. A palestra toma os vários prémios literários da comunidade de língua portuguesa como o ponto de partida para enumerar, de forma estruturada, os importantes autores e as respectivas obras da comunidade literária do Brasil entre 2016 e 2020, tendo sintetizado igualmente as características mais notórias da literatura brasileira nesse período.
Zhang Jinabo considerou que o género literário baseado no realismo continua a ser o estilo predominante na comunidade de literatura brasileira dos últimos anos. O orador explica que os autores do realismo aproveitam a literatura para reflectir sobre o presente e analisar o futuro do povo quando o país passa por reformas significativas. A sua adesão à moda, assim como a sua retrospectiva sobre o clássico, revelam a paixão profunda dos autores pelo patriotismo brasileiro e o seu desejo intenso pela resolução de problemas sociais como a discriminação de género, a opressão racial e a estratificação social. A literatura brasileira, ao procurar traçar o seu passado, continua a manifestar entusiasmo e carinho pela literatura realista, literatura essa que transmite inclusividade e esperança pelas suas observações perspicazes e minuciosas.
O 3.º Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, sob o patrocínio da Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM, é organizado pelo IC e co-organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo.
Para mais informações, é favor visitar a página electrónica do Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa (www.icm.gov.mo/FCP), seguir a página “IC_Art” no Facebook ou assinar a conta oficial do Instituto Cultural “IC_Art_Macao” no WeChat.
