O Chefe do Executivo, Edmund Ho disse hoje (19 de Junho) que a visita oficial ao Brasil contribuirá para o reforço de laços bilaterais e do papel de Macau como plataforma de cooperação económica entre a China e os países de língua portuguesa. Antes da partida, hoje, ao meio-dia, Edmund Ho, quando questionado pelos jornalistas, no plano do desenvolvimento e cooperação económica, afirmou que o Brasil é um país relativamente importante entre os países de expressão portuguesa e que, com esta visita, além de poder dar a conhecer melhor a RAEM aos empresários e reforçar os contactos com o governo brasileiro, espera poder incrementar os laços com os emigrantes de Macau, de modo a aproveitar ao máximo este tipo de recursos humanos, para intensificar as relações bilaterais e contribuir para o desenvolvimento do papel de Macau como plataforma entre a China e os países lusófonos. Relativamente à pergunta sobre a política de solos e sector imobiliário de Macau, o Chefe do Executivo disse que, face ao desenvolvimento urbano acelerado, após vários anos de recessão económica, e muitos outros factores subjectivos e objectivos, a economia local começou a registar um crescimento acelerado nos últimos anos e, em certas circunstâncias, até mesmo um ligeiro sobreaquecimento. E, que o governo tem de estudar, aperfeiçoar e dar resposta às questões dos terrenos e imobiliário que, durante alguns anos, continuarão a ser polémicas e motivo de atenção para diferentes sectores, face às limitações naturais, resultantes da dimensão geográfica. Edmund Ho acrescentou que a posição do governo é muito clara: dar continuidade às políticas garantindo a estabilidade como factor primordial para o desenvolvimento económico e urbano, assim como a capacidade de controlo do governo, por forma a evitar situações de aumento excessivo de preços e sobreaquecimento da economia. O Chefe do Executivo disse também que, devido ao padrão de desenvolvimento futuro de Macau, não se pode excluir a possibilidade de ter de romper gradualmente com os moldes actuais adoptando novas ideias e novos modelos para dar uma resposta mais adequada e ajustada às exigências dos diferentes sectores da sociedade. O Chefe do Executivo garantiu ainda que o governo ponderará e avaliará sempre a viabilidade de pôr em prática novos métodos para dar resposta adequada ao crescimento económico global, em conformidade com as necessidades de desenvolvimento social no futuro e sob a premissa da estabilidade e o princípio fundamental de garantia de um posicionamento justo, correcto, com bases legais e de acordo com o desenvolvimento global. Edmund Ho concluiu que o governo deseja poder contemplar as necessidades dos diversos sectores da sociedade para que, em termos de aquisição de propriedades, a população local, particularmente os que lutam com maiores dificuldades, possam ter mais oportunidades e recursos, estando empenhado em providenciar condições razoáveis de habitação para quem precisa.