Na conferência de imprensa realizada no dia 6 de Janeiro pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC, Drª Leong Iek Hou afirmou que até 6 de Janeiro de 2022, foram registados 79 casos da COVID-19 e 77 pessoas já tiveram alta hospitalar. Até ao momento não foi registada qualquer infecção entre profissionais de saúde nem casos mortais.
No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há dois (2) casos confirmados importados do exterior, cinco (5) casos de infecção assintomática, um (1) caso em isolamento do período de convalescença, um (1) caso de recaída de infecção assintomática oriundo de áreas de alto risco, dois (2) indivíduos provenientes de áreas de alto risco e sete (7) contactos próximos.
Até às 16h00 de 6 de Janeiro, foram administradas 982.600 doses da vacina. Existem 494.698 pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina, das quais há 29.819 com a primeira dose da vacina, 427.494 pessoas e 37.385 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente.
Nas últimas 24 horas, foram registados seis (6) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo dois (2) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e quatro (4) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 4.022 notificações de eventos adversos, incluindo 4.010 ligeiros, doze (12) graves.
Quanto a testes de ácido nucleico, foram testadas em Macau 16.714 pessoas no dia 5 de Janeiro de 2022. Por 7 dias consecutivos entre 30 de Dezembro de 2021 e 5 de Janeiro de 2022 mais 302 pessoas foram submetidas a observação médica, das quais 172 são residentes de Macau, 130 não residentes de Macau. Até ao dia 5 de Janeiro de 2022, o número acumulado de pessoas submetidas a observação médica era de 57.155. Actualmente, há ainda 658 pessoas que se encontram submetidas a observação médica em hotéis designados.
A partir de 6 de Janeiro, os destinatários da dose de reforço (3.a dose) da vacina contra COVID-19 foram ajustados. Agora recomenda-se que os indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos que completaram o esquema vacinal inicial da vacina inactiva ou de mRNA administrem a 3.a dose da vacina, deixando esta de estar restringida às pessoas com alto risco de exposição ou com baixa imunidade. A restrição ao intervalo para a vacinação da 3.a dose é aliviada para pessoas com necessidade urgente (nomeadamente, viajar para países estrangeiros ou Região de Taiwan da China ). Em geral, o intervalo entre a segunda dose e a 3.a dose é de 6 meses, mas para pessoas com necessidade urgente, a 3.a dose pode ser administrada 3 meses (não inferior a 12 semanas) após a conclusão da 2.a dose (esquema vacinal inicial ).
Sobre a implementação da bolha de viajem para vacinados em Hong Kong, Dra. Leong Iek Hou sublinhou que a vacinação contra a COVID-19 pode reduzir o risco de infecção, e além de mais, pode reduzir o risco de ocorrência eventual de doenças graves, de hospitalização ou de morte após ser infectado, o que é um meio importante para a prevenção e controlo da COVID-19. Em algumas circunstâncias o risco de transmissão de doenças poderá ser aumentado, nomeadamente, não usar máscaras quando frequente estabelecimentos de restauração, permanência prolongada em espaços fechados quando estar em cinemas ou presença no concerto ao vivo. Com o surgimento de novas variantes de vírus, o vírus torna-se cada vez mais infeccioso, e para proteger a saúde do público, estão a ser efectuados diversos estudos e não se exclui a possibilidade que, para entrar em locais específicos, devam ter sido vacinadas ou fornecer um certificado de ácido nucleico válido dentro de 7 dias, para reduzir a propagação do vírus. Apela-se às pessoas não vacinadas que se vacinem o mais cedo possível, evitando a eventual inconveniência causada à vida assim que as medidas forem introduzidas.
Relativamente à questão colocada pelos jornalistas, se a mistura de 3.ª dose pode produzir melhor efeito imunológico, a chefe explicou que, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde em 16 de dezembro de 2021, comparativamente à administração de vacina inactivada para a mesma série de vacinação, considera que a vacina de mRNA como sendo a dose de reforço em vez de vacina inactivada, pois esta apresenta consistentemente o melhor efeito imunológico.
O CDC do Interior da China também salientou que a 3.ª dose da vacina com diferentes vias técnicas produzirá melhores efeitos imunológicos, após a inoculação da 1.ª dose e da 2.ª dose da vacina inactivada. Uma notícia divulgada pelo Departamento de Saúde (Department of Health) de Hong Kong em 23 de Dezembro de 2021, indica que quer para os indivíduos que receberam duas doses da vacina inactivada ou aqueles que administraram a vacina de mRNA, os especialistas recomendam a administração de vacina mRNA como a 3.ª dose.
A pergunta levantada sobre as medidas de quarentena destinadas aos tripulantes, sublinhou que desde o início da epidemia, foram tomadas medidas antiepidémicas rigorosas para essas pessoas. Os tripulantes de voos com destino de médio e alto risco (como Singapura e região de Taiwan) não estão autorizados a entrar em Macau.
Em princípio, não podem sair de avião; mesmo que tenham que deixar o avião por condições especiais, não podem entrar nos edifícios do aeroporto e a tripulação deve sair de Macau no mesmo avião.
Por outro lado, os tripulantes de voos com destino de baixo risco (como o Interior da China) devem ser submetidos a teste de ácido nucleico a cada 7 dias. As companhias aéreas também exigem que os tripulantes realizem autogestão de saúde (incluindo medição de temperatura e Código de Saúde, etc.) e sejam administrados vacinas contra a COVID-19.
Em relação à medida (entre as 00h00 do dia 9 de Janeiro e as 23h59 do dia 23 de Janeiro de 2022, que proibe o transporte de indivíduos por aviões civis provenientes de regiões fora da China com destino Macau), a Dr.ª Leong Iek Hou frisou que devido à grave situação epidémica a nível mundial, nas duas semanas foram detectados 1 a 3 casos positivos em Macau em vôos via Singapura. Ontem, também foi diagnosticado um caso de contacto próximo definido com o teste de ácido nucleico positivo no avião e não está descartada a possibilidade de transmissão no avião. Com referências de situação epidémica nos países estrangeiros e nas regiões vizinhas, a propagação do vírus Omicron é muito elevada, daí o Governo de RAEM deve tomar medidas para concretizar a estratégia de “prevenir casos importados e evitar o ressurgimento interno”.
Caso haja alguma lacuna em Macau, o vírus pode entrar na comunidade, tal como os países europeus e americanos, e num curto período de tempo haverá um número elevado de pacientes sobrecarregando todo o sistema médico (incluindo instalações de observação médica e de isolamento, etc.) podendo, também, existir um grande impacto nas actividades económicas e na vida e segurança de cidadãos, pelo que devem ser antecipadamente tomadas medidas antiepidémicas rigorosas.
As medidas podem causar inconvenientes a algumas pessoas, mas deve-se considerar a situação global e tomar medidas rigorosas nas alturas críticas de modo a reduzir a possibilidade de ocorrerem casos importados de voos provenientes de regiões de alto risco. Por enquanto, essa medida mantém-se por duas semanas e o prazo pode ser prolongo de acordo com a evolução epidémica.
Entretanto, o Chefe Subst.º do Departamento de Planeamento de Operações do CPSP, Ma Chio Hong, relatou sobre a situação da entrada e saída de Macau na semana passada. A Chefe do Departamento, Dr.ª Lau Fong Chi, relatou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados. Eles responderam às perguntas dos jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: O Chefe Subst.º do Departamento de Planeamento de Operações do CPSP, Ma Chio Hong; a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou; a Chefe da Divisão; a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou