O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-Estruturas (GDI) refere que apesar da execução dos trabalhos da empreitada de “reformulação da Rotunda Ferreira do Amaral e acessos” ser muito complexa e, além do volume de trabalho e exigências técnicas, envolver também o desvio de grande parte de infra-estruturas na zona devidamente coordenado com os trabalhos da empreitada, serão envidados esforços para que fiquem concluídos antes do final do ano. Em resposta à interpelação escrita da deputada Leong Iok Wa sobre a questão do atraso da empreitada em questão, o coordenador do GDI, António José Castanheira Lourenço esclarece que o volume e os trabalhos de escavação em profundidade são bastante complexos. O mesmo responsável explica que os trabalhos decorrem numa zona com importantes infra-estruturas que tiveram de ser desviadas, nomeadamente o sistema de drenagem pluvial e residual, incluindo a estação de bombagem de esgotos, rede de telecomunicações, rede de abastecimento e distribuição de águas e, em particular, os cabos de média tensão que alimentam as principais sub-estações da baixa de Macau, vindos de Coloane através da Ponte Nobre de Carvalho, a fim de minimizar os transtornos no funcionamento normal da zona, bem como de toda a península de Macau. Os trabalhos de desvio acima mencionados são de grande especificidade técnica e, nos termos dos contratos celebrados com as concessionárias, devem ser executados pelas mesmas, não fazendo parte dos trabalhos da empreitada de “reformulação da Rotunda Ferreira do Amaral e acessos”, ou seja, não são da responsabilidade do empreiteiro adjudicatário, acrescentou. Castanheira Lourenço refere, todavia, que o GDI tem desenvolvido vários trabalhos de coordenação entre o empreiteiro adjudicatário, a Companhia de Electricidade de Macau, a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau e a Companhia de Telecomunicações de Macau por forma a reforçar a coordenação entre o faseamento dos trabalhos e o desvio destas mesmas infra-estruturas. E, indica que o facto de a empreitada se situar numa zona principal de tráfego rodoviário da baixa de Macau, é preciso uma coordenação com os vários serviços que, de facto, tem obrigado ao implemento de diversos desvios e condicionamentos de tráfego temporários e à divisão das áreas de execução técnica em diversas frentes de trabalho. Os condicionamentos e desvios de tráfego rodoviário, alguns de difícil execução devido à sua complexidade, têm obrigado à construção de diversas estruturas provisórias de betão armado e metálicas, por razões técnicas e também para minorar os inconvenientes para os condutores. Todas estas situações exigiram cuidados especiais de segurança e protecção, bem como o reforço de equipamentos e mão-de-obra. António Castanheira Lourenço termina revelando que está previsto que até Setembro do corrente ano fiquem concluídas as vias rodoviárias de superfície e, até finais do ano, as subterrâneas, para entrega posterior às entidades competentes e estabelecimento do prazo apropriado de entrada em funcionamento.