Na conferência de imprensa realizada no dia 27 de Janeiro pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou, afirmou que até 27 de Janeiro de 2022, foram registados 79 casos da COVID-19 e 79 pessoas já tiveram alta hospitalar.
Até ao momento não foi registada qualquer infecção entre profissionais de saúde nem casos mortais. No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há seis (6) casos de infecção assintomática, três (3) casos confirmados importados do exterior que se encontram em isolamento do período de convalescença, bem como dois (2) contactos próximos.
Vacinação: Até às 16h00 de 27 de Janeiro, foram administradas 1.035.345 doses da vacina. Existem 507.142 pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina, das quais há 31.885 com a primeira dose da vacina, 404.876 pessoas e 70.381 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente.
Nas últimas 24 horas, foram registados sete (7) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo três (3) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e quatro (4) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 4.172 notificações de eventos adversos, incluindo 4.160 ligeiros, doze (12) graves.
Testes de ácido nucleico: foram testadas em Macau 29.409 pessoas no dia 26 de Janeiro de 2022.
Observação médica: Por 7 dias consecutivos entre 20 e 26 de Janeiro de 2022 mais 460 pessoas foram submetidas a observação médica, das quais 208 são residentes de Macau, 252 não residentes de Macau. Até ao dia 26 de Janeiro de 2022, o número acumulado de pessoas submetidas a observação médica era de 58.457. Actualmente, há ainda 900 pessoas que se encontram submetidas a observação médica em hotéis designados.
A Dr.ª Leong Iek Hou indicou que o número de registos da aplicação móvel do "Código de Saúde de Macau" atingiu as 579 mil pessoas e o número de pessoas que a utilizam para fazer declarações de saúde continua a aumentar. Tomando como exemplo os dados registados na terça-feira (25 de janeiro), o Codigo de Saúde foi emitido por 1.74 milhões de pessoas, sendo 1.36 milhões na aplicação móvel e cerca de 380 mil na versão antiga do website.
Em os Codigos de Saúde emitidos na aplicação 590 mil foram declarações diretas e 770 mil foram declarações por meio da digitalização do código para estabelecimentos.
De acordo com os números acima revelados, pode-se observar que os residentes de Macau aceitaram gradualmente o uso da aplicação móvel do “Código de Saúde de Macau” e começaram a registar os seus itinerários através da leitura do código para estabelecimentos.
Sobre a afixação do código para estabelecimentos, a Dr.ª Leong indicou que o trabalho de afixação de código para estabelecimentos nos locais de maior risco na primeira fase foi implementado de forma ordenada. Até à data, o trabalho de afixação de código está concluído nos serviços públicos, estabelecimentos médicos em Macau, lares, equipamentos sociais, estabelecimentos de ensino, transporte público, estabelecimentos de comidas e bebidas, estabelecimentos de entretenimento, estabelecimento de compras de grande dimensão, supermercados, instituições financeiras, mercados e parques em Macau. Ou seja, quando os residentes chegam a esses estabelecimentos, já podem registar os seus itinerários através da aplicação móvel do “Código de Saúde de Macau”. Isto permite verificar, em caso de surgimento de uma situação epidémica, o seu próprio risco e fazer a comparação com os itinerários dos infectados.
O Centro de Coordenação de Contingência está a planear dar inicio à segunda fase de afixação do código para estabelecimentos. Tendo em conta que existem ainda alguns tipos de estabelecimentos na comunidade que estão em risco, mas não foram incluídos na primeira fase, espera-se que o numero de locais possa aumentar facilitando o registo de itinerário por parte dos residentes. No que diz respeito ao registo de itinerários através da retrodigitalização do “Código de Saúde de Macau”, cerca de 20 mil pessoas utilizam-no todos os dias.
A Dr.ª Leong Iek Hou apelou mais uma vez aos residentes que ainda não descarregaram a aplicação móvel do “Código de Saúde de Macau” para a descarregarem o mais rapidamente possível, devendo os residentes ajudar os idosos e os indivíduos com necessidades. Também apelou aos residentes para registarem os seus itinerários quando entrem em estabelecimentos com código para estabelecimentos, de modo a verificar os seus riscos com antecedência aquando do surgimento de epidemia, bem como ajudar os Serviços de Saúde a identificar os grupos de risco o mais rápido possível.
Os estabelecimentos também devem disponibilizar, na medida do possível, serviços de retrodigitalização, para que os residentes que não utilizem o smartphone, possam registar o seu itinerário.
Em resposta à pergunta sobre as medidas de gestão em circuito fechado “14+7+7” para o pessoal do Aeroporto de Macau, a Dr.ª Leong Iek Hou explicou que as autoridades têm vindo a implementar continuamente a gestão em circuito fechado do pessoal relevante no Aeroporto de Macau, tal como em todos os postos fronteiriços e hotéis de observação médica. Além disso, para alguns funcionários que entram em contacto com pessoas que regressam de áreas de alto e médio risco, também devem ser sujeitos às medidas de gestão em circuito fechado.
O Aeroporto de Macau acaba de concretizar as regras específicas de implementação, devendo o pessoal relevante cumprir “14+7+7” dias de medidas de gestão em circuito fechado, ou seja, o pessoal deve residir num local fixo e não entrar na comunidade durante os 14 dias de trabalho. Após completar 14 dias de trabalho, irá ficar em hotel de observação médica por 7 dias para observação médica, durante os quais não trabalha nem entra em contacto com outras pessoas, seguido de 7 dias de autogestão de saúde, durante este período pode entrar na comunidade, mas ainda é necessário receber vários testes de ácido nucleico. Estas medidas são aproximadamente idênticas a outras medidas de gestão em circuito fechado. A médica acrescentou que todos os tripulantes de áreas de médio e alto risco não entram em Macau.
Em relação à questão de saber se o actual período de observação médica será ajustado, a Chefe referiu que, embora haja muitos dados mostrando que o período de incubação do vírus Omicron geralmente é de 3 a 5 dias, também existem muitos casos com um período de incubação mais longo, como um contacto próximo de Zhongshan, cujos resultados de vários testes de ácido nucleico foram negativos durante o período de isolamento e apenas demostrou resultado positivo ao 10.º dia.
A Dr.ª Leong Iek Hou disse que é preciso ter em conta que além do vírus Omicron, existe simultaneamente o vírus Delta. Algumas pessoas que regressam a Macau provenientes de zonas de médio e alto risco podem estar infectadas com vírus diferentes e o período de incubação pode ser mais longo. Por isso, Macau deve continuar a acompanhar a situação dos diferentes locais e a fazer avaliações de risco antes de decidir se podem ser feitos ajustamentos, salientando que as actuais medidas permanecem inalteradas.
Actualmente, nas áreas de risco da cidade de Zhongshan e da cidade de Zhuhai foram realizados várias testagens de ácido nucleico em massa e não foi registado nenhum novo caso confirmado pelo que a Vila de Tanzhou da Cidade de Zhongshan foi desbloqueada quinta-feira (27 de Janeiro). Na Vila de Nanping da Cidade de Zhuhai será realizada novamente enquanto um testagem massiva. Se todos os resultados forem negativos, estima-se que as medidas de prevenção da epidemia para pessoas provenientes da Vila de Nanping sejam retiradas. As autoridades continuam a manter comunicação com o Interior da China em assuntos como a libertação dos requisitos de ácido nucleico para passagem transfronteiriça.
Relativamente à questão sobre a situação das crianças da creche e das pessoas em lares de idosos que foram submetidas à observação médica depois do desbloqueio da Vila de Tanzhou da Cidade de Zhongshan, a Chefe apontou que estas pessoas pertencem a contactos próximos por via segundária de um caso da Vila de Tanzhou, pelo foram sujeitas à observação médica de 7 dias e à autogestão da saúde de 7 dias. Este período observação médica terminou em 19 e 20 de Janeiro, estando a decorrer os 7 dias de autogestão da saúde. A creche em causa reiniciará o funcionamento a partir de amanhã (28), e o lar de idosos também voltará a receber visitas no mesmo dia.
Por fim, em relação à preocupação dos jornalistas sobre a prevenção epidémica das actividades de comemoração do Ano Novo Lunar, a Dr.ª Leong referiu que os Serviços de Saúde já elaboraram as orientações sobre as “Recomendações para gestão de festivais colectivos e actividades culturais, recreativas e desportivas”, que incluem a gestão para artistas, participantes e locais.
Dado que a situação epidemiológica global e ao redor de Macau se encontra instável, os gestores de estabelecimentos, organizadores dos eventos e residentes de Macau devem tomar várias medidas de prevenção e controlo, incluindo:
1) Controlar o número de participantes em eventos e medir a temperatura dos participantes, exibir obrigatoriamente o código de saúde e registar o itinerário;
2) Reforçar a frequência de limpeza do ambiente, manter a ventilação de ar no interior das instalações;
3) Usar máscara, manter o distanciamento social adequado, assegurando que as mãos estejam limpas antes de tocar olhos, nariz e boca;
4) Idosos, indivíduos com baixa imunidade devem evitar deslocar-se aos locais lotados;
5) Aqueles que não foram vacinados devem ser vacinados o quanto antes.
Na conferência, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, relatou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados, bem como a situações relacionadas.
O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong relatou a situação da entrada e saída de Macau na semana passada. Eles responderam às perguntas dos jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi; a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou; o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong.