O 21.º Festival Fringe da Cidade de Macau, organizado pelo Instituto Cultural (IC), decorreu com sucesso de 12 a 23 de Janeiro, apresentando 20 programas extraordinários e 14 actividades de extensão ao longo de 12 dias, criando uma viagem de arte para quebrar barreiras na pandemia. O Festival Fringe realizou vários programas em diferentes bairros de Macau, levando a vitalidade das artes a todos os cantos da cidade e proporcionando uma plataforma onde os profissionais das artes e o público puderam exibir a sua criatividade e o seu talento.
No âmbito da série “Crème de la Fringe”, os programas do subtema “Iao Hon” estabeleceram um elo de ligação entre o passado e o futuro desenvolvimento do bairro, onde foi realizada a cerimónia de abertura desta edição do Festival Fringe, fazendo as alegrias dos moradores do Bairro Iao Hon através de uma série de jogos. “Todos Fest!”, um outro subtema da mesma série também dedicado aos bairros locais, explorou as múltiplas possibilidades de pessoas de diferentes quadrantes sociais. Muitos programas do Fringe Festival deste ano combinaram a arte com tecnologia moderna. A Loucura Pós-pandémica, tendo Heidi Ng, Somen Sou e Kathy Ng como curadores, combinou multimédia e teatro, para reflectir sobre a relação entre o homem e a natureza na era pós-pandemia. Época de Descobertas de Cindy Ng, combinou dados meteorológicos de Macau em tempo real com arte a tinta, criando um ambiente virtual e realista. O teatro de fantasias Fragmento, de Cheng Ka Man, reproduziu os sons da antiga indústria ferreira. A estreia asiática de 0AR (Zero AR) apresentada pelo grupo inglês AΦE, o programa para famílias Cinema de Magia de Macau e o programa interactivo Por Dentro foram muito bem acolhidos pela sua fértil imaginação.
Com a sua programação variada, a edição deste ano do Festival Fringe procurou igualmente criar uma nova paisagem em vários bairros. O Vendedor de Bonecos de Arroz apresentou uma marionete de bambu de três metros de altura no Largo da Sé. Um Espaço de Novo e Antigo apresentou o passado e o presente de Coloane. Em Duelo de Dança de Miúdos, jovens bailarinos competem no Largo de S. Domingos. A exposição participativa Exposição de Arte para Todos foi organizada mais uma vez este ano e contou com 118 obras apresentadas pelo público, proporcionando uma plataforma para este mostrar a sua criatividade e o seu talento e pondo em prática o conceito “Todos ao redor da Cidade, os nossos palcos, os nossos espectadores, os nossos artistas”. A exposição Acolhe esse Miúdo de Kawo Cheang, actualmente patente nas Vivendas de Mong-Há até 11 de Fevereiro, apresenta cinco exercícios artísticos, a partir dos quais se iniciará um diálogo com base nas suas obras.
A arte alimenta a alma; o teatro projecta um encanto único. No Teatro de Som Regresso a Casa, pelo Edinburgh Fringe Showcase, os membros do público desempenharam o papel das diferentes personagens com a sua voz, retratando histórias sobre o regresso a casa. Sonatas e Interlúdios de John Cage com as Oito Rasas, da Associação de Música Contemporânea de Macau, despertou os sentidos do público para a estética indiana. Flortitude da Cooperativa Sem Distância, combinou o teatro interactivo com flores para criar um espaço zen, mostrando a beleza curativa da natureza. Lift Left Life Live pelo PO Art Studio, levou o público a uma viagem artística. Os programas do Festival de extensão “Compartilhamento sobre Criação de Instalação Interactiva de Tinta Digital” apresentou o processo de produção de Época de Descobertas. O “Simpósio Interdisciplinar de Artes Contemporâneas e Teatro”, as sessões de projecção e de partilha de “Como fazer Curadoria de Arte Inclusiva”, o “Workshop de Dança Simbiótica” e o “Tutorial de Dança de Rua” contribuíram para alargar os horizontes artísticos do público por meio de várias conversas e apresentações.
Durante esta edição do Festival Fringe, vários representantes da comunicação social e críticos de arte da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau realizaram entrevistas online com as companhias artísticas, ajudando assim a irradiar a influência do festival através de iniciativas publicitárias e da publicação de notícias na Grande Baía e impulsionando o desenvolvimento cultural desta região graças aos recursos culturais vantajosos de Macau. No futuro, o IC continuará a promover o desenvolvimento artístico e cultural a vários níveis, introduzindo mais programas criativos no Festival Fringe e construindo plataformas para os profissionais das artes e para os grupos artísticos locais.
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