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Início da obra de reordenamento do Mercado Vermelho previsto para Maio

Início da obra de reordenamento do Mercado Vermelho previsto para Maio

O Mercado Almirante Lacerda (Mercado Vermelho), que entrou em funcionamento há mais de 80 anos, irá ser sujeito a obras de reordenamento, com início em Maio, prevendo-se para esta intervenção uma duração de 657 dias. Como a dificuldade da obra é elevada, com um processo complicado, e dada a necessidade de obter um equilíbrio entre a conservação e o reordenamento do Mercado em causa, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) já procedeu a negociações, comunicação e elaboração do projecto de obras, respectivamente com o Instituto Cultural, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes e o Corpo de Bombeiros. Por outro lado, o IAM formou uma equipa técnica, para reforçar a coordenação e a supervisão subsequentes e tratar a tempo de problemas técnicos da obra, com vista a impulsionar de forma faseada a intervenção, e publicar oportunamente o andamento da obra junto da sociedade.

Após a retirada completa de 154 bancas do mercado, no dia 28 de Março, proceder-se-á, de imediato, à colocação de tapumes, à remediação da higiene ambiental e à eliminação de roedores. A obra do Mercado Vermelho está integrada nos projectos de obra em destaque do IAM e, devido à necessidade de conservar uma grande área e à limitação de natureza do local, não é permitido efectuar uma inspecção completa no mercado durante a fase de desenho da obra, só sendo possível elaborar o desenho através da comparação entre a inspecção parcial e os planos de desenho antigos, pelo que a dificuldade de execução da obra é elevada, e a sua imprevisibilidade também é alta. Após o arranque, em Maio, da obra de reordenamento, o IAM irá recrutar uma terceira parte, para fiscalizar a qualidade da obra e o controlo do prazo da sua execução, e supervisionar o empreiteiro, para que execute rigorosamente os planos de obra. No local, irão ser instalados inclinómetro e instrumento medidor de sedimentação, no sentido de supervisionar em tempo real a parte reservada. Ao mesmo tempo, tentar-se-á organizar os trabalhos de forma a que os planos de obra menos ruidosos sejam realizados aos domingos e feriados, de modo a reduzir o impacto para os habitantes das proximidades.

O Mercado Vermelho é o único edifício erguido como mercado público que continua a ter a função original, estando classificado como imóvel de valor arquitectónico e artístico. A estrutura do edifício apresenta problemas, nomeadamente ferrugem nas armaduras, infiltrações de água no telhado e em cada piso, estruturas envelhecidas e com o sistema de drenagem do chão a entupir frequentemente. O IAM continua a proceder à manutenção e à reparação, não tendo até ao momento resolvido a situação do envelhecimento. Depois de comunicar e discutir aprofundadamente os problemas com o Instituto Cultural, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes e o Corpo de Bombeiros, os envolvidos concluíram que era indispensável remodelar totalmente o Mercado Vermelho, melhorando equipamentos, instalações e o ambiente de negócio aí existente, proporcionando aos cidadãos uma boa experiência de compras.

O reordenamento tem por objectivo preservar o edifício do Mercado Vermelho, incluindo paredes exteriores, cobertura e áreas superiores e a torre central em forma de cruz com escadaria, entre outros elementos arquitectónicos com características da época. O tempo húmido continua a degradar seriamente a sustentação das vinte e oito colunas de tijolo do mercado, razão pela qual elas serão substituídas por dez colunas de betão armado com o mesmo tamanho e a mesma forma. As estruturas do rés-do-chão e do primeiro andar serão reconstruídas com vista a tornar mais durável a sustentação do edifício, prolongando-lhe o tempo de vida.

Respondendo às solicitações dos vendilhões do mercado acerca da melhoria das instalações, o IAM instalará um sistema de ar condicionado, um posto de transformação e dois elevadores sem barreiras destinados tanto a carga como a passageiros. Ao lado do “jardim” junto à Avenida de Horta e Costa, o IAM instalará um elevador sem barreiras e construirá duas plataformas para descarga de mercadorias, uma via inclinada para o transporte delas e entrada e saída. Renovará totalmente o revestimento de paredes, chão e tecto, reconstruindo também a rede de drenagem e mudando o isolante térmico impermeabilizante do telhado. Substituirá ainda o isolante térmico da cobertura do “jardim” e alargará o espaço dos sanitários, ajustando a proporção dos compartimentos masculinos e femininos.

Sob o pressuposto de que nenhuma alteração conduzirá à redução no número das bancas a explorar, estas serão melhoradas, designadamente colocar um separador na zona frontal do balcão para evitar que a água caia no espaço público, mantendo a higiene do local. O IAM colocará também quatro ou seis tomadas impermeabilizadas em cada banca.

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