O Chefe do Executivo, Edmund Ho, disse que Macau faz votos de que o “turismo para todos” seja concretizado mas é preciso algum realismo, pois, apesar da complementaridade devido às diferenças dos recursos turísticos de cada território, existem também limitações próprias. A conferência de imprensa dos líderes ao 3º Fórum para o Desenvolvimento e Cooperação da Região do Grande-Delta do Rio das Pérolas (RGDRP) decorreu esta noite (06 de Junho), em Kunming, e contou com a presença de todos os responsáveis máximos do “9+2”. Em resposta às perguntas de um jornalista do diário Hainan sobre qual a posição e quais as principais dificuldades de Macau relativamente ao desenvolvimento do “turismo acessível, turismo para todos”, bem como sobre o espaço de cooperação com a província de Hainão, Edmund Ho disse que o desejo de Macau é que o conceito ganhe forma e se torne realidade como um objectivo comum e fruto do esforço de cada membro da RGDRP. O mesmo responsável afirmou poder dizer-se que Macau, uma cidade fundamentada na indústria do turismo, usufrui bastante da cooperação regional do Grande-Delta do Rio das Pérolas, mas o desenvolvimento da indústria do turismo e o painel de cooperação regional não podem ir além do quadro do acordo de parceria com o resto do país, vulgo CEPA. Edmund Ho sublinhou que na cimeira de líderes do “9+2”, realizada hoje ao final da tarde, foi aprovada a “sugestão da linha orientadora da cooperação regional para o turismo do Grande-Delta do Rio das Pérolas” que irá reforçar o nível de acção conjunta nesta indústria, aproveitando a utilização comum e complementaridade de recursos turísticos para abrir, canalizar e desenvolver mercados turísticos. Edmund Ho indicou que os “9+2” têm complementaridade devido às diferenças existentes nos recursos turísticos, mas também limitações próprias. O “turismo para todos” é um processo com algumas exigências para se tornar realidade. E, servindo-se da RAEM como exemplo, e Chefe do Executivo adiantou: um território de dimensão reduzida que acolha turistas sem limitações verá a qualidade dos seus recursos turísticos ser afectada e, muito provavelmente, um impacto negativo no futuro. Para se chegar à meta de uma região com turismo acessível, é preciso, por um lado, ponderar do ângulo macroscópico e, por outro, ser realista: primeiro resolver a questão do trânsito e a seguir aumentar a capacidade de acolhimento, incluíndo aspectos como infra-estruturas, equipamentos e recursos humanos. Além disso, é necessário ainda que cada governo tenha uma atitude aberta, não devendo encarar que o consumo dos seus residentes em turismo noutros territórios significa a redução de consumo interno, acrescentou Edmund Ho. O Chefe do Executivo prometeu ainda que Macau dará um contributo activo para as relações com as restantes províncias e territórios do Grande-Delta do Rio das Pérolas, mas em termos de fluxo de pessoas, a RAEM tem apenas centenas de milhares de população, pelo que certamente o número de pessoas que se deslocam a Macau é sempre superior ao número das pessoas que saem do território. Em relação ao espaço de cooperação com Hainão, vamos desenvolver de forma mais activa a cooperação no turismo, no âmbito do quadro de cooperação do Grande-Delta do Rio das Pérolas, adiantou o responsável máximo da RAEM. Entretanto, foi determinado na cimeira de líderes do “9+2” que o “4º Fórum de Desenvolvimento e Cooperação da Região do Grande-Delta do Rio das Pérolas” e a “4ª edição da Bolsa de Negócios e Contactos de Cooperação Económica e Comercial da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas” serão organizados pelo governo da província de Hunan. O Chefe do Executivo e a comitiva deslocam-se, amanhã, para visitas à cidade de Lijiang, em Yunnan.