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32.º Festival de Artes de Macau arranca em Maio Revigorar os nossos tempos com o poder da arte

32.º Festival de Artes de Macau arranca em Maio Revigorar os nossos tempos com o poder da arte

O 32.º Festival de Artes de Macau (FAM), organizado pelo Instituto Cultural, que tem como tema “Revigorar”, decorrerá de 29 de Abril a 2 de Junho, apresentando 18 programas, aliados ainda ao Festival Extra, totalizando mais de 200 actividades, incluindo teatro, dança, música e artes visuais, a fim de revigorar os nossos tempos com o poder da arte.

O FAM não poupou esforços na construção de uma plataforma de intercâmbio internacional de arte e na introdução de obras aclamadas de outras regiões, promovendo, ao mesmo tempo, as produções locais. Em virtude da pandemia, os artistas transformaram os produtos da sua imaginação quotidiana em inspiração criativa, dando origem a obras mais apelativas que falam aos tempos. Esta edição do FAM continuará a centrar-se em programas locais e do Interior da China, apresentando ainda produções internacionais de topo através dos diferentes canais como projecções dos espectáculos em palco e tecnologia da RV (Realidade Virtual), com vista a alargar os horizontes artísticos do público e a desenvolver a sua sensibilidade estética.

Willy Tsao apresenta uma produção de teatro-dança contemporâneo criando um espaço poético em palco e Liza Wang junta-se à Orquestra Chinesa de Macau para encerrar o Festival de Artes com chave de ouro

A produção de teatro-dança contemporâneo Homem Livre do Sul, da auotoria do conceituado coreógrafo Willy Tsao inaugura a edição deste ano do Festival. Inspirando-se nos poemas do poeta da dinastia Tang, Li Bai, o espectáculo integra poesia, dança e música numa exploração criativa, transportando o espectador para um belíssimo mundo marcado por montanhas, rios, flores e também pela lua. Por sua vez, Liza Wang, uma artista de renome muito acarinhada pelo público chinês em todo o mundo, subirá ao palco com a Orquestra Chinesa de Macau para interpretar uma série de clássicos chineses e passar um serão magnífico com o público.

Centro de Artes Dramáticas de Xangai reencena tragédia clássica da Grécia Antiga e novas parcerias apresentam histórias da cidade

Electra, produzida conjuntamente pelo Centro de Artes Dramáticas de Xangai e por uma equipa de produção grega, é uma peça de teatro clássica sobre vingança e justiça escrita por Sófocles, um dos três principais dramaturgos trágicos da Grécia Antiga, que conta uma história sobre vingança e justiça. O texto da história é traduzido por Luo Tong, uma tradutora e investigadora de literatura e teatro da Grécia Antiga da terceira geração de uma família dedicada a este domínio de estudo, a fim de reproduzir esta obra clássica. Xiao Ke, uma produção co-criada pela coreógrafa e bailarina Xiao Ke e pelo coreógrafo francês Jérôme Bel, representa a evolução da dança e da cultura na China nos últimos 40 anos. Eu Sou Uma Lua, da autoria da jovem dramaturga Zhu Yi com encenação de Ding Yiteng, um encenador da nova geração, inspira-se nas crateras da lua e na solidão dos urbanitas para contar seis histórias independentes, ainda que inter-relacionadas, sob a noite de luar.

Centrando-se nos talentos locais, o FAM proporciona uma plataforma de exibição e intercâmbio

O FAM continua a dedicar-se inteiramente à sua missão de promover o desenvolvimento das artes locais e de proporcionar uma plataforma de exibição e intercâmbio. Este ano, será apresentada uma série de espectáculos meticulosamente criados por vários grupos artísticos locais. Carlos I, da associação Cai Fora, inspira-se na antiga Doca D. Carlos I para produzir uma peça na qual não há actores, mas apenas instalações de luz, som e espaço, a fim de levar o público a imaginar o percurso histórico e o caminho futuro deste local. A peça de teatro físico As Figuras Desaparecidas combina o que Jenny Mok, encenadora da Associação de Arte e Cultura Comuna de Pedra, trabalha na construção civil para explorar o tema da mão-de-obra feminina na sociedade actual. A peça de teatro-dança Mais Vasto que o Oceano, co-criada por Mui Cheuk Yin, uma bailarina de Hong Kong, ErGao, um coreógrafo de Guangzhou, e Stella Ho, uma bailarina de Macau, é inspirada no mar que liga as três regiões dos artistas para desenvolver uma coreografia que combina dança com instalação de andaimes de bambu, a fim de explorar as possibilidades físicas dos bailarinos a diferentes alturas. Nove Paisagens Sonoras, uma peça de teatro multimédia de paisagens sonoras, apresentada pelo Grupo de Teatro Experimental de “Pequena Cidade”, baseia-se nos nove tons do cantonense, retratando o ritmo da cidade em constante transformação. A Caixinha de Tesouros da Avó, estreada no ano passado no âmbito do Festival Fringe da Cidade de Macau, será novamente encenada este ano, contando a vida da sua criadora, Mika Lee, e da sua avó. Adaptada a partir da ópera homónima de Richard Strauss, o filme Der Rosenkavalier (O Cavaleiro da Rosa) estreou na década de 1920. A Orquestra de Macau apresentará uma actuação ao vivo deste filme clássico, retratando a história de amor e humor através do som de belas melodias.

Ópera chinesa intemporal e Teatro em Patuá evidenciam o encanto do património cultural intangível

Adaptada do filme homónimo, a nova ópera de Pequim ao estilo de Xangai A Nova Estalagem Dragão é produzida por Shi Yihong, talentosa actriz qingyi da Escola Mei da Companhia de Teatro Jingju de Xangai, que desempenha dois papéis numa reinterpretação da história com base na estética da ópera tradicional chinesa, rompendo a tradição de uma forma inovadora. A produção O Fantasma de Liaozhai, produzida pelo veterano da ópera cantonense Chu Chan Wa e interpretada por artistas de ópera cantonense locais, apresenta a comovente história de amor de Nie Xiaoqian. O Grupo de Teatro Dóci Papiaçám di Macau continua a observar de perto os grandes e pequenos acontecimentos da cidade, apresentando a peça Lorcha di Amor (Cruzeiro do Amor), que, de forma humorística, conta a história de um cruzeiro de luxo, realçando as características de Macau como cidade onde coexistem múltiplas culturas.

Pequenos e graúdos exploram juntos as artes, enquanto estas permeiam os bairros comunitários

A peça de teatro interactivo para famílias Doodle POP, da companhia Cultura do Grande Barco, propõe aos mais pequenos uma viagem pelo oceano em busca de uma pequena tartaruga, prometendo muitas surpresas num mundo subaquático. O musical infantil A História de Kong Yiji, criado pela Associação de Artes Pequena Montanha com base no conto homónimo de Lu Xun, observa as experiências de Kong Yiji a partir da perspectiva de uma criança, procurando reverter o trágico final com a ajuda do público. A Mostra de Espectáculos ao Ar Livre terá lugar no Jardim do Mercado do Iao Hon, apresentando uma série de espectáculos maravilhos ao longo de três noites consecutivas, incluindo espectáculos de marionetas, dança swing, narração de histórias, acrobacias aéreas e música portuguesa, infundindo um ambiente artístico pelos bairros comunitários.

Exposição contemporânea de arte a tinta destaca a natureza de auto-demonstração

Organizada conjuntamente pelo Instituto Cultural do Governo da RAEM e pelo Departamento de Cultura e Turismo da Província de Guangdong, e coordenada pelo Museu de Arte de Macau e pelo Museu de Arte de Guangdong, a exposição “Imaginação Selvagem: Arte a Tinta Contemporânea em Guangdong-Hong Kong-Macau de 2000 a 2022” destaca a natureza de auto-demonstração da arte a tinta contemporânea, evocando o tema desta edição do FAM, “Revigorar” e exibindo cerca de 80 peças/conjuntos da autoria de mais de 50 artistas de Guangdong, Hong Kong e Macau, bem como classificando a evolução dessas artes contemporâneas ao longo dos últimos 20 anos em Guangdong, Hong Kong e Macau.

Os bilhetes para o 32.º FAM estarão disponíveis na Bilheteira Online de Macau a partir das 10:00 horas do dia 3 de Abril (Domingo). O FAM deste ano introduz diversos canais de venda, incentivando os residentes a usufruir da conveniência da governação electrónica. Esta edição do FAM conta com o apoio da Direcção dos Serviços de Turismo, TDM – Teledifusão de Macau, S.A., Companhia de Transportes Aéreos Air Macau, S.A.R.L. e MGM. Página electrónica do FAM: www.icm.gov.mo/fam; email: fam@icm.gov.mo. Para mais informações sobre os programas, é favor contactar o IC através do telefone n.º 8399 6699, durante o horário de expediente. Linhas directas de reservas 24-horas: 2855 5555 (Macau); 2380 5083 (Hong Kong) e 139 269 11111 (Interior da China). Website de reserva de bilhetes em www.macauticket.com. O IC seguirá estritamente as diretrizes antiepidémicas das autoridades de saúde e implementará as medidas apropriadas para as atividades culturais.

A apresentação do programa do 32.º Festival de Artes de Macau teve lugar no dia 28 de Março, pelas 15:30 horas, na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau, e foi transmitida ao vivo online por diversos grupos artísticos e meios de comunicação da Grande Baía, contando com a presença da Presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man; da Directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes; da Presidente da Comissão Executiva da Teledifusão de Macau, S.A., Lorman, Lo Song Man; do Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo da Air Macau Company Limited, Chen Hong; do Presidente, Director Estratégico e Financeiro da MGM China Holdings Limited, Kenneth Feng; da Vice-Directora do Departamento de Finanças Digitais da Sucursal de Macau do Banco da China, Choi Ieng Chi; da Vice-Presidente do Instituto Cultural, Cheong Lai San; da Chefe do Departamento de Desenvolvimento das Artes do Espectáculo, Cheang Kai Meng; da Chefe da Divisão de Actividades das Artes do Espectáculo, substituta, Leong Ian Sin e de representantes de grupos artísticos participantes, entre outros.

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