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Inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Fevereiro de 2022


Em Fevereiro de 2022 o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 5,3%, face a Fevereiro de 2021. Destaca-se que os volumes de negócios dos restaurantes ocidentais, dos restaurantes chineses, bem como dos restaurantes japoneses e coreanos diminuíram 8,5%, 7,7% e 7,2%, respectivamente. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados aumentou 29,7%, em termos anuais. Realça-se que os volumes de negócios dos relógios e joalharia (+49,3%), das mercadorias de armazéns e quinquilharias (+41,1%) e dos artigos de couro (+37,8%) registaram os acréscimos mais acentuados. Contudo, o volume de negócios dos automóveis (-22,5%) diminuiu significativamente, informam os Serviços de Estatística e Censos.

No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração cresceu 1,7%, face a Janeiro do corrente ano. Salienta-se que o volume de negócios dos restaurantes chineses aumentou 9,4%, porém, o dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas diminuiu 6,5%. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês de Fevereiro o volume de negócios dos retalhistas entrevistados desceu ligeiramente 0,8%, em termos mensais. Realça-se que os volumes de negócios dos supermercados e dos automóveis desceram 26,6% e 16,5%, respectivamente. Todavia, o volume de negócios dos relógios e joalharia aumentou 17,3%.

Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 53% dos proprietários entrevistados da restauração previram que o volume de negócios para Março de 2022 caísse em termos mensais, destacando-se que a proporção dos proprietários dos restaurantes chineses atingiu 81%. Além disso, 18% dos proprietários da restauração anteviram acréscimos mensais no volume de negócios para Março, salientando-se que a proporção dos proprietários dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas foi de 34%. Relativamente ao comércio a retalho, 43% dos retalhistas entrevistados previram que o volume de negócios para Março descesse em termos mensais, realçando-se que as proporções dos retalhistas de artigos de couro (60%), dos retalhistas de mercadorias de armazéns e quinquilharias (58%) e dos retalhistas de vestuário para adultos (52%) foram superiores a 50%. Por seu turno, 20% dos retalhistas entrevistados anteviram aumentos mensais no volume de negócios para Março, realçando-se que a proporção dos vendedores de automóveis alcançou 64%.

Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (32,5) e o do ramo do comércio a retalho (38,8) foram inferiores a 50, isto é, os proprietários da restauração e os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Março de 2022 seria mais fraco do que o do mês em análise.

Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos pela inferência global. O desempenho dos negócios do mês em análise é reflectido através da variação entre o volume de negócios global do mês em análise, dado pelos comerciantes da amostra do inquérito, e o volume de negócios do mês de comparação, dado pelos mesmos comerciantes. O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.