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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 4.º Trimestre de 2021


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 4.º trimestre de 2021, a duração média mensal da carteira de encomendas dos empresários industriais inquiridos foi de 4,6 meses, sendo superior aos 0,9 meses registados no 3.º trimestre de 2021.

A carteira de encomendas detida pelos sectores de “vestuário e confecções”, “produtos farmacêuticos”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “outros produtos não têxteis” foi de 5,9, 5,3, 4,4 e 2,4 meses, respectivamente.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, os empresários inquiridos consideraram, em geral, que os EUA e a União Europeia são os mercados de destino das exportações com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 29,8% e 25,7%, respectivamente. Entretanto, a performance do mercado de outros países da região Ásia-Pacífico e de Hong Kong foi relativamente menos favorável.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os empresários inquiridos que anteciparam uma perspectiva optimista subiram para 30,3% no trimestre em análise, representando um acréscimo de 22,7 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2021 (7,6%) e um acréscimo de 1,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2020 (28,9%). Destes referidos, 28,2 previam um “aumento acentuado” e 2,1% previram um “ligeiro crescimento”. Os empresários que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 20,5%, descendo 29,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (50,4%). De entre estes, 16,8% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 3,7% para um “forte declínio”. Os empresários que previram uma situação “semelhante” subiram de 42% no trimestre anterior, para 49,2% no trimestre em análise, correspondendo a um aumento de 7,2 pontos percentuais. Tudo isto reflecte que a epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus afecta, continuamente, a economia mundial e que a procura comercial ainda é fraca, os empresários industriais de Macau mostraram-se um pouco mais confiantes nas perspectivas de exportações, mas tomando, ainda, uma atitude prudente.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma ligeira descida de 1% face ao trimestre anterior e uma descida de 2% em comparação com o período homólogo de 2020. Por outro lado, 44,7% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (38%) e à verificada no idêntico período de 2020 (39,7%). Além disso, 84,2% dos empresários inquiridos do sector de “produtos farmacêuticos” e 81,2% dos empresários inquiridos do sector de “equipamentos electrónicos/eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que significa que a procura de mão-de-obra nestes dois sectores é relativamente forte.

De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 20,5% dos empresários inquiridos consideraram o “preços elevados das matérias-primas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 4,3% apontaram para o “insuficiente volume de encomendas”.

Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre os empresários inquiridos, 49,2% preocupam-se principalmente com a “insuficiência de trabalhadores”, 39% com os “preços elevados das matérias-primas” e “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, e 21,9% com o “insuficiente volume de encomendas”.