A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza informação relativa ao Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre de 2005 e ao PIB de 2005, ambos na óptica da despesa (salvo indicação em contrário, as variações referidas no texto estão relacionadas com o período homólogo do ano anterior): PIB do 4º trimestre de 2005 e PIB de 2005, ambos na óptica da despesa Em 2005 a economia mundial apresentou um comportamento favorável em termos gerais, porém, verificaram-se desequilíbrios ao nível do desenvolvimento económico em diferentes países do mundo. A abolição mundial do regime de quotas de produtos têxteis e de vestuário, teve impacto nas exportações de bens de Macau em 2005. Apenas as exportações de serviços continuaram a ser beneficiado pelo crescimento contínuo do número de visitantes provenientes da China Continental. Simultaneamente, a prosperidade deste sector trouxe um grande volume de investimento e a construção das instalações do sector do jogo e turismo conduziu ao aumento substancial de investimento, que passou a ser o grande impulsionador do crescimento económico. Em 2005, a economia de Macau manteve um crescimento saudável, o PIB do ano 2005 voltou a crescer normalmente, após o acelerado crescimento económico observado em 2004. O PIB anual foi de 92,59 mil milhões de Patacas, a sua taxa de crescimento em termos reais situou-se nos 6,7% e o PIB per-capita cifrou-se nas 194.458 Patacas. No 4º trimestre de 2005, assinalou-se a subida de 8,9% do PIB, em termos reais; os acréscimos do PIB nos 1º, 2º e 3º trimestres do ano em análise foram revistos para 7,8%, 7,6% e 2,5% e o do PIB do ano 2004 foi revisto para 28,3%. Os factores favoráveis que suportaram o crescimento económico de Macau são os seguintes: -- O investimento global subiu 56,9%, em termos reais, comparativamente a 2004, devido à prosperidade do sector do jogo e turismo que promoveu o crescimento significativo do investimento privado e público; -- As receitas totais anuais do jogo (excluídas as gortejas) cresceram 8,3% em relação às do ano de 2004; -- O número de visitantes anuais chegados a Macau atingiu 18.711.187 pessoas, equivalente a um acréscimo de 12,2% relativamente ao do ano 2004, que compensou o efeito da descida na despesa per-capita dos visitantes e conduziu ao mesmo nível observado em 2004 na despesa total dos visitantes (excluído o jogo); -- O consumo privado anual cresceu 7,5%, em termos reais, comparativamente ao ano de 2004, devido à melhoria da situação do emprego e ao aumento de rendimentos dos residentes. Por seu turno, em 2005 a exportação de bens de Macau diminuiu 11,5%, em termos reais, face ao ano de 2004, graças à abolição mundial do regime de quotas de produtos têxteis e de vestuário e à debilidade económica da Zona Euro. Estes factores desfavoráveis influenciaram o comportamento económico de Macau em 2005. No 4º trimestre de 2005, a economia de Macau registou o crescimento de 8,9%, em termos reais, como consequência do aumento acelerado do investimento, da recuperação substancial da exportação de bens e da subida estável e contínua do sector do jogo e turismo. Evolução da estrutura económica de Macau entre 2001 e 2005 Após a abertura do mercado do jogo pelo governo de Macau em 2002, a economia de Macau cresceu num ritmo acelerado durante alguns anos e a sua estrutura económica evoluiu significativamente, designadamente a formação bruta de capital e a despesa do consumo privado. A formação bruta de capital representava 10,6% do PIB em 2001 e passou para 21,9% do PIB em 2005, graças ao grande volume de investimento. O crescimento médio do PIB foi de 12,1% em termos reais entre os anos de 2000 a 2005, o que se explica pelo forte incremento do PIB durante os últimos anos. Dentro das principais componentes do PIB, o crescimento médio do investimento e da exportação de serviços foram de 27,5% e de 18,7%, respectivamente, ambos em termos reais, enquanto que a despesa do consumo privado assinalou o aumento médio de 5,2%, em termos reais. Assim, a despesa do consumo privado do PIB em 2001 desceu de 38,9% para 28,6% em 2005. A despesa do consumo final do Governo que representava 12,4% do PIB em 2001 caiu para equivaler a 8,6% do PIB em 2005. Quanto às exportações líquidas de bens e serviços, embora nos últimos anos o sector do jogo e turismo tenha apresentado um comportamento satisfatório e a exportação líquida de serviços tenha subido acentuadamente, o crescimento do peso da exportação líquida de bens e serviços não foi significativo, cresceu de 38,1% em 2001 para 40,9% em 2005, devido ao défice da balança comercial de bens ter se expandido em 2005.
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