A Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações das Actividades Financeiras, o qual abrange os “bancos”, a “outra intermediação financeira”, os “seguros” e as “actividades auxiliares de intermediação financeira”. O objecto estatístico engloba as instituições financeiras sujeitas à supervisão da Autoridade Monetária de Macau e exclui os mediadores e os agentes não directamente vinculados às companhias de seguros.
No fim do primeiro trimestre de 2022 laboravam no sector das actividades financeiras 8.292 trabalhadores a tempo completo. Em Março deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo foi de 29.890 Patacas, mais 2,7%, em termos anuais.
Os “bancos” empregavam 7.055 trabalhadores a tempo completo (+1,0%, em termos anuais) e a remuneração média cifrou-se em 30.480 Patacas (+2,9%). Na “outra intermediação financeira” existiam 246 trabalhadores a tempo completo (-0,8%, em termos anuais), cuja remuneração média foi de 25.230 Patacas (-9,2%).
Nos “seguros” laboravam 740 trabalhadores a tempo completo, mais 10,8%, em termos anuais e a remuneração média fixou-se em 30.780 Patacas, subindo 1,9%.
As “actividades auxiliares de intermediação financeira” empregavam 251 trabalhadores a tempo completo, menos 14,9%, em termos anuais, destacando-se que o número de trabalhadores a tempo completo nas casas de câmbio diminuiu 21,0%. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo correspondeu a 15.300 Patacas, aumentando ligeiramente 0,8%, em termos anuais.
No fim do primeiro trimestre do corrente ano havia 347 vagas no sector das actividades financeiras, mais 73, face ao fim do primeiro trimestre de 2021. Destaca-se que 287 daquelas vagas pertenciam aos “bancos” e 32 aos “seguros”, mais 58 e 9, respectivamente, em termos anuais. Em relação aos requisitos de recrutamento, o domínio do mandarim e o do inglês eram requeridos em mais de 90% das vagas do sector das actividades financeiras. A experiência profissional e o ensino superior eram exigidos em 56,4% e 98,6% das vagas dos “bancos”, respectivamente. O ensino superior era requerido em 100,0% e 68,8% das vagas da “outra intermediação financeira” e dos “seguros”, respectivamente.
Durante o primeiro trimestre deste ano, nos “bancos” o número de trabalhadores recrutados e o de trabalhadores que deixaram o emprego corresponderam a 159 e 175, respectivamente. A taxa de recrutamento de trabalhadores (2,3%), a taxa de rotatividade de trabalhadores (2,5%) e a taxa de vagas (3,9%) subiram: 0,1; 0,4 e 0,7 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Estes indicadores revelam que o número de vagas a serem preenchidas nos “bancos” durante o trimestre em análise ainda era relativamente elevado.
No sector das actividades financeiras, 10.017 participantes frequentaram cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos) durante o primeiro trimestre do corrente ano, correspondendo a um aumento de 6,4%, em termos anuais. Refira-se que nos “bancos” havia 9.647 participantes em cursos de formação e que a maioria destes formandos (85,4%) frequentou cursos de “comércio e gestão”, seguindo-se os formandos dos cursos de “tecnologia informática” (8,6%). Além disso, 62,1% dos formandos dos “bancos” participaram em cursos fora das horas de expediente. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 90% dos formandos do sector das actividades financeiras foram pagos pelos próprios estabelecimentos.