A Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou anunciou na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que a partir de 30 de Maio de 2022 o Programa de isenção de restrições de entrada para os trabalhadores domésticos estrangeiros é alargado a todas as nacionalidades. Os procedimentos em vigor mantêm-se inalterados. (ver Orientações de Prevenção Epidemiológica/ Publico/Orientações sobre o pedido de isenção de restrições de entrada para os trabalhadores domésticos estrangeiros na página electrónica especial contra epidemia).
No âmbito deste programa até ao dia 26 de Maio foram registados 38 pedidos, 23 foram autorizados; 13 foram rejeitados e dois (2) foram cancelados pelos interessados.
A Dr.ª Leong Iek Hou também anunciou, ainda, a decisão do Governo em levantar Restrições de entrada para os cônjuges e filhos menores dos residentes apesar de se manter a obrigatoriedade do isolamento centralizado e observação médica após a entrada em Macau (ver o comunicado https://www.gcs.gov.mo/detail/pt/N22EZWsqgd?1 )
Na sequência das perguntas colocadas pelos jornalistas a Dr.ª Leong Iek Hou explicou que a administração da 4.ª dose contra a COVID-19, visa essencialmente reduzir a incidência de doenças graves e mortais e não há uma relação absoluta com as medidas das restrições de entrada. As pessoas que podem administrar a 3ª dose devem-no fazer o mais rapidamente possível. Dados disponíveis em diversas regiões, indicam que nas áreas onde foi já administrada a 4ª dose e onde ocorreram surtos epidémicos as regiões, ou estão completamente abertas à normalidade, ou não existem medidas de prevenção da epidemia. Perante a actual situação actual em Macau, não há uma necessidade urgente da implementação da inoculação da 4.ª dose. Com a obtenção de mais dados científicos será decidido quais os grupos que necessitam de ser vacinados com a segunda dose de reforço.
Quanto à possibilidade dos alunos administrarem a 3.ª dose (vacina de reforço), a Dr.ª Leong Iek Hou afirmou que a recomendação actual é que as pessoas com idade igual ou superior a 18 anos que completaram o esquema vacinal primário com a vacina contra a COVID-19 (duas doses), há mais de 6 meses, devem administrar a 3.ª dose, o que deixa de fora os alunos.
Sobre a administração da vacina de mRNA para crianças com idade compreendida entre os 5 e os 11 anos de idade, a Dr.ª Leong Iek Hou informou que há 337 crianças incritas para administrar a vacina das quais 86 já foram vacinadas. Não houve até ao momento registo de casos adversos após a vacinação.
Sobre possibilidade de redução do período de observação médica a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC adiantou que algumas cidades do Interior da China estão a implementar, numa fase experimental, as medidas de 10 dias de observação médica em hotel mais sete (7) dias de auto-isolamento no domicílio. Os Serviços de Saúde estão a verificar a eficácia destas medidas e vão estudar a sua viabilidade com base em dados relevantes.
Na Conferencia de imprensa, o Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Jovens da DSEDJ Chan Iok Wai, explicou que nas últimas semanas a Direcção dos Serviços de Educaçãoe deDesenvolvimentodaJuventude, em conjunto com os Serviços de Saúde, a Direcção dos Serviços de Turismo, a Autoridade de Aviação Civil e os Serviços de Polícia Unitários têm vindo a estudar diversas possibilidades e negociado com os serviços relevantes do Interior da China, a disponibilização de voos especiais de modo ajudar os estudantes, que se encontram em Xangai, a regressar a Macau. Mais de 200 alunos manifestaram interesse em regressar, mas até ao momento, só cerca de 100 alunos é que efectuaram a inscrição para regressar a Macau no dia 1 de Junho através de voos directos. Estão em curso, as operações de reserva de bilhetes dos voos. A DSEDJ tem contactado com diferentes departamentos para implementar os detalhes do regresso dos alunos a Macau.
O Dr. Chan Iok Wai também, explicou que a DSEDJ tem estado em contacto com as autoridades e instituições do Interior da China, de modo a agilizar todos os procedimentos, em particular o transporte, a realização do teste de ácido nucleico e check-out dos dormitórios. O Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Jovens da DSEDJ agradeceu à Air Macau os voos de ajuda dos estudantes e residentes com necessidade urgente de regresso a Macau.
A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou relatou o número de pessoas em hotéis deobservação médica e as situações relevantes das pessoas em hotéisde observação médica especializados.
O Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai. relatou a situação de entrada e saída na semana passada.
Por 228 dias consecutivos não foram registados casos confirmados em Macau.
Actualmente, em Macau cumulativamente foram diagnosticados 83 casos de COVID-19 e 82 casos já tiveram alta hospitalar, não foi registado qualquer caso de infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Foram, também, diagnosticados 143 casos de infecção assintomática, todos casos importados do exterior, entre os quais, 8 pessoas estão ainda em isolamento, 135 pessoas estão em isolamento no período de convalescença ou acabaram o período de isolamento. No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há um (1) caso diagnosticado, oito (8) casos de infecção assintomática, três (3) casos de recaída, bem como sete (7) contactos próximos.
Vacinação: Até às 16h00 de 26 de Maio, foram administradas 1.403.114 doses da vacina. Existem 607.927 pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina, das quais há 33.006 com a primeira dose da vacina, 318.338 pessoas e 256.533 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente. Nas últimas 24 horas, foram registados três (3) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, os três casos são relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até à data houve 5.142 notificações de eventos adversos, incluindo 5.128 ligeiros, catorze (14) graves.
Testes de ácido nucleico: foram testadas em Macau 16.845 pessoas no dia 25 de Maio de 2022.
Observação médica: Por 7 dias consecutivos entre 19 e 25 de Maio de 2022 mais 358 pessoas foram submetidas a observação médica. Até ao dia 19 de Maio de 2022, o número acumulado de pessoas submetidas a observação médica era de 63.994. Actualmente, há ainda 668 pessoas que se encontram submetidas a observação médica em hotéis designados.
Na conferencia de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus foi ainda abordado o eventual impacto do vírus da varíola dos macacos em Macau, tendo a Dr.ª Leong Iek Hou explicado que a varíola dos macacos é uma doença zoonótica e o vírus foi isolado em macacos em 1958, daí o nome vírus da varíola dos macacos.
A Chefe da Divisão do CDC explicou que os principais hospedeiros do vírus são roedores, como esquilos e coelhos e que o vírus pertencente à família Orthopoxvirida, possuindo manifestações clínicas semelhantes às da varíola. As pessoas infectadas começam com um eritema generalizado ou erupção cutânea, e posteriormente evoluem para uma erupção cutânea no tronco, face, palmas das mãos e solas dos pés, que então desenvolve abcessos e crostas. Relativamente aos meios de transmissão e patogenicidade clínica, a varíola e a varíola dos macacos são diferentes. A varíola é transmitida através do tracto respiratório e a velocidade é bastante rápida. No caso da varíola dos macacos a transmissão ocorre quando há contacto com as secreções ou sangue de animais infectados. A transmissão entre humanos ocorre principalmente, devido ao contacto com sangue ou secreções de pessoas infectadas, mas limitando-se à transmissão de humano para humano. Ou seja, a transmissão entre homens da varíola dos macacos é menos eficiente do que a varíola.
Importa salientar que a varíola dos macacos é autolimitada em cerca de 10 a 20 dias. Não existem medicamentos específicos para o tratamento médico da varíola do macaco. O tratamento é efectuado principalmente com medicamentos antivirais ou terapia de suporte.
Na sequência do diagnóstico de mais de 200 casos de varíola dos macacos na Europa e nas Américas, os Serviços de Saúde estão monitorizar de forma estreita se o vírus sofrerá mutação ou aumentará a sua infecciosidade, Estão a ser preparadas directrizes de monitorização para instituições médicas e médicos de modo a que caso seja detectada alguma situação ela seja isolada e imediatamente notificada às autoridades. A população deve evitar o contacto com macacos, roedores e outros animais provenientes da África de modo a prevenir a varíola.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) identificou inicialmente que homens que têm relações sexuais casuais ou com múltiplos parceiros como sendo pessoas de alto risco. Recomendam que estas pessoas e aqueles que têm contacto próximo com eles, especialmente contacto sexual, para estarem atentos aos sintomas da varíola dos macacos. Qualquer pessoa com sintomas suspeitos deve procurar cuidados médicos imediatos e evitar actividade sexual ou contacto próximo com outras pessoas. Uma vez que o vírus da varíola dos macacos transmite-se por contacto, especialmente por secreções e fluidos corporais a entrada de estrangeiros em Macau não aumentará o risco.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Jovens da DSEDJ, Dr. Chan Iok Wai; a Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou; a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou e o Chefe da Divisão de Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Lei Tak Fai.