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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 1º trimestre de 2022


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao primeiro trimestre de 2022. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, as “creches” e os “serviços de idosos”.

O número de trabalhadores de alguns ramos de actividade económica diminuiu em termos anuais, por causa da situação pandémica. No fim do primeiro trimestre de 2022 laboravam nos “hotéis” 47.355 trabalhadores a tempo completo, menos 4,7%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2021. Em Março deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores cifrou-se em 19.240 Patacas, mais 4,8%, em termos anuais, devido à situação dos trabalhadores com licenças sem vencimento ter melhorado em termos homólogos nalguns hotéis e à diminuição de trabalhadores que tinham remunerações relativamente baixas.

Os “restaurantes e similares” empregavam 22.885 trabalhadores a tempo completo (-4,3%, em termos anuais). A remuneração média foi de 9.750 Patacas, mais 1,6%, face ao primeiro trimestre de 2021, contudo, menos 6,5% quando comparado com o mesmo trimestre de 2019 (antes da pandemia).

Nas “indústrias transformadoras” laboravam 8.024 trabalhadores a tempo completo (-6,0%, em termos anuais), que tinham uma remuneração média de 12.080 Patacas (+2,1%). Havia na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.085 trabalhadores a tempo completo, descendo 1,5%, em termos anuais e a remuneração média foi de 30.550 Patacas, menos 6,4%, devido aos trabalhadores de alguns estabelecimentos terem obtido mais remunerações relativas a trabalho extraordinário no mesmo trimestre do ano passado.

Nas “creches” existiam 1.537 trabalhadores a tempo completo (+1,0%, em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 16.390 Patacas (-0,4%). Havia nos “serviços de idosos” 1.249 trabalhadores a tempo completo (+9,6%, em termos anuais), cuja remuneração média se fixou em 16.040 Patacas (+1,2%).

No fim do primeiro trimestre deste ano as vagas nos “restaurantes e similares” (1.157) aumentaram 49, em termos anuais, contudo, as vagas nos “hotéis” (545) e nas “indústrias transformadoras” (300) diminuíram 81 e 236, respectivamente. Por seu turno, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era requerido em 45,3% das vagas dos "Hotéis", o domínio do mandarim e o do inglês foram exigidos em 85,3% e 59,1% das vagas deste ramo, respectivamente.

Durante o trimestre de referência, nos “hotéis” a taxa de vagas (1,1%) diminuiu ligeiramente 0,1 pontos percentuais, em termos anuais. A taxa de recrutamento de trabalhadores (2,9%) aumentou 0,5 pontos percentuais, o que traduz o preenchimento de algumas vagas neste ramo de actividade económica. Nos “restaurantes e similares” a taxa de vagas (4,8%), a taxa de rotatividade (7,2%) e a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,9%) aumentaram 0,4, 0,9 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente. Tal indica a existência de vagas a serem preenchidas neste ramo de actividade económica.

Nos ramos de actividade económica inquiridos, 344.524 participantes frequentaram cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos) durante o primeiro trimestre deste ano, mais 19,4%, em termos anuais. Refira-se que 339.642 formandos (+19,3%, em termos anuais) dos “hotéis” participaram em 3.199 cursos de formação. A maioria destes formandos (47,4%) frequentou cursos de “serviços”, seguindo-se os formandos dos cursos de “comércio e gestão” (42,9%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” frequentou os cursos nas horas de expediente. No que concerne ao pagamento de formação, os estabelecimentos dos ramos de actividade económica dos "hotéis" e dos "restaurantes e similares" pagaram 99,6% e 89,4% dos encargos dos formandos, respectivamente.