O Médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), Dr. Tai Wa Hou, anunciou na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que a partir de sexta-feira, 3 de Junho, quatro instituições de teste de ácidos nucleicos em Macau vão baixar o preço do teste de ácido nucleico para 55 patacas.
Os locais onde essa situação será implementada serão os postos de teste de ácido nucleico localizados no:
- Posto Fronteiriço de Qingmao (Nam Yue);
- Posto fronteiriço de Hengqin (Nam Yue);
- Fórum de Macau ( Kuo Kim) e;
- Terminal Marítimo de Passageiros Pac On (Kuo Kim);
- Hospital Kiang Wu;
- Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
A partir das 9h00 horas da amanhã de sexta-feira (dia 3) as taxas serão reduzidas. Os residentes que já tenham efectuado a marcação e pago o valor online serão reembolsados da diferença.
(NOTA: Após a conferência de imprensa, os Serviços de Saúde foram notificados pela Nam Yue group FAOM (Campo dos Operários) que este posto de Teste também irá baixar as taxas do teste do ácido nucleico para 55 patacas.)
Sobre a possibilidade de redução do custo de teste de ácido nucleico nos hotéis de observação médica, o médico adjunto do CHCSJ afirmou que, as pessoas que estão alojadas nos hotéis de observação médica são sujeitos a um teste de amostra única, situação diferente do método - amostra mista – usado no teste de ácido nucleico na comunidade (que contêm dez amostras ou vinte amostras). Os custos por amostra única, os recursos humanos envolvidos, equipamentos de protecção são relativamente elevados, porém, o Dr. Tai Wa Hou salientou que ainda existe uma margem de redução das despesas afectas a este tipo de testes pelo que serão mantidos contactos com as empresas de teste para que haja uma redução dos preços.
O Dr. Tai Wa Hou revelou ainda que está, ainda, a ser analisado o pedido de licenciamento apresentado por uma nova instituição de testes. O processo poderá estar concluído ainda durante o mês de Junho. Esta empresa terá de proceder a trabalhos preparativos na área de local de recolha de amostras e local de laboratório pelo que há a possibilidade que entrem em funcionamento até ao fim do mês o que poderá possibilitar a reduzir, ainda mais, os custos do teste. O médico-adjunto Tai fez notar que, no curto prazo, Macau não vai ajustar a frequência de diversos programas de teste de ácido nucleico destinados aos grupos-chave (incluindo os tripulantes), entretanto serão estudadas experiências das diferentes regiões ou efectuar a substituição do teste de ácido nucleico por testes de antigénio em algumas situações.
Sobre a actual situação do pedido de isenção de restrições de entrada para os trabalhadores domésticos estrangeiros, o Dr. Tai Wa Hou divulgou que até às 13h00 do dia 2 de Junho, tinham sido registados 63 pedidos, 34 foram autorizados; 23 foram rejeitados por não atender aos requisitos e três (3) pedidos foram cancelados pelos interessados.
Quanto à situação do pedido para entrada para os cônjuges e filhos menores dos residentes, as respectivas medidas só começaram a ser aplicadas no dia 30 de Maio, e até 3 de Junho tinham sido recebidos 31 pedidos que estão a ser avaliados.
Quando questionado sobre o acompanhamento clínico das cerca de 80 pessoas que já tiveram alta após terem sido infectadas pela COVID-19 , o Dr Tai Wa Hou afirmou que periodicamente a situação destas pessoas tem sido acompanhada, a maioria das pessoas está em boas condições após a alta hospitalar, e alguns tiveram recaídas, mas de acordo com os respectivos critérios, elas não são contagiosas e não houve necessidade de se proceder a um tratamento posterior, nem houve casos com complicações graves ou situações imprevistas. Todos os dados de rastreio são calculados, periodicamente, e anunciados em tempo útil.
Até quinta-feira, 2 de Junho 2022,por 236 dias consecutivos não foram registados casos confirmados em Macau. Cumulativamente foram diagnosticados em Macau 83 casos de COVID-19 e 82 casos já tiveram alta hospitalar, não foi registado qualquer caso de infecção entre os profissionais de saúde nem há registo de casos mortais. Foram, também, diagnosticados 151 casos de infecção assintomática, todos casos importados do exterior, entre os quais, 5 pessoas ainda estão em isolamento, 146 pessoas estão em isolamento no período de convalescença ou acabaram o período de isolamento.
No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há, um (1) caso diagnosticado, cinco (5) casos de infecção assintomática, sete (7) caso de recaída, bem como catorze (14) contactos próximos ou encontram-se em observação médica.
Vacinação: Até às 16h00 de 2 de Junho, foram administradas 1.415.582 doses da vacina. Existem 609.772 pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina, das quais há 30.985 com a primeira dose da vacina, 314.490 pessoas e 264.297 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente.
Eventos Adversos:Nas últimas 24 horas, foram registados dois (2) eventos adversos ligeiros relativos à vacina inactivada da Sinopharm. Desde o início da vacinação até à data houve 5.172 notificações de eventos adversos, incluindo 5.178 ligeiros, catorze (14) graves.
Testes de ácido nucleico: foram testadas em Macau 22.530 pessoas no dia 1 de Junho de 2022.
Observação médica: Por 7 dias consecutivos entre 25 de Maio e 1 de Junho de 2022 mais 516 pessoas foram submetidas a observação médica. Até ao dia 1 de Junho de 2022, o número acumulado de pessoas submetidas a observação médica era de 64.507 Actualmente, há ainda 870 pessoas que se encontram submetidas a observação médica em hotéis designados.
A Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi relatou o número de pessoas em hotéis de observação médica e as situações relevantes das pessoas em hotéis de observação médica especializados.
O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Ma Chio Hong relatou a situação de entrada e saída na semana passada.
A conferencia de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus serviu ainda para esclarecer as medidas que estão a ser implementadas em Macau decorrente dos surtos do vírus da varíola dos macacos em varias zonas do mundo. O dr. Tai Wa Hou explicou que as autoridades sanitárias estão monitorizar a evolução epidémica desta doença preparando directrizes sobre o diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos, contacto com fornecedores sobre aquisição de vacinas e medicamentos contra esta doença. Durante os próximos dias as autoridades sanitárias irão desenvolver várias acções incluindo início da alteração à lei das doenças transmissíveis em resposta à situação actual desta doença, mas tendo em consideração os processos legislativos do Governo da RAEM. A proposta de alteração à Lei não pode ser submetido, imediatamente, à Assembleia Legislativa.
O vírus da varíola dos macacos é um vírus conhecido, que foi descoberto e confirmado em 1958. Os cientistas já estudaram e monitorizaram, de forma estreita, os casos de infecção por esta doença. O vírus da varíola dos macacos é estável e é um maior vírus de DNA; comparativamente ao vírus de RNA, como o novo coronavírus ou vírus influenza, a mutação é mais lenta, com um melhor sistema de detecção e de reparação na mutação, ou seja, é menos provável que o vírus da varíola dos macacos sofra mutações rápidas, resultando em maior taxa de transmissão ou alta variabilidade dos seres humanos.
É importante referir que um significativa parte de residentes de Macau são portadores de imunidade, uma vez que o vírus da varíola dos macacos, o vírus da varíola e o vírus vaccinia pertencem ao mesmo grupo de vírus e estão intimamente relacionados.
Macau há alguns anos teve uma grande campanha contra a varíola. A vacinação foi suspensa em 1980, pelo que a maioria dos indivíduos com mais de 40 anos já está vacinado contra a varíola.
Os dados estatísticos também revelam que a vacina contra a varíola tem aproximadamente 85% de protecção contra a varíola dos macacos e a imunidade é durável.
As autoridades de Macau estão atentas à evolução epidémica do vírus da varíola dos macacos que está a ocorrer a nível mundial.
O risco de propagação desta doença em Macau não é elevado, mas é necessário estar atento. Os Serviços de Saúde têm dado grande importância estreita à evolução epidémica e mantêm-se vigilantes.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi; o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong.