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32.º Festival de Artes de Macau transcende as barreiras espaciais para alargar os horizontes artísticos do público

Homem Livre do Sul

Organizado pelo Instituto Cultural (IC) sob o tema principal “Revigorar”, o 32.º Festival de Artes de Macau (FAM) terminou recentemente com excelentes resultados, demonstrados pela percentagem geral de emissão de bilhetes de cerca de 90%, graças à promoção feita nas plataformas digitais, onde se registou um total aproximado de 6,6 milhões de público alcançado.

Com o intuito de alargar os horizontes artísticos do público e de ultrapassar as barreiras espaciais impostas pela situação pandémica, o FAM deste ano promoveu, pela primeira vez, a iniciativa “Projecções Seleccionadas de Espectáculos Internacionais”, em que a exibição, por meio de projecção no grande ecrã, de quatro grandes produções internacionais em Macau teve uma adesão bastante positiva por parte do público, com sessões a registarem uma lotação praticamente esgotada. Para permitir que diferentes grupos de população possam estar em contacto com a arte, o 32º FAM também teve o cuidado de seleccionar uma série de actividades, englobando dança, teatro e actividades infantis, e convidou estudantes, associações e indivíduos portadores de deficiência a sentirem em conjunto a beleza da arte. No mesmo âmbito de levar a arte a diferentes tipos de público, a edição deste ano estabeleceu, nas instituições de ensino superior e estâncias turísticas, pontos fixos de divulgação e venda de bilhetes, além de ter desenvolvido uma grande variedade de actividades extra, desde workshops, palestras e visitas aos bastidores, excursões comunitárias, entregas ao domicílio de arte e comida deliciosa, uma actividade no âmbito de “F’art for U” e serviços de acessibilidade nas artes, entre outras. O objectivo passa por criar uma sociedade inclusiva e sobretudo introduzir a arte e a cultura na rotina diária da população comum. Em termos globais, o programa principal e as actividades extras do 32.º FAM registaram a participação presencial de cerca de 30 mil pessoas. Por fim, nesta edição, a entidade organizadora aproveitou, de forma dinâmica, as plataformas dos novos media, para reforçar o contacto com o público, sendo criados vários jogos baseados nos diferentes temas do programa, para associar o conteúdo deste com os episódios engraçados da vida dos participantes, assim formando uma intimidade entre as partes num contexto cultural e artístico. Os jogos temáticos, realizados online, atraíram a interacção de cerca de 9 mil pessoas.

Depois de ter implementado o sistema de aquisição de bilhetes totalmente electrónico para o dia de abertura das bilheteiras no ano passado, nesta edição, os bilhetes foram disponibilizados à venda, no primeiro dia, simultaneamente nos postos físicos, por telefone e por serviço de reserva online, proporcionando aos residentes e turistas locais e da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau condições mais fáceis de compra dos bilhetes para espectáculos do seu interesse. No que toca à divulgação e promoção, este ano, o FAM, ao aproveitar os meios locais e da Grande Baía para publicar informações, procurou fomentar a sua popularidade e atrair a presença de públicos exteriores para Macau, no sentido de estes assistirem aos espectáculos programados, a fim de contribuir para o desenvolvimento de uma Grande Baía cultural, através dos recursos culturais privilegiados de que Macau dispõe.

Ao longo dos tempos, a organização tem-se esforçado na promoção do desenvolvimento dos grupos artísticos locais e na consolidação da cooperação e do intercâmbio com artistas de outras regiões. Como resultado, esta edição do FAM contou com a colaboração de vários grupos artísticos, locais e exteriores, apresentando um programa especial. O programa foi composto pelo espectáculo de abertura Homem Livre do Sul, apresentado pela BeijingDance/LDTX. Outros espectáculos se seguiram, como O Fantasma de Liaozhai, apresentado pela Associação de Ópera Cantonense Zhen Hua Sing; Lorcha di Amor (Cruzeiro do Amor), do Grupo de Teatro Dóci Papiaçám di Macau; Carlos I, pelo grupo de teatro Cai Fora; As Figuras Desaparecidas, da Associação de Arte e Cultura Comuna de Pedra; Mais Vasto que o Oceano, apresentada por Stella e Artistas; Nove Paisagens Sonoras, pelo Grupo de Teatro Experimental de “Pequena Cidade”; e A Caixinha de Tesouros da Avó, apresentada por Mika Lee. O espectáculo de encerramento contou com Liza Wang com a Orquestra Chinesa de Macau. Realizaram-se ainda: Cine-concerto Der Rosenkavalier, apresentado pela Orquestra de Macau; Doodle POP, da Cultura do Grande Barco; e A História de Kong Yiji, da Associação de Artes Pequena Montanha. Houve também um espectáculo de artes, Mostra de Espectáculos ao Ar Livre, que contou com a participação conjunta da Associação de Artes Aéreas, de Kathine Cheong, da Macau Space for Dance Idea e da Casa de Portugal em Macau. Além disso, teve igualmente lugar este ano a exposição “Imaginação Selvagem: Arte a Tinta Contemporânea em Guangdong–Hong Kong–Macau de 2000 a 2022”, que está patente até 19 de Junho no Museu de Arte de Macau, pelo que os interessados não devem perder as últimas oportunidades de visitar.

O 32.º Festival de Artes de Macau teve o sólido apoio à realização da Direcção dos Serviços de Turismo, TDM — Teledifusão de Macau, S.A., da Air Macau e da MGM China. Para o efeito de divulgação e promoção ampla, o FAM contou ainda com a parceria de várias entidades bancárias, de gestão de cartões de crédito e de comunicação social. No futuro, o IC irá procurar fomentar a colaboração com as cidades da Grande Baía na organização das suas iniciativas culturais e artísticas, por forma a beneficiar resultados mais frutíferos a nível do intercâmbio cultural, dar a conhecer a originalidade e diversidade da imagem cultural de Macau e estimular uma maior interacção e heterogeneidade cultural.

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