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Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho referente a Maio de 2022


Em Maio de 2022 o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 22,2%, face a Maio de 2021. Destaca-se que os volumes de negócios dos restaurantes chineses e dos restaurantes ocidentais diminuíram 30,6% e 28,6%, respectivamente. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados baixou 42,2%, em termos anuais. Realça-se que os volumes de negócios das mercadorias de armazéns e quinquilharias (-57,4%), do vestuário para adultos (-54,6%) e dos relógios e joalharia (-54,0%) desceram significativamente. Contudo, o volume de negócios dos supermercados (+9,8%) subiu, informam os Serviços de Estatística e Censos.

No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração cresceu 5,6%, face a Abril do corrente ano. Salienta-se que os volumes de negócios dos restaurantes chineses e dos restaurantes ocidentais ascenderam 10,9% e 10,5%, respectivamente. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês de Maio o volume de negócios dos retalhistas entrevistados aumentou 11,9%, em termos mensais. Realça-se que os volumes de negócios dos produtos cosméticos e de higiene (+31,1%) e dos relógios e joalharia (+23,1%) registaram os maiores acréscimos.

Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 78% dos proprietários entrevistados da restauração previram que o volume de negócios para Junho de 2022 caísse em termos mensais, destacando-se que as proporções dos proprietários dos restaurantes chineses, dos proprietários dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas, bem como dos proprietários dos restaurantes ocidentais atingiram 83%, 81% e 78%, respectivamente. Por seu turno, apenas 9% dos proprietários da restauração anteviram acréscimos mensais no volume de negócios para Junho. Relativamente ao comércio a retalho, metade dos retalhistas entrevistados previram que o volume de negócios para Junho descesse em termos mensais, realçando-se que as proporções dos vendedores de automóveis (64%), dos retalhistas de produtos cosméticos e de higiene (64%) e dos retalhistas de artigos de couro (60%) foram iguais ou superiores a 60%. Além disso, 23% dos retalhistas entrevistados anteviram acréscimos mensais no volume de negócios para Junho, salientando-se que a proporção dos supermercados (44%) foi a mais significativa.

Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (15,5) e o do ramo do comércio a retalho (36,5) foram ambos inferiores a 50, isto é, os proprietários da restauração e os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Junho de 2022 seria mais fraco do que o do mês em análise.

Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos pela inferência global. O desempenho dos negócios do mês em análise é reflectido através da variação entre o volume de negócios global do mês em análise, dado pelos comerciantes da amostra do inquérito, e o volume de negócios do mês de comparação, dado pelos mesmos comerciantes. O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.