O desempenho dos negócios tanto do ramo da restauração como do ramo do comércio a retalho foi afectado de modo evidente, na sequência do aparecimento de casos confirmados locais de pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus em meados de Junho. No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 34,1%, face a Junho de 2021. Destaca-se que os volumes de negócios dos restaurantes japoneses e coreanos, bem como dos restaurantes chineses diminuíram 42,1% e 40,1%, respectivamente. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados baixou 32,8%, em termos anuais. Realça-se que os volumes de negócios dos vendedores de automóveis (-55,7%), das mercadorias de armazéns e quinquilharias (-51,2%), do vestuário para adultos (-44,8%) e dos relógios e joalharia (-39,9%) registaram quedas significativas. Contudo, o volume de negócios dos supermercados (+28,1%) subiu, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 28,0%, face a Maio do corrente ano. Salienta-se que os volumes de negócios dos restaurantes japoneses e coreanos, dos restaurantes chineses, bem como dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas desceram 34,3%, 33,0% e 29,7%, respectivamente. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês de Junho o volume de negócios dos retalhistas entrevistados diminuiu 21,7%, em termos mensais. Realça-se que os volumes de negócios dos vendedores de automóveis (-40,0%), dos produtos cosméticos e de higiene (-31,5%) e das mercadorias de armazéns e quinquilharias (-30,8%) registaram os maiores decréscimos, enquanto que o volume de negócios dos supermercados (+23,4%) aumentou.
Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, os comerciantes não se manifestaram optimistas para o mês de Julho, devido ao contínuo impacto gerado pela pandemia, tendo 97% dos proprietários entrevistados da restauração previsto que o volume de negócios para Julho de 2022 caísse face a Junho. Destaca-se que todos os proprietários entrevistados quer dos restaurantes japoneses e coreanos, quer dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas previram decréscimos no volume de negócios para Julho. Por seu turno, cerca de 2% dos proprietários da restauração anteviram acréscimos mensais no volume de negócios para Julho. Relativamente ao comércio a retalho, 75% dos retalhistas entrevistados previram que o volume de negócios para Julho descesse em termos mensais, realçando-se que as proporções dos retalhistas das mercadorias de armazéns e quinquilharias (83%), dos retalhistas de relógios e joalharia (83%), dos vendedores de automóveis (82%) e dos retalhistas de artigos de couro (80%) foram iguais ou superiores a 80%. Além disso, 6% dos retalhistas entrevistados anteviram acréscimos mensais no volume de negócios para Julho, salientando-se que a proporção dos supermercados (44%) foi a mais significativa.
Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (2,5) e o do ramo do comércio a retalho (15,6) foram ambos inferiores a 50, isto é, os proprietários da restauração e os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Julho de 2022 seria mais fraco do que o do mês em análise.
Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos pela inferência global. O desempenho dos negócios do mês em análise é reflectido através da variação entre o volume de negócios global do mês em análise, dado pelos comerciantes da amostra do inquérito, e o volume de negócios do mês de comparação, dado pelos mesmos comerciantes. O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.