Desde Maio deste ano, a Organização Mundial da Saúde recebeu notificação de casos de varíola dos macacos em alguns países não endémicos da varíola dos macacos, incluindo alguns países na Europa, América do Norte, Austrália e Ásia. À medida que o número de casos da varíola dos macacos continua a aumentar de forma rápida e o número de países afectados está a aumentar, a Organização Mundial da Saúde declarou a varíola dos macacos uma emergência de saúde pública de interesse internacional, sendo que os Serviços de Saúde mais uma vez apelam aos cidadãos que sejam mais vigilantes sobre esta doença.
A varíola dos macacos é uma doença zoonótica causada pelo vírus da varíola dos macacos, que pertence à mesma família de ortopoxvirus, como a do vírus da varíola. A principal fonte de infecção são os roedores infectados com o vírus da varíola dos macacos, enquanto os primatas também (incluindo macacos, chimpanzés, humanos, etc.) se tornam uma fonte de infecção, após a infecção com o vírus.
A varíola dos macacos é transmitida aos seres humanos através do contacto próximo com pessoas ou animais infectados ou materiais contaminados com o vírus. É transmitida interpessoalmente através do contacto próximo com materiais contaminados tais como lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e roupa de cama.
Os casos mais recentes da varíola dos macacos em todo o mundo, têm sido associados aos actos homossexuais masculinos.
O período de incubação da varíola dos macacos é normalmente de 6 a 13 dias, mas pode ser de 5 a 21 dias. Os sintomas clínicos da varíola dos macacos podem ser ligeiros ou graves e incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios linfáticos inchados, arrepios e fadiga. A maioria dos doentes desenvolve erupção cutânea semelhante à varicela e recupera espontaneamente, entre 14 a 21 dias. A taxa de mortalidade nos países africanos é de cerca de 3 a 6%, com taxas mais elevadas em crianças, adolescentes e indivíduos imunocomprometidos. As pessoas vacinadas contra a varíola, são imunes à varíola dos macacos.
Com vista a prevenir a epidemia da varíola dos macacos, os Serviços de Saúde realizaram em Junho uma sessão de esclarecimento destinada ao pessoal médico e de enfermagem da linha de frente sobre a “Prevenção, diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos”, a fim de elevar os seus conhecimentos sobre esta doença. Ao mesmo tempo, a varíola dos macacos foi classificada como doença transmissível legal, tendo sido integrada na lista de doenças do grupo II, anexa à Lei n.º 2/2004 (Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis). Simultaneamente, os Serviços de Saúde encontram-se a contactar activamente o fabricante da vacina para acompanhar o trabalho de aquisição da vacina contra a varíola dos macacos.
Os Serviços de Saúde lembram aos cidadãos que evitem o contacto com animais como macacos e roedores da África, devendo prestar atenção ao acto sexual seguro e evitar acto sexual de alto risco, como a prática de acto sexual sem controlo e acto sexual com múltiplos parceiros.
Qualquer pessoa com suspeita de sintomas de varíola dos macacos deve procurar cuidados médicos imediatos e evitar actividade sexual ou contacto próximo com outras pessoas, até que a doença tenha sido eliminada ou, a infecção tenha desaparecido.
Pede-se também aos médicos e prestadores de cuidados de saúde em Macau que estejam vigilantes no tratamento dos doentes, especialmente os de áreas com elevada prevalência e que isolem e notifiquem atempadamente os casos suspeitos.
Para obter mais informações sobre a varíola dos macacos, a equipa médica pode navegar no conteúdo da curta-metragem da sessão de esclarecimento “Prevenção, diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos”, realizada pelos Serviços de Saúde em Junho, destinada à equipa médica da linha de frente (Ligação da curta-metragem: Informações de Doenças Transmissíveis –> Abstrato –> Orientações de Prevenção Epidemiológica –> Pessoal Médico e de Enfermagem https://www.ssm.gov.mo/docs/videos/ss/Monkeypox.mp4 ).