A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao segundo trimestre de 2022. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba os ramos de actividade económica: do “comércio por grosso e a retalho”; dos “transportes, armazenagem e comunicações”; das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria. Em termos gerais, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2022 baixou, dado que a situação pandémica ocorrida em meados de Junho provocou que nalguns ramos um grande número de trabalhadores ficaram em licença sem vencimento.
No fim do segundo trimestre de 2022 encontravam-se ao serviço 61.924 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, menos 2,1%, face ao fim do trimestre homólogo de 2021, realçando-se que 39.765 trabalhavam no “comércio a retalho”, mais 1,0%. Em Junho de 2022 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.990 Patacas, descendo 3,5%, em termos anuais.
Nos “transportes, armazenagem e comunicações” existiam 13.914 trabalhadores ao serviço, registando-se um acréscimo de 1,2%, em termos anuais. Em Junho de 2022 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 20.200 Patacas, caindo 4,0%, em termos anuais.
As “actividades de segurança” tinham 13.098 trabalhadores ao serviço, menos 1,4%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2022 foi de 12.750 Patacas, menos 1,1%, em termos anuais.
Nas “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” havia 967 trabalhadores ao serviço, mais 3,1%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 19.620 Patacas em Junho de 2022, equivalendo a uma subida de 3,0%, em termos anuais.
As vagas no “comércio a retalho” (1.381), nas “actividades de segurança” (1.184) e nos “transportes, armazenagem e comunicações” (484) desceram 384, 118 e 601, respectivamente, em termos anuais.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido em 84,2% das vagas das “actividades de segurança”. O ensino superior era requerido em 21,5% das vagas do “comércio por grosso” e 17,3% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 58,9% e 50,8% das vagas do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 84,5% e 42,0% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.
No ramo do “comércio a retalho” a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,2%) e a taxa de vagas (4,1%) caíram 1,1 e 1,0 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. No ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de recrutamento de trabalhadores (3,9%) e a taxa de vagas (3,8%) também caíram 0,3 e 4,2 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Isto indica um abrandamento da procura de mão-de-obra nestes ramos de actividade económica.
Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre em análise, 29.305 participantes frequentaram 1.326 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 43,1% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e 25,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos das “actividades de segurança” foi o mais elevado, isto é, 13.249, estes assistiram a 201 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de curso, observou-se que no ramo das “actividades de segurança” os cursos de “comércio e gestão” tiveram o maior número de formandos (38,1%), seguindo-se os formandos dos cursos de “serviços” (30,9%). No que concerne ao pagamento da formação, os encargos de mais de 90% dos formandos de todos os ramos que pertencem ao âmbito deste inquérito foram pagos pelos estabelecimentos.