O IPC Geral de Agosto de 2022 (103,77) aumentou 1,13%, face a Agosto de 2021. O aumento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos salários dos empregados domésticos e pelo crescimento dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; da gasolina; da electricidade e da fruta. Todavia, a diminuição das rendas de casa, bem como a redução dos preços dos serviços de telecomunicações e da carne de porco atenuaram parte do aumento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções dos equipamentos e serviços domésticos, assim como dos transportes aumentaram 12,35% e 5,94%, respectivamente, em termos anuais. Porém, o índice de preços da secção das comunicações baixou 10,18%. O IPC-A (103,46) e o IPC-B (104,17) subiram 0,79% e 1,59%, respectivamente, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o IPC Geral desceu 0,17%, face a Julho de 2022. Os índices de preços das secções dos transportes, bem como da habitação e combustíveis diminuíram 0,59% e 0,34%, respectivamente, em termos mensais, em virtude do decréscimo dos preços da gasolina e do gás de petróleo liquefeito, assim como da descida das rendas de casa. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas diminuiu 0,20%, em termos mensais, graças à redução dos preços do peixe fresco e dos produtos hortícolas. Por seu turno, o índice de preços dos equipamentos e serviços domésticos subiu 0,95%, em termos mensais, devido ao crescimento dos salários dos empregados domésticos. O IPC-A e o IPC-B baixaram 0,21% e 0,12%, respectivamente, em termos mensais.
O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, ascendeu 1,07%. Salienta-se que os índices de preços das secções dos equipamentos e serviços domésticos (+9,51%) e dos transportes (+6,87%) tiveram os crescimentos mais significativos. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,80% e 1,42%, respectivamente, face ao período anterior.
Nos oito primeiros meses do corrente ano, o IPC Geral médio cresceu 1,11%, em relação ao mesmo período do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, ascenderam 0,80% e 1,53%, respectivamente, face ao idêntico período do ano precedente.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 e 62.999 Patacas e o IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos.