Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, recebe economistas locais para auscultar opiniões e sugestões no âmbito da elaboração do relatório das Linhas de Acção Governativa para o ano financeiro 2023.
O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, teve, hoje (29 de Setembro), na Sede do Governo, um encontro com vários economistas locais para auscultar as opiniões e sugestões sobre a elaboração das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o ano financeiro de 2023, e trocar impressões sobre a recuperação económica, os apoios às pequenas e médias empresas, o alívio das dificuldades da população, a construção da Zona de Cooperação Aprofundada, a retoma das excursões turísticas e de vistos electrónicos do Interior da China, e o aumento de investimento nas infra-estruturas públicas.
O deputado, vice-reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (UCTM) e reitor da Escola de Pós-Graduação da UCTM, Pang Chuan, lembrou que, nos últimos anos, as receitas do jogo e o número de visitantes têm estado num nível baixo, o que constitui uma grande pressão sobre o governo e a população, recordando a necessidade do governo ter de recorrer à reserva financeira para fazer face à situação. Considerou que a recuperação do número de visitantes e a criação de mais de emprego são a chave para resolver o problema, por isso sugeriu que o governo da Região Administrativa Especial de Macau mantenha a comunicação com o Governo Central, com o objectivo de aumentar o número das excursões turísticas para Macau.
O presidente da Associação Económica de Macau, Lau Pun Lap, indicou que com o forte apoio do Governo Central, o governo da RAEM lançou uma série de políticas e medidas para dar resposta à pandemia, as quais têm produzido efeitos positivos. Relembrou que, recentemente, o vice-primeiro-ministro, Han Zheng, enfatizou o pleno apoio do Governo Central a Macau, e ainda trouxe factores positivos para o desenvolvimento futuro de Macau. Sugeriu que o governo recupere, a curto prazo, a confiança da sociedade no desenvolvimento de Macau, focando-se em atenuar as dificuldades da população e apoiar as PME, bem como clarificar os planos de desenvolvimento de Macau a médio e longo prazo, como por exemplo, os objectivos de desenvolvimento de indústrias emergentes e o calendário da construção das novas infra-estruturas.
Por sua vez, o vice-reitor da Universidade de Cidade de Macau e presidente do Instituto para a Investigação sobre os Países de Língua Portuguesa, Ip Kuai Peng, é da opinião de que o governo dever consolidar o papel de plataforma entre a China e os países de língua portuguesa, o qual será fulcral para a diversificação económica de Macau e também para o duplo ciclo económico interno e externo do País. Propôs ainda a articulação do papel de Macau como plataforma sino-portuguesa com o desenvolvimento da indústria financeira moderna, de modo a destacar as vantagens únicas de Macau.
Na mesma ocasião, o presidente do Instituto de Gestão de Macau e presidente da direcção da Associação de Estudo de Economia Política, Samuel Tong, o director do Gabinete de Estratégias e Planeamento da Universidade de Macau e presidente da direcção da Associação Económica de Macau, Lao Chi Ngai, o coordenador do Centro Pedagógico e Científico nas Áreas do Jogo e do Turismo da Uinversidade Politécnica de Macau,Wang Changbin, o director do Centro de Educação Contínua da Unversidade de Macau e professor da Faculdade de Gestão de Empresas da UM, Liu Ting Chi, o professor do Centro Pedagógico e Científico nas Áreas do Jogo e do Turismo da Uinversidade Politécnica de Macau, Zeng Zhonglu, o chefe associado do Departamento de Finanças e Economia Empresarial da Faculdade de Gestão de Empresas da UM e vice-presidente da Associação Económica de Macau, Lei Chun Kwok, apresentaram as respectivas opiniões sobre a recuperação económica, o alívio das dificuldades da população, o apoio às PME, a facilitação na passagem fronteiriça, a diversificação industrial, o reforço da promoção turística, a construção da Zona de Cooperação Aprofundada, o reforço de investimento nas obras públicas, as políticas de habitação e o Metro Ligeiro, entre outros temas.
O Chefe do Executivo começou por agradecer as opiniões e sugestões apresentadas e garantiu que serão estudadas com toda a seriedade, servindo de referência para as LAG do próximo ano financeiro. Ho Iat Seng frisou que o governo da RAEM vai continuar a proceder aos trabalhos da prevenção e controlo da pandemia, no cumprimento rigoroso das políticas do Governo Central. Prevê ainda o ajustamento e relaxamento gradual das medidas de entrada e saída, já que a situação pandémica está controlada e atenuada, acreditando que, no próximo ano, a economia de Macau fique estável.
Relativamente ao desenvolvimento saudável e ordenado dos sectores de turismo e entretenimento, o Chefe do Executivo salientou que a aprovação e entrada em vigor, este ano, da revisão da Lei n.º 16/2001 (Regime jurídico da exploração de jogos de fortuna ou azar em casino), a promulgação dos despachos do Chefe do Executivo que fixam o limite máximo do número total de mesas de jogo e de máquinas de jogo e o limite mínimo anual das receitas brutas de cada mesa de jogo e de cada máquina de jogo, como o procedimento ordenado do concurso público para a atribuição de concessões para a exploração de jogos, cujos critérios exigem a expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros e o desenvolvimento dos elementos não jogos, reflectem o empenho do governo em promover o desenvolvimento saudável dos sectores de turismo e entretenimento, o que contribue para a diversificação da economia local e cria espaço para o desenvolvimento das PME, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a longo prazo de Macau.
Estiveram presentes no encontro, o director-geral dos Serviços de Alfândega, Vong Man Chong, e o director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Cheong Chok Man.
