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Índice de preços no consumidor (IPC) referente a Setembro de 2022


O IPC Geral de Setembro de 2022 (103,97) aumentou 1,12%, face a Setembro de 2021. O aumento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos salários dos empregados domésticos e das propinas escolares, assim como pelo crescimento dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; da gasolina e da fruta. Todavia, a diminuição das rendas de casa, dos preços dos serviços de telecomunicações e dos preços da carne de porco atenuaram parte do aumento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções dos equipamentos e serviços domésticos, assim como da educação aumentaram 13,17% e 10,12%, respectivamente, em termos anuais. Porém, o índice de preços da secção das comunicações baixou 10,07%. O IPC-A (103,58) e o IPC-B (104,48) subiram 0,77% e 1,60%, respectivamente, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.

No mês em análise o IPC Geral subiu 0,19%, face a Agosto de 2022. Os índices de preços das secções da educação, bem como dos equipamentos e serviços domésticos aumentaram 9,89% e 2,24%, respectivamente, em termos mensais, em virtude do crescimento das propinas escolares do novo ano lectivo e dos salários dos empregados domésticos. Por seu turno, os índices de preços das secções do vestuário e calçado, dos transportes, assim como da habitação e combustíveis diminuíram 0,60%, 0,49% e 0,25%, respectivamente, em termos mensais. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas desceu ligeiramente 0,04%, em termos mensais, dado que a queda dos preços do peixe fresco, dos produtos do mar frescos e da fruta compensou o impacto causado pelo acréscimo dos preços das refeições adquiridas fora de casa. O IPC-A e o IPC-B cresceram 0,12% e 0,29%, respectivamente, em termos mensais.

O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, ascendeu 1,09%. Salienta-se que os índices de preços das secções dos equipamentos e serviços domésticos (+10,18%) e dos transportes (+6,63%) tiveram os crescimentos mais significativos. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,81% e 1,47%, respectivamente, face ao período anterior.

No terceiro trimestre de 2022 o IPC Geral médio (103,90) cresceu 1,21%, face ao trimestre homólogo do ano anterior. O IPC-A (103,58) e o IPC-B (104,32), ambos índices médios, ascenderam 0,87% e 1,67%, respectivamente, face ao idêntico trimestre do ano precedente. Nos nove primeiros meses do corrente ano, o IPC Geral médio cresceu 1,11%, em relação ao mesmo período do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, ascenderam 0,79% e 1,53%, respectivamente, face ao idêntico período do ano precedente.

A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 Patacas e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 Patacas e 62.999 Patacas e o IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos.