O IPC Geral de Outubro de 2022 (103,88) aumentou 1,02%, face a Outubro de 2021. O aumento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos salários dos empregados domésticos e das propinas escolares, assim como pelo crescimento dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; da gasolina e da fruta. Todavia, a diminuição das rendas de casa e dos preços dos serviços de telecomunicações atenuaram parte do aumento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções dos equipamentos e serviços domésticos, assim como da educação aumentaram 12,70% e 10,02%, respectivamente, em termos anuais. Porém, o índice de preços da secção das comunicações baixou 9,28%. O IPC-A (103,49) e o IPC-B (104,41) subiram 0,66% e 1,50%, respectivamente, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o IPC Geral desceu 0,08%, face a Setembro de 2022. O índice de preços da secção dos transportes baixou 0,69%, em termos mensais, graças à queda das rendas dos lugares de estacionamento de alguns parques privados e à diminuição dos preços dos bilhetes de avião e da gasolina. O índice de preços da secção da habitação e combustíveis diminuiu 0,29%, em termos mensais, como consequência da quebra das rendas de casa e dos preços da electricidade. Por seu turno, o índice de preços da secção do vestuário e calçado subiu 1,09%, em termos mensais, devido ao lançamento do vestuário de Inverno. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas ascendeu 0,07%, em termos mensais, em virtude da subida dos preços das refeições adquiridas fora de casa e dos produtos hortícolas. O IPC-A e o IPC-B baixaram 0,09% e 0,07%, respectivamente, em termos mensais.
O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, ascendeu 1,10%. Salienta-se que os índices de preços das secções dos equipamentos e serviços domésticos (+10,87%) e dos transportes (+6,37%) tiveram os crescimentos mais significativos. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,80% e 1,50%, respectivamente, face ao período anterior.
Nos dez primeiros meses do corrente ano, o IPC Geral médio cresceu 1,10%, em relação ao mesmo período do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, ascenderam 0,78% e 1,53%, respectivamente, face ao idêntico período do ano precedente.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 Patacas e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 Patacas e 62.999 Patacas e o IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos.