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Terminado o pico de infecções estão-se a envidar todos os esforços para tratar os doentes graves


A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, afirmou, hoje (30 de Dezembro), estar convicta de que o pico de infecções em Macau já passou, com o número de indivíduos infectados a diminuir, e as autoridades concentram os esforços, neste momento, nos recursos hospitalares para tratar os doentes graves.

À margem de uma ocasião pública esta tarde, a secretária disse à comunicação social que, depois de analisadas as diversas informações, incluindo o número de declarantes na “Plataforma de autoavaliação e agendamento da consulta externa comunitária para os infectados com a COVID-19”, de infectados atendidos nas clínicas comunitárias e de indivíduos que utilizaram os serviços da linha de apoio para os infectados, concluiu-se que o pico de infecções foi registado entre os dias 21 e 23 de Dezembro, após os quais verificou-se uma tendência de descida do número de infectados. Indicou que a estimativa anterior para esta vaga de infecções, era de que 50 por cento a 80 por cento da população de Macau fosse infectada pela COVID-19, contudo, de acordo com os dados analisados, no momento, a percentagem de 80 por cento não foi atingida, sendo provável que o universo da população infectada esteja nos 50 por cento, neste momento.

Ao Ieong U afirmou que, presentemente, os indivíduos que declaram estar infectados por iniciativa própria são, principalmente, os que necessitam de atestado médico para apresentarem ao serviço e justificarem as faltas por doença, não havendo alguns dados referentes a idosos e a crianças, explicando que uma parte da população não sabe como declarar ou acha que não há necessidade, dando como exemplo o caso de um estudante que se encontre de férias, e, por essa razão, não foi possível calcular, de forma precisa, a taxa de infecção da COVID-19 em Macau. Relativamente aos indivíduos infectados que necessitam de atestado médico, esclareceu que há pessoas que pedem mais de uma vez, e que as autoridades de saúde divulgarão a informação, depois da respectiva agregação de dados. De acordo com os resultados de análise ao vírus, as variantes predominantes em Macau são a Ómicron BF.7 e BA.5, e a variante BA.5 ocupa uma proporção relativamente elevada.

A secretária apontou que, neste momento, a maioria dos infectados já se encontra recuperada ou em curso de recuperação, e os diferentes sectores retomaram aceleradamente o funcionamento normal. Contudo, indicou que os idosos e indivíduos com várias doenças crónicas são os que mais facilmente têm sintomas graves e Macau entrou, desde os dias 27 e 28 de Dezembro, no pico de infecções com sintomas graves. Garantiu que as autoridades de saúde estão a concentrar os recursos hospitalares para tratar os doentes graves, procurando constantemente a aumentar a capacidade de tratamento desses doentes com sintomas graves, como estão a par da evolução dos doentes graves e, ao mesmo tempo, atentos à situação de infecção dos estudantes do ensino não superior, depois do dia 9 de Janeiro de 2023, data do reinício das aulas.

No que diz respeito às medidas de prevenção epidémica para entrada em Macau e outras medidas da prevenção adoptadas no território, a secretária referiu que o governo está a rever, de forma abrangente e integrada, de modo a articular com o ajustamento das políticas correspondentes definidas pelo País. Relativamente às medidas referentes à passagem nas fronteiras com o Interior da China, Hong Kong, Região de Taiwan e países estrangeiros, adiantou que o governo está em contacto estreito com o Governo Central para que estas sejam aprovadas. Quanto à previsão efectuada num estudo universitário de que em meados e até finais do próximo mês, o número de infecções irá aumentar e poderá haver uma oscilação, a secretária adiantou que as autoridades de saúde continuarão a acompanhar de perto e com atenção a evolução da situação epidemiológica da COVID-19 no mundo, incluindo a mutação do vírus, a taxa de infecção e entre outras, esperando que a populaçãose prepare para possíveis picos periódicos da pandemia.

Por fim, a secretária indicou que um novo lote da vacina bivalente contra a COVID-19 já chegou a Macau, apelando-se aos cidadãos que aproveitem o tempo para completar a vacinação o mais breve possível. Aconselhou também os residentes, recentemente infectados, a completarem a vacinação três meses após a infecção. Relembrou ainda que a população deve continuar a usar máscaras e a manter uma boa higiene pessoal.

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