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Situação epidémica durante o período de transição


Na sequência da publicação pelo Estado, a 7 de Dezembro de 2022, da “Comunicação sobre a optimização e implementação das medidas de prevenção e controlo da epidemia causada pelo SARS-Cov-2” (os “dez princípios”), Macau entrou no dia 8 de Dezembro no período de transição. Para manter a estabilidade social e desenvolver todos os esforços para garantir a saúde e a segurança da vida da população, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) preparou, nos últimos dois meses, o plano de contingência, tendo iniciado os trabalhos de reserva estratégica de materiais, configuração do sistema, instalação de estabelecimentos, formação de pessoal, entre outros. Em articulação com a calendarização da implementação da respectiva política, o Governo da RAEM antecipou a distribuição gratuita aos residentes de cerca de 700 mil kits de apoio ao combate à epidemia, incluindo medicamentos antipiréticos e cápsulas de LianHua Qingwen, entre outros, a fim de estarem preparados atempadamente para o isolamento domiciliário.

Situação sobre os residentes infectados

Desde o início do período de transição até ao presente momento, no total, cerca de 2 000 pessoas foram internadas nas instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde. De acordo com as estimativas baseadas na vigilância epidemiológica, o período de aumento do número de casos de infecção em Macau teve início no dia 14 de Dezembro de 2022 e tendo atingido o seu pico por volta do dia 22 de Dezembro de 2022, altura em que o número de infectados começou a descer gradualmente. Em comparação com os grandes surtos ocorridos noutros países ou regiões, o período de pico em Macau foi relativamente curto. Até ao dia 4 de Janeiro de 2023, 250 mil pessoas declararam estar infectadas, representando cerca de 37% da população total de Macau em 2021. No entanto, este valor não inclui as pessoas que foram infectadas mas não efectuaram a respectiva declaração. Tomando como referência a actual situação cumulativa de infecção em vários grupos de pessoas em Macau, incluindo cerca de 70% dos trabalhadores das principais instituições médicas, mais de 50 a 60% dos estudantes do ensino não superior, 70% dos docentes, estima-se que a população infectada em Macau atinja cerca de 60% a 70% do total. É de salientar que o número da população infectada não é validado por dados completos, não reflectindo, assim, de forma fidedigna o número real de infectados.

Triagem dos infectados e prestação dos serviços adequados

O Governo da RAEM tem vindo a implementar, de forma ordenada e de acordo com o plano de contingência, o regime de gestão por categorias dos infectados, através da “Plataforma de auto-avaliação das pessoas com COVID-19 e de marcação de consulta externa comunitária”, os doentes são encaminhados para isolamento domiciliário, para marcação prévia de consulta externa comunitária, para o centro de tratamento comunitário ou para o Serviço de Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário através do transporte por ambulância, bem como são estabelecidos os serviços de consulta externa de medicina ocidental por via telefónica, de forma a permitir que a maioria dos doentes com sintomas ligeiros possa recuperar num ambiente mais confortável; Ao mesmo tempo, foi criada a linha aberta de apoio aos infectados com 60 linhas de atendimento e prestado apoio médico in loco para responder às consultas médicas, tendo sido atendidas, desde 14 de Dezembro de 2022 até à presente data, 39 mil chamadas, equivalente a uma média de mais de 2 mil chamadas por dia. Esta operação foi bem-sucedida. Por outro lado, para facilitar a vida aos residentes, foi disponibilizado o serviço de descarregamento online do atestado COVID-19, sendo que, até ao momento, o número de atestados COVID-19 ultrapassou os 240 mil.

Alocação geral de recursos médicos para tratamento de doentes

De acordo com os dados, durante o período da epidemia, o Serviço de Urgência registou, em média, cerca de 1 000 utentes por dia, e no período de pico, mais de 1 400 doentes, configurando um aumento para o dobro em comparação com o número registado nos dias normais. Todos os dias foram transportados mais de 400 doentes por ambulância para o Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, o que representa cinco vezes mais do que o número normal. Os Serviços de Saúde adoptaram várias medidas de optimização, entre as quais a suspensão dos serviços médicos não urgentes, a transformação do posto de teste de ácido nucleico do hospital em serviço especial de urgência, a criação de uma zona de observação da consulta externa de 24 horas e da consulta externa para os indivíduos com código vermelho, a abertura de vários enfermarias de isolamento temporário e a mobilização de todos os recursos médicos, bem como coordenaram vários departamentos para acelerar o transporte de doentes para instalações apropriadas de isolamento e tratamento, entre outras medidas, de forma a manter o funcionamento eficaz da prestação de serviços de emergência.

No que diz respeito à triagem de pessoas com COVID-19 de diferentes níveis, as 17 consultas externas comunitárias já atenderam, até ao momento, quase 42 mil utentes, com uma média diária de cerca de 2.000 utentes e um pico diário de cerca de 3.800 utentes, tendo contribuído eficazmente para a triagem de doentes e o alívio da pressão nos serviços de urgência de hospitais. Ao mesmo tempo, em coordenação com as instituições médicas privadas para atender às pessoas infectadas ou suspeitas de infecção com necessidade de consulta médica, foi reforçada a capacidade de colaboração e atenuada a procura de cuidados de saúde.

No âmbito dos serviços de internamento, o Governo da RAEM criou e acrescentou, conforme situações de emergência, aproximadamente 700 camas para tratamento em isolamento que satisfazem o padrão hospitalar, o que representa um aumento de cerca de 1,5 vezes em relação às 266 camas existentes para isolamento. Foram suspensos todos os serviços de cuidados de saúde não urgentes, acelerados os procedimentos de alta dos doentes em estado estável, estabelecido um mecanismo de monitorização do fluxo de enfermarias e de doentes, assim como mobilizados todos os recursos humanos dos Serviços de Saúde para concluir a missão de salvamento e tratamento. Actualmente, a taxa de ocupação de camas em instalações de isolamento é de cerca de 45%, destinadas aos utentes que recorreram por sua iniciativa aos postos de triagem dos Serviços de Saúde, bem como às pessoas infectadas transferidas por outras instituições médicas de Macau.

Situação de salvamento e tratamento

De acordo com a situação das pessoas que declararam estar infectadas, cumulativamente, cerca de 40% das pessoas infectadas recuperaram durante cinco (5) dias, e cerca de 73% recuperaram no período de sete (7) dias. Em conformidade com os dados, até ao presente momento, registaram-se 144 casos graves, de entre as pessoas infectadas, cerca de 85% podem ser tratadas com o “kit de apoio ao combate à epidemia” distribuído pelo Governo da RAEM durante o período de isolamento domiciliário. De acordo com a definição sobre as mortes por infecção pelo novo tipo de coronavírus no Interior da China e Singapura, as mortes por pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus e por insuficiência respiratória, são classificadas como mortes causadas por infecção pelo novo tipo de coronavírus. No período compreendido entre os dias 13 de Dezembro de 2022 e 4 de Janeiro de 2023, registaram-se 57 mortes por infecção pelo novo tipo de coronavírus, das quais, cerca de 90% têm mais de 70 anos de idade, cerca de 60% mais de 80 anos de idade, a maioria delas tinha antecedentes de doenças crónicas, e mais de 50% dos casos não foram vacinados contra a COVID-19.

Monitorização contínua da evolução da situação epidémica

No dia 26 de Dezembro de 2022, a Comissão Nacional de Saúde anunciou a alteração da denominação da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus para “infecção pelo novo tipo de coronavírus”, e que a partir de 8 de Janeiro de 2023, as pessoas infectadas deixarão de ser sujeitas às medidas de isolamento, não serão classificadas as pessoas de contacto próximo, e não serão delimitadas as zonas de alto e baixo risco. Com o termo do período de transição no dia 8 de Janeiro, o Centro de Coordenação continuará a acompanhar de perto a evolução da situação epidémica e a tomar medidas oportunas. Actualmente, a vacinação é a medida mais eficaz para reduzir os casos graves e as mortes, pelo que o Centro de Coordenação apela aos residentes para se vacinarem o mais rápido possível incluindo a dose de reforço, a fim de proteger a sua saúde.