O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, disse, hoje (12 de Janeiro), à comunicação social que o governo tem mantido uma comunicação estreita com os serviços competentes do Interior da China, e que a data exacta da retoma das excursões a Macau depende da situação epidemiológica das “quatro províncias e uma cidade”, sendo uma iniciativa de protecção da saúde da população de Macau, ou seja, após o pico da pandemia, acredita que o Interior da China irá autorizar, o mais rápido possível, as excursões a Macau.
O Chefe do Executivo referiu que, embora os residentes não precisem de teste de ácido nucleico para circular no país, continuam a existir alguns limites nas viagens para o exterior, sendo necessário manter postos de testes para responder às necessidades da população. Acrescentou que actualmente os indivíduos do Interior da China, Hong Kong e região de Taiwan, também podem deslocar-se a Macau, sem a necessidade da realização de teste de ácido nucleico para a passagem fronteiriça, desejando que esta medida possa contribuir para a recuperação económica local.
Ho Iat Seng indicou que o governo continua a proteger a saúde da população, através da vacinação e fornecimento de medicamentos, tendo já adquirido grande quantidade de vacinas bivalentes, desejando que os residentes adiram à vacinação da dose de reforço, activamente, a fim de proteger a própria saúde. Destacou ainda a continuidade das medidas de limite na aquisição de medicamentos, no sentido de assegurar as necessidades da população, frisando que estas medidas serão ajustadas quando o abastecimento de medicamentos for o suficiente.
O Chefe do Executivo disse que o governo seguiu as novas políticas nacionais no que se refere à não realização de testes de ácido nucleico a toda a população local, sendo também voluntária a declaração de infecção por parte dos cidadãos. Esclareceu que, por isso, não é possível conhecer com precisão o número exacto de infecções entre os residentes. No entanto, de acordo com uma estimativa abrangente, acredita que pelo menos 70 por cento da população já foi infectada, e os indivíduos que recuperaram terão anticorpos por algum tempo, o que equivale a uma vacina, prevendo que a curto prazo não haverá nova vaga de infecções graves em Macau.
O mesmo responsável disse ainda que, de acordo com os dados recentes, fazendo uma comparação entre os idosos que vivem em habitação própria e em lares, os idosos em lares, cuja taxa de vacinação é mais alta, conseguiram ultrapassar esta vaga da epidemia, apesar da sua avançada idade, provando que a vacinação pode proteger a saúde. Explicou que o governo não consegue controlar que não haja mais epidemia em Macau, e, por isso, os cidadãos devem responder ao apelo do governo e vacinar-se com a dose de reforço, com o objectivo de proteger a própria saúde.
Quanto à pressão no sistema de saúde durante o pico da epidemia, Ho Iat Seng indicou que face à conclusão da construção do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, as autoridades estão a organizar as equipas médicas necessárias e, após a sua entrada em funcionamento, o número de instalações e de pessoal de saúde será o dobro do actual. Além disso, indicou que haverá também o apoio da equipa de especialistas do Peking Union Medical College Hospital ao serviço médico local, sublinhando serem estes os planos do governo para reforçar o sistema de saúde.
O mesmo responsável indicou que o governo previu, no orçamento para este ano, uma receita bruta do sector do jogo no valor de 130 mil milhões de patacas, continuando a manter esta estimativa. Acrescentou que para haver recuperação económica é necessário que as receitas mensais do jogo sejam superiores a dez mil milhões de patacas, sendo uma meta que depende do esforço de todos.
O Chefe do Executivo disse que, desde que não haja mais um orçamento deficitário, o governo restaurará definitivamente, de acordo com a lei, a injecção de capital no fundo de previdência central. Quanto à possibilidade de se lançarem novamente medidas de apoio no corrente ano, nomeadamente os benefícios do consumo por meio electrónico, Ho Iat Seng indicou não existirem planos do governo nesse sentido, sendo necessário acompanhar a situação da recuperação económica.